22 de jun. de 2011


A Nova Jerusalém
Texto Bíblico básico: Ap 21.9-27. Então veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e me disse: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; v 10. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus; v 11. Ela brilhava com a glória de Deus, e o seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe.

INTRODUÇÃO: Como será maravilhoso morar na maior e melhor cidade que existe andar por aquelas ruas de puro ouro e cristal, nos encontrarmos com vizinhos como Abraão, João e Paulo. Já pensou em estar frente a frente com JESUS e poder abraçá-lo e ouvi-lo chamando-o por seu nome! É recordar as palavras de João: I Jo 1.1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam - isto proclama a respeito da Palavra da vida. 2 A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada. 3 Nós lhes proclamamos o que vimos e ouvimos para que vocês também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.

I. O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ: A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã.
1º- Jerusalém foi o lugar onde nasceu o cristianismo: Ali JESUS foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo glorificado derramou o ESPÍRITO SANTO sobre os seus discípulos no Pentecostes (At 2). A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de JESUS Cristo espalhou-se “até aos confins da terra” (At 1.8; cf. 24.47). A igreja de Jerusalém foi à igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1). Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em JESUS tinham de ser circuncidados, foi Jerusalém a cidade onde reuniu o primeiro concílio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At 15.1-31; Gl 2.1-10).

2º- Os livros do NT reiteram boa parte do significado da Jerusalém do AT, mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava aqui na terra, mas no céu, onde DEUS habita e Cristo reina à sua destra; de lá, Ele derrama as suas bênçãos; e de lá, JESUS voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, DEUS está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o Tabernáculo de DEUS com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo DEUS estará com eles e será o seu DEUS” (Ap 21.3). DEUS e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3).

3º- A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de DEUS? Isaías em 65.17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra” (Is 65.17), e em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições mileniais. Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de DEUS (ver Ap 21.2).

II. A REALIDADE DA NOVA JERUSALÉM: A Jerusalém Celeste é doutrina bíblica e deve ser encarada e ensinada como tal, e nunca negligenciada pela igreja e seus mestres. Esta doutrina é revelada espiritualmente, pois está no futuro sua total revelação.
Para sermos salvos olhamos para o passado quando CRISTO deu a vida por nós na cruz do Calvário, conforme ensina os evangelhos e também toda a bíblia, porém, para se crer na nossa morada eterna no céu nos é exigido outro tipo de fé, semelhante à de Abraão, ou seja, crer no futuro.

Temos alguns exemplos de revelações sobre a formosa cidade, a Nova Jerusalém celestial:
a) O sonho de Jacó. (Gn 28.10-17).
b) Na consagração do Santo Templo, o rei Salomão afirmando que o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas (II Cr 6.18).
c) Nos Salmos: “Senhor, quem habitará no teu Tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (Sl 15.1).
d) No livro de Isaías, nas referências aos novos céus e à nova terra: “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17).
e) Mt 5.18 Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.
f) Através de Abraão: “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é DEUS” (Hb 11.8-10).
g) II Pe 3.10 O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Mas o dia do Senhor virá como um ladrão. Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, serão descobertas.

II. A GRANDE E BENDITA ESPERANÇA DO POVO DE DEUS: A esperança do crente não está baseada em coisas materiais e nem em visões de homens, porém está firma na palavra de DEUS, crendo que o que DEUS prometeu através de seu filho JESUS, se cumprirá:
Jo 14.3- “E, quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”. DEUS sempre vem ao homem no nível em que ele se encontra, de maneira simples e cotidiana, e aqui JESUS usa a figura do noivado judaico (hebreus) para infundir fé em seus ouvintes a respeito de sua volta para buscar-nos; vejamos:

1º- Quem escolhia a noiva era a pai do noivo (Gn 24.2-4), compare com Rm 8.29 onde DEUS nos escolhe para seu filho.
2º- O costume era que a escolhida fosse à filha mais velha, mas se a mesma fosse maior (acima de 18 anos), poderia aceitar ou não o noivo (Gn 29.24-26), compara com Jo 1.11,12 aonde JESUS veio para ISRAEL (a filha mais velha, porém de maior), mas estes não o receberam, assim JESUS escolheu a nós (gentios filhos mais novos que não eram os escolhidos, para sermos sua noiva, a Igreja).
3º- No noivado o noivo ia à casa da noiva para cear e confirmar o compromisso (Gn 24.54) compare com Mt 22.14-20 aonde JESUS vem a nossa casa (o mundo) e ceia conosco (representados pelos apóstolos).
4°- O noivo deixava um penhor como prova de que ia voltar para buscar a noiva (Gn 24.53), compare com Ef 1.13,14 onde o ESPÍRITO SANTO nos é dado como penhor e prova de que o SENHOR voltará para nos buscar. (II Ts 2.7)
5º- A noiva era comprada por preço de ouro (Gn 24.47), compare com I Co 6.19,20 e At 20.28 onde a palavra de DEUS nos diz que fomos comprados pelo sangue de JESUS CRISTO derramado na cruz do calvário (o preço maior que existe).
6º- O noivo ia preparar uma casa para o casal, ao lado da casa de seu pai (Gn 24.67), compare com a leitura em Jo 14.2 onde JESUS diz que na casa de nosso pai existem muitas moradas e que ELE ia nos preparar lugar.
7º- O noivo mandava recados e recebia recados da noiva através de algum emissário (a), dizendo como é que gostava da noiva: Se bem vestida, modo de falar correto e santo, etc. Também dizia que era pra esperá-lo, pois a casa estava quase pronta e ele estava voltando; compare com Hb 13.7 e 13.14; Ef 5.19 e 5.25-27; Ap 22.7 e 22.20; etc. Onde JESUS está nos exortando a continuarmos firmes, com uma vida santa e irrepreensível e o ESPÍRITO SANTO sempre nos avisando: JESUS ESTÁ VOLTANDO, a casa está quase pronta, prepara-te. Sf 1.7 “Cala-te diante do Senhor DEUS, porque o dia do Senhor está perto; pois o Senhor tem preparado um sacrifício, e tem santificado os seus convidados”.

IV. O QUE É A NOVA JERUSALÉM: Apocalipse 21.9-27; v9. "E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro". Apocalipse 21.2. E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
 A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá a terra como à cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13, 16). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8).

1. Definição. Não haverá somente um novo céu e uma nova terra, mas haverá também uma nova cidade; haverá. A Nova Jerusalém em vez da velha Jerusalém. Como Deus levou a Moisés ao cume de Pisga para mostrar-lhe toda a terra da promissão (Dt, 34), assim um dos sete anjos que tinham as sete taças levou a João a um grande e alto monte para contemplar a nossa terra da promissão, a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
2. A localização da Nova Jerusalém. Será uma cidade literal, "que tem fundamentos (Heb. 11.10); não será o céu, mas descerá do céu. Os crentes verdadeiros não têm aqui cidade permanente, mas buscam a futura (Heb. 13.14): "desejam uma melhor, isto é, a celestial" (Heb. 11.16). Também João 14.2,3. Note-se que João foi levado para ver a esposa, a mulher do Cordeiro (v. 9): isto é, a grande cidade, a nova. Jerusalém (v. 10). É evidente, portanto, que é a esposa de Cristo (19:7), os crentes, que vão morar na Nova Jerusalém.
3. Texto de referências: (Ap 20.4-6); Ap 21.1.2; Ap 3.12; Is 65.17; Is 66.22; Hb12. 22.
A nova Jerusalém está agora no céu (Gl 4.26); dentro em breve, ela descerá a terra como à cidade de DEUS, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual DEUS é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10,13, 16). A nova terra será a sede do governo divino, e Ele habitará para sempre com o seu povo (cf. Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8).
4. Suas dimensões. Ap 21.16 – A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais. E mediu a cidade... E o seu comprimento, largura. E altura eram iguais (v. 16): Doze mil estádios (v. 16):

A medida da Nova Jerusalém é de 2.220 quilômetros em todos os sentidos. Tanto o comprimento, como a largura, e altura são de 2.220 quilômetros, é feita de ouro puro, semelhante a vidro puro.
Doze mil estádios. Cremos que realmente a nova Jerusalém terá, sem dúvida, essas dimensões em foco. E segundo os rabinos, o estádio era uma oitava da milha romana, cerca de 185 metros. 12.000 estádios. 'Doze mil estádios multiplicados por cento e oitenta e cinco metros são iguais a 2.220 quilômetros.

“Á medida de homem”. Essa expressão ("à medida de homem, que é a dum anjo") tem deixado alguns teólogos perplexos. Provavelmente isso deriva do fato de que o côvado era uma medida tomada com base na estrutura do corpo humano, o comprimento entre a ponta do dedo médio da mão e a junção do cotovelo. Para os ocidentais, o côvado mais conhecido é o francês: 66 centímetros, mas o côvado mencionado na Bíblia pode ser o hebraico de 50 centímetros, aproximadamente.

17. "E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a dum anjo". O seu muro é bastante baixo cerca de 72 metros de altura.
Isto para a altura da Cidade que é de 2.220 quilômetros de altura.  (v. 18). Nela não vi templo (v. 22): A Nova Jerusalém! Será um lugar sublime, porque Cristo habitará ali.

"Para medir a cidade". O texto em foco mostra-nos um anjo que trazia "... com uma cana de medir" para medir a grande cidade do Senhor. "Neste ponto, a cidade, ao ser medida, dá a entender a sua total importância e consagração, em todas as suas partes, trazida ao padrão exato das exigências de Deus; assim, fica entendido o cuidado de Deus, dali por diante, cada partícula de sua Santa Cidade, para o mal não a atinja". É a medição que exibe a beleza e as proporções da cidade, a qual agora viverá em paz. O ouro é uma das grandes características dessa cidade; as ruas são de ouro; isso pode representar o rico resplendor da cidade real (cf. I Rs 10. 14-21; SI 77. 15); mas a riqueza daquela cidade será o amor: Essa "medição", sem dúvida, denota o caráter e ideal da Igreja eterna, o conhecimento e a nomeação divina da mesma (Ez 42. 16; Ap 11. l).

5. Seu aspecto. A Nova Jerusalém terá a glória de Deus... Semelhante a uma pedra de jaspe, como o cristal resplandecente (v. li): Não será enfumaçada como as cidades da terra. Por causa dessa glória, o rosto de Moisés brilhou Cristo, no monte de transfiguração, "resplandeceu como o sol" e Saulo ficou cego.
E tinha... Doze portas (v. 12): São as portas que dão entrada à cidade. Sobre essas portas da Nova Jerusalém se encontram escritos os nomes das doze tribos (v. 12), um símbolo do fato que "a salvação vem dos judeus" (João 4.22).
"Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro" (22.3). Grande parte da glória e fama de qualquer cidade são os seus templos. Assim não será na Nova Jerusalém. Ali haverá cultos que satisfarão a alma. Cultos da mais perfeita adoração, estando todos os olhares fitos no Senhor Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro.
As nações andarão à sua luz (v, 24): A Nova Jerusalém servirá para iluminar não somente os olhos do povo da nova terra, mas também a alma, com a luz de justiça e verdade, na vida social e nacional.
Uma introdução particularmente solene (21. 9-10) prepara a verdadeira descrição da Jerusalém celeste. Numa perspectiva literária que se reporta a Oséias (2. 19-21), a Isaías (44. 6; 54. l e ss; 61. 10), a Ezequiel (capítulo* 16), desenvolve-se gradualmente a imagem da nova Jerusalém. Na presente era, a Igreja, como uma virgem, é a noiva de Cristo (II Co 11. 2; Ef5. 22); Após o arrebatamento, ela é contemplada como sendo a "esposa, a mulher do Cordeiro" (19. 7; 21. 9; 22. 17). É curioso observar duas expressões significativas do anjo a João; a primeira é descrita no capítulo 17. l e a segunda no capítulo 21. 9: ("Vem, mostrar-te-ei..."). Embora estes versículos e o trecho sejam paralelos em sua forma de expressão, aquilo que é mostrado em seguida é bastante diferente. O primeiro mostra uma "mulher poluída" (Babilônia), o segundo uma "mulher pura" (a Igreja). Notemos o entrelaçamento entre a esposa do Cordeiro e a cidade amada; uma é contemplada como sendo a outra, visto que no reino eterno e na glória infinda, tudo é de Cristo e Cristo de Deus.

A cidade de ouro puro: O livro do Apocalipse traz muitas alusões ao "ouro". Para o leitor curioso, esta lista é importante: (Ap l. 12,13, 20; 2.1; 4. 4; 5. 8; 8. 3; 9. 7, 13, 20; 14. 14; 15. 6. 7; 17. 4; 18. 12. 16; 21. 15, 18, 21). Mas a maioria das referências aludi ao ouro de qualidade celestial. Será um ouro transparente, de qualidade metafísica, o da cidade do Senhor! Presumivelmente de uma qualidade desconhecida na terra. Será um "ouro" celeste, de origem divina. "O ouro é emblema da natureza divina (Jó 22. 25), difundido por todo” o mundo, por causa da fusibilidade desse metal. Alguns intérpretes insistem aqui em um material literal, mas a maioria deles vê o ouro como símbolo de dignidade, valor, pureza e natureza exaltada do caráter da Noiva. Mas essa opinião não se coaduna com a natureza do argumento principal. Seja como for, algo importantíssimo aparece aqui, e, evidentemente, refere-se mesmo ao "ouro", mas de natureza celestial.

Ap 19. "E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda". 20. "O quinto sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisopraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista".
 Os fundamentos da Cidade:
Notemos que as várias pedras preciosas mencionadas são essencialmente paralelas às pedras do peitoral do Sumo Sacerdote, conforme se depreende em Êx 28. 17 e ss; 39.10 e ss: Na Septuaginta (LXX) feita do hebraico para o grego essas pedras também são vistas no adorno das vestes do rei de Tiro: literalmente, o monarca Itobal II. Ez 28. 13.l. No livro do Êxodo, cada pedra recebeu a gravura do nome de uma tribo, mas no Apocalipse, cada pedra tem o nome de um Apóstolo do Cordeiro. No versículo 14 do presente capítulo, é dito que o “... muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro"; é evidente que estas pedras correspondam aos nomes desses personagens respectivamente. II Pe 2. 5:

1º- Jaspe (Pedro). Isso pode ser confrontado com Ap 4. 3, onde o Deus supremo aparece em uma manifestação visível com a aparência de jaspe. A simbologia aqui empregada mostra sua natureza divina; será verdadeiramente, uma habitação apropriada para Deus, para Cristo e para seu povo. Esse jaspe é como uma pedra luminosa, "cristalina" que refletirá por assim dizer, a glória de Deus, tal como os remidos são a "imagem de Deus" em Cristo. "O jaspe oriental é extremamente duro, quase indestrutível. As colunas feitas dessa pedra têm perdurado alguns milênios, e parecem nada ter sofrido dos estragos do tempo". O material da muralha, portanto, se reveste de igual importância com a sua altura, valor infinito e duração infinita, qualidades que pertencem às pedras mais preciosas:

2º- Safira (André). Podemos comparar o presente texto, com Is 44.11 e Ez l. 26. Talvez se trate do ("Laos lazúli"), ao passo que a moderna safira talvez seja o "jacinto" do vigésimo versículo. Plínio descreve a pedra aqui mencionada (sapezeiros) como uma pedra opaca e rajada com tracinhos de ouro... Procedia da Média, Pérsia e Bocara, essa pedra era opaco azulada:

3º- Calcedônia (Tiago). Assim chamada por proceder da Calcedônia, onde era encontrada nas minas de cobre. Provavelmente era uma esmeralda de qualidade superior à que conhecemos atualmente. Plínio informa-nos que ela era pequena e quebradiça e que era furta-cor. Não possuímos maiores detalhes sobre esta pedra, calcedônia: este é o único lugar onde essa palavra figura em todas as Escrituras:

4º- Esmeralda (João). Essa palavra aparece em Ap 4. 3. Dentre todos os escritores antigos que conhecemos, Heródoto foi o primeiro a mencionar essa pedra. Ele visitou um templo dedicado a Hércules, em Tiro, adornado de esmeralda. Havia ali duas colunas, uma de ouro puro e a outra de esmeralda, que "brilhava com grande fulgor à noite". A que foi vista por João na muralha da cidade celeste, ultrapassa todas as perspectivas daquela contemplada por Heródoto, em Tiro.

5º- Sardônica (Filipe). Era uma bela e rara forma de ônix, assim chamada devido à sua semelhança com as veias brancas e amarelas da unha humana. (No grego: "hunos"). Em tempos antigos, evidentemente essa pedra era chamada "ônix", quanto à pedra era rajada ou salpicada de branco:

6º- Sárdio (Bartolomeu). Essa pedra também é encontrada em Ap 4. 3. Era de cor vermelha, usualmente rebrilhante. Sua cor vermelha se aplicava à pessoa de Cristo, como a vitima da expiação no holocausto da cruz:

7º- Crisólito (Tomé). O termo grego subentende uma pedra de cor dourada. Plínio a descreve como "translúcida e com um tom dourado". Está em foco o topázio, que é um quartzo amarelo:

8º- Berilo (Mateus). De acordo com Plínio, essa pedra se assemelhava ao verde mar. Talvez tenha sido uma espécie de esmeralda, embora muitos eruditos pensem que era uma espécie de pedra inferior àquela; mas em sentido natural é esmeralda. Ez l. 16; 10. 9; 28. 13:

9º- Topázio (Tiago, filho de Alfeu). Essa é a nossa pedra "peridot", isto significa alta qualidade de pedra. Alguns estudiosos afirmam que o topázio era desconhecido dos antigos, mas isso parece impossível. A pedra aqui mencionada era de cor verde-amarelado. Jó 38. 19; Ez 28. 13:

10º- Crisopraso (Labéu, apelidado Tadeu). Deriva-se do grego que significa "alho de ouro". Essa pedra era de cor verde-dourado e translúcido, e se assemelhava a um alho, do formato do ("mundo ocidental"). Plínio pensava que essa pedra era uma variedade de berilo; uma pedra bastante conhecida de todos:

11º- Jacinto (Simão Cananéia). Essa pedra, segundo os antigos, era usada para lembrar um belo jovem, que segundo a mitologia grega, foi morto durante um jogo de disco (365). O termo grego aqui empregado indica a pedra preciosa que leva esse nome. Sua cor podia ser vermelha, vermelho-escuro, azul-escuro ou púrpura:

12º- Ametista (Matias). O termo grego significa "não estar bêbado de vinho" por causa da noção de que a pedra evitava a intoxicação alcoólica. Essa pedra é a quartzo Ametistino, ou cristal de rocha, que pode receber um tom purpurina, devido ao manganês ou ao ferro. É evidente que estas doze pedras preciosas, são responsáveis por cada cor durante um ("mês") na cidade celestial (22. 2).

V. A ESPERANÇA BÍBLICA DO CRENTE: A esperança, pela sua própria natureza, diz respeito ao futuro (cf. Rm 8.24,25). Porém, ela abrange muito mais do que uma simples vontade ou anseio por algo futuro. Esta esperança consiste numa certeza na alma, i.e., uma firme confiança sobre as coisas futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de Deus. Noutras palavras, a esperança bíblica do crente está intimamente vinculada a uma fé firme (Rm 15.13; Hb 11.1) e a uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22). O salmista expressa claramente este fato mediante um paralelo entre “confiança” e “esperança”: “Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação. Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus” (Sl 146.3,5; cf. Jr 17.7). Por conseguinte, a esperança firme do crente é uma esperança que “não traz confusão” (Rm 5.5; cf. Sl 22.4,5; Is 49.23); a esperança, portanto, é uma âncora para o crente através da vida (Hb 6.19,20).

VI. A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE. O alicerce da esperança segura do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus.
1º- As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: “Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste” (22.4).
 O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu povo está exemplificado no êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador (cf. 105; 124.8; Hb 13.6; ver Êx 6.7). Por outro lado, aqueles que não conhecem a Deus não têm em que se firmar para terem esperança (Ef 2.12; I Ts 4.13).
2º- A plenitude da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce mais uma razão para a esperança inabalável em Deus. Para o crente, o Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo (I Jo 3.8), que é o “deus deste século” (II Co 4.4; cf. Gl 1.4; Hb 2.14; ver I Jo 5.19). Jesus, ao expulsar demônios durante o seu ministério terreno, demonstrou seu poder sobre Satanás. Além disso, pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf. Jo 12.31) e demonstrou o poder do reino de Deus. Não é de se estranhar, portanto, o que Pedro exclama a respeito da nossa esperança: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pe 1.3). Jesus é, pois, chamado nossa esperança (Cl 1.27; I Tm 1.1); devemos depositar nEle a nossa esperança, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 15.12,13; cf. I Pe 1.13; ver Êx 17.11).
3º- A Palavra de Deus é a terceira base da esperança. Deus revelou sua Palavra através dos profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo Espírito Santo para escreverem isentos de erros (II Tm 3.16; II Pe 1.19-21). Pelo fato de que sua eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl 119.89), podemos depositar nossa esperança nessa Palavra (Sl 119.49, 74, 81, 114, 147; 130.5; cf. At 26.6; Rm 15.4). De fato, tudo quanto sabemos a respeito de Deus e de Jesus Cristo vem da revelação infalível das Sagradas Escrituras.

VII. A SUMA ESPERANÇA DO CRENTE. A suprema esperança e confiança dos crentes não deve estar em seres humanos: (Sl 33.16, 17; 147.10,11), nem em bens materiais, nem em dinheiro (Sl 20.7; Mt 6.19-21; Lc 12.13-21; I Tm 6.17; ver Num 18.20), antes deve estar em Deus, no seu Filho Jesus e na sua Palavra. E em que consiste esta esperança?
1º- Temos esperança na graça de Deus e no livramento que Ele nos oferece, nas tribulações desta vida presente (Sl 33.18,19; 42.1-5; 71.1-5,13-14; Jr 17.17,18).
2º- Temos esperança de que chegará o dia em que nossas tribulações cessarão aqui na terra, quando esta não estará mais sujeita à corrupção, e terá lugar a redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm 8.18-25; cf. Sl 16.9,10; II Pe 3.12; ver At 24.15).
3º- Temos esperança da consumação da nossa salvação (I Ts 5.8).
4º- Temos a esperança de uma casa eterna nos novos céus (II Co 5.1-5; II Pe 3.13; ver Jo 14.2), naquela cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10).
5º- Temos a bendita esperança da vinda gloriosa do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo (Tt 2.13), quando, então, os crentes serão arrebatados da terra, para o encontro com Ele nos ares (I Ts 4.13-18), e, quando, então, nós o veremos como Ele é e nos tornaremos semelhantes a Ele (Fp 3.20,21; I Jo 3.2,3).
6º- Temos a esperança de receber a coroa da justiça (II Tm 4.8), de glória (I Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10). Finalmente, temos a esperança da vida eterna (Tt 1.2; 3.7); da vida garantida a todos que confiam no Senhor Jesus Cristo e o obedecem (Jo 3.16,36; 6.47; I Jo 5.11-13). Com promessas tão grandes reservadas àqueles que esperam em Deus e no seu Filho Jesus, Pedro nos conclama: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (I Pe 3.15).

CONCLUSÃO: Quem entrará na Jerusalém Celeste? Somente aqueles, cujo nome encontra-se no Livro da Vida do Cordeiro. Portanto, se você ainda não recebeu a JESUS como o seu único e suficiente Salvador, o aceite neste momento, e siga-o fielmente até o fim. Para poder entra na nova Jerusalém.
Quem entrará na Jerusalém Celeste? Só os que estão inscritos os seus nome no Livro da Vida do Cordeiro.
O livro da vida do Cordeiro é o livro que dá admissão ao mundo eterno.
A missão plena de Jesus Cristo, de derramando o seu sangue, foi para conduzir-nos a nova Jerusalém na real presença Deus. Seu título, "Cordeiro", faz subentender tudo isso. O livro da vida é o livro de uma infinita compaixão, porque contém, exclusivamente, nomes de ex-pecadores. Está aberto para todos os que aceitarem ao Senhor como o seu Salvador e permanecer firme até o fim estes receberam as promessas de Deus.

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