9 de dez. de 2017

JERUSALÉM CENTRO DA HISTÓRIA BÍBLICA

Jerusalém ocupa um lugar central na história bíblica. É um tema bem transparente na mensagem dos profetas e nas profecias Bíblicas. Jerusalém é capital de Israel e Espiritualmente, ela é a cidade mais importante da terra. 

Jerusalém geograficamente está no centro Mundo. 

 

Estudo de número 10, da apostila 14 - Geografia bíblica Sobre a Cidade Jerusalém. Neste estudo apresentamos apenas uma síntese: (síntese significa exposição resumida) da geografia bíblica. Mas com a intenção de levar o leitor, a certo grau de conhecimento para facilitar na interpretação da Bíblia e no entender a mensagem divina. Geografia é uma ciência que estuda as características dos lugares, e a distribuição da população, os fenômenos da natureza, os acontecimentos que ocorrem na superfície da terra, o espaço humano em várias vertentes.

I - ESTAREMOS COMPARTILHANDO NESTE ESTUDO SOBRE A CIDADE DE JERUSALÉM:
1º- Foi o berço do cristianismo: O lugar onde formou a igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
2º- Entre as cidades mais célebres do mundo encontramos Jerusalém. Para no que conhecemos à história bíblica, ela ocupa o primeiro lugar. Esta posição privilegiada de Jerusalém não está em sua extensão, nem em sua riqueza ou expressão cultural e artística, e sim em sua profunda e ampla relação com a Revelação Divina, e no seu sentido religioso.    
3º- Ela foi de um modo especial. O cenário das manifestações patentes e evidentes do poder, da justiça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, enfim da grandeza de Deus. Por as alusões proféticas, apostólicas ela é apresentada como o próprio símbolo do céu (Is 52:1-4; Ap 21).
4º- Jerusalém foi escolhida por Deus. Muito antes mesmo de Abraão chegar lá para estabelecer o Quartel General Terrestre da operação divina.
5º- Lá já se encontrava. Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:18).
6º- Davi fez de Jerusalém a Capital de Israel. Em 1.000 a.C. (2 Samuel 5:6-10). v6 E partiu o rei com os seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que habitavam naquela terra e que falaram a Davi, dizendo: Não entrarás aqui, a menos que lances fora os cegos e os coxos; querendo dizer: Não entrará Davi aqui. v7 Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi. v8 Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus e chegar ao canal, e aos coxos, e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso, se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa. v9 Assim, habitou Davi na fortaleza e lhe chamou a Cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro. v10 E Davi se ia cada vez mais aumentando e crescendo, porque o SENHOR, DEUS dos Exércitos, era com ele.
7º- Davi capturou Jerusalém e fez dela a capital de Israel. Espiritualmente, ela veio a tornar-se a cidade mais importante da terra, o centro da obra redentora efetuada por DEUS em favor da raça humana. Foi em Jerusalém que CRISTO foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos, e o ESPÍRITO SANTO foi derramado sobre os discípulos de JESUS, ali reunidos em (Atos 2:1.4). 

II – O nome Jerusalém: Durante a história existem cerca de 4.000 mil anos, a cidade era conhecida por vários nomes, assim como:
1º- A Bíblia chama-a de "cidade de DEUS" (Sl 46.4; 48.1; 87.3; Hb 12.22; Ap 3.12).
2º- Salém. É o nome mais antigo que aparece na Bíblia, já em uso nos dias de Abraão (Gn 14:18).
3º- Jebus. Assim era conhecida a cidade dos jebuseus na época de Juízes (Jz 19:10.11).
4º- Jerusalém. É o nome mais comum que permanece até o presente. (Sl 125:2).
5º- Sião. Este era o nome de um dos montes da cidade de Israel.
6º- Cidade de Davi ou Cidade do Grande Rei. Estes nomes relacionam-se com o ato heroico de Davi na tomada da fortaleza, quando então a cidade foi conquistada e feita à capital do reino de Israel (1 Rs 8:1; 2 Rs 14:20; Sl 48:2).
7º- Cidade de Deus ou Cidade Santa. Assim chamada por estar ali, o templo nacional, o local do culto de adoração a Deus era centralizado (Sl 46:4; Ne 11:1).
8º- Cidade de Judá. Ou seja, a capital do reino de Judá, a cidade principal do reino (2 Cr 25:28).
9º- Ariel. “Leão de Deus” (Is 29:1).
10º-Lareira de Deus. Is 29:1. ARA
11º- Cidade de Justiça, (Is 1:26).
12º- Jerusalém Celestial, (Hb 12:22).
13º- Cidade do Deus, (Hb 12:22).
14º- Jerusalém que é lá de cima, (Gl 4:26).
15º- Cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (Hb 11:10).
16º- Santa Cidade, Nova Jerusalém, (Is 48:2; Ap 21:2).
17º- Aelia Capitolina. Foi o nome dado pelo imperador romano Adriano que a reedificou no II Séculos, a.C. Aelia – em honra a Adriano, cujo primeiro nome era Aelius e Capitolina – por ter sido dedicada a Júpiter Capitolino, divindade suprema dos romanos.
18º- Urusalim. Encontrado nas cartas de Tel-el-Amarna escritas por volta de 1.400, a.C,
19º- El-Kuds, é o nome que os árabes deram a Jerusalém. O seu significado é “a santa”.

III - Posição Geográfica. Jerusalém fica no centro de Canaã, na linha divisória entre a região do Rio Jordão e a costa do Mediterrâneo. É protegida ao oeste por montanhas, ao sul pelo deserto montanhoso e circuncidado por vales profundos, possui uma posição natural quase inexpugnável.
   O local ideal na antiguidade para uma cidade murada. Era um ponto chave para a difusão das bênçãos de Deus para as outras nações.
   A cidade foi construída sobre quatro colinas: Sião, Acra, Moriá e Bezeta. Sião era o monte mais alto, foi antiga fortaleza dos jebuseus e ficava ao sudoeste da cidade. Ao Norte de Sião ficava Acra.
   A parte da cidade sobre Acra era chamada cidade de baixo e a parte sobre Sião, cidade de cima. Moriá ficava a leste de Acra, foi o lugar onde Isaque foi levado para ser sacrificado (Gn 22:2).
   Era ali a eira de Araúna ou Ornã, o jebuseu (2 Sm 24:16-25), onde foi edificado o Templo de Salomão (2 Cr 3:1). Bezeta, ao norte de Moriá, foi anexada à cidade pelo rei Agripa, o que julgou Paulo (At 26). O vale de Josafá cerca Jerusalém por três lados e por ele corre o ribeiro de Cedrom ao Oriente.  O vale de Hinom fica ao sul e oeste. Ao sul do vale de Hinom, ficava o campo do Oleiro ou Campo de Sangue (Mt 27:3-8). O leste de Jerusalém, passando o vale de Josafá, fica o monte das Oliveiras, lugar bem destacado nos Evangelhos. Por mais de três mil anos, o vale de Josafá tem sido cemitério. Ali foram sepultados muito milhares de cristãos, judeus e maometanos nos dois lados do ribeiro de Cedrom. Examinando o planisfério, nota-se que Jerusalém divide a população do mundo em dois grupos mais aproximados do que qualquer outra cidade. Isto foi uma determinação de Deus conforme registra, na Tradução. L.H, em (Ez 5:5): “OSenhor Deus disse: Olhe para a cidade de Jerusalém”. “Eu a coloquei no centro do mundo e pus os outros países em volta dela”. Quanto à divisão de terras, o meridiano da Grande Pirâmide é que melhor divide o mundo em duas partes, mas quanto aos povos, Jerusalém é que fica mesmo no meio.

IV - História. Antes da chamada de Abraão, já estava lá Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, rei de Salém, que é a mesma Jerusalém (Sl 76:2). O nome Jerusalém aparece pela primeira vez na Bíblia em (Js 10:1), onde reinava Adoni-Zedeque, que se uniu a outros quatro para lutarem contra Josué (vv 3, a 5,10, 11,26, 27).
   O Senhor lançou grandes pedras contra eles e foram vencidos. Quando Josué repartiu as terras entre as tribos, Jerusalém ficou na herança de Judá, porém os filhos de Judá não puderam expulsar os jebuseus de Jerusalém (Js 15:63).
   Permaneceu com os jebuseus e era chamada por eles Jebus (Jz 19:10). Davi, chegando ao reino, tomou Jerusalém dos jebuseus, (2 Sm 5:6-9), vencendo-os na fortaleza de Sião. Dali em diante, Jerusalém ficou sendo a capital de Israel até hoje. O neto de Davi, Roboão, não soube atender ao povo e causou uma divisão no reino de Judá e continuou em Jerusalém, quase 500 anos depois, e em 586, a.C. Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou o restante do povo cativo para Babilônia. No tempo de Ciro, os judeus voltaram, sobre a liderança de Esdras e Neemias, reconstruíram o muro e o Templo. Jerusalém continuou como cidade e capital de Israel. Depois os gregos venceram e dominaram o mundo, e em seguida os romanos subjugaram os gregos e ficaram na liderança de Israel, como colônia, que foi passando de um para outro domínio de Israel. Quando Jesus veio, os judeus o rejeitaram e condenaram-no à morte na cruz.
Veio o castigo quando o exército romano, comandado por Tito, no ano 70 d.C. destruiu totalmente a cidade de Jerusalém, massacrou a população. No (Sl 83:4), há uma expressão que tem sido em várias ocasiões o pensamento dos inimigos de Israel, que marcham para destruí-lo, ele se esquece de que Deus o ampara: Vinde e desarraiguemo-los para que não seja nação, nem haja mais memória do nome de Israel. Faraó, no tempo de Moisés, procurou destruir aquele povo, mandando lançar no rio os meninos recém-nascidos, mas Israel saiu do Egito vitorioso para ir adorar o seu Deus (Êx 1:9-22; 14: 21-23). Hamã conseguiu que o rei Assuero assinasse um decreto, mandando exterminar todos os judeus. Da data marcada para o massacre, os inimigos foram mortos e os judeus se apossaram de suas riquezas (Ester Cp. 3 a 7). Em Edom, o povo descendente de Esaú (Gn 36:1) usou de violência contra os israelitas, quando os babilônios tomaram Jerusalém. Ajudavam os babilônios, alegravam-se com a humilhação de Israel, exterminavam os que escapavam ou os que se entregavam aos inimigos (Ob 10-14).
  O Senhor pronunciou a sentença contra Edom: “Serás exterminado para sempre” e “ninguém mais restará da casa de Esaú” (Ob 10,18). No tempo de Jesus, os restantes dos edomitas eram chamados de idumeus e estavam juntos com os judeus. Depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, desapareceram para sempre da história, enquanto os judeus vão a progresso. Neste século já apareceu algumas vezes à ideia do (Sl 83:4), animando os povos do Oriente Médio a marchar contra Israel.
   À história do povo judeu mostra que Deus realmente protege os descendentes de Abraão. Permaneceu a nação israelita durante quase dois mil anos, da destruição de Jerusalém em 70 d.C, até 1948, sem pátria, sem exército e sem organização, espalhada por todo o mundo e sobreviveu a ponto de se estabelecer como nação. Só a intervenção divina poderia realizar isto. Jerusalém já foi atacada militarmente ou destruída 44 vezes e permanece viva e progressista. Isto é por que o próprio Deus a chama de “minha cidade” (Is 45: 13).

V - Jerusalém nas profecias. Na promessa de Deus a Abraão foi dito que aquela terra seria de sua descendência para sempre (Gn 13: 13-16).
 Uma descendência terrestre como o pó da terra (Gn 13:14-18); e outra celestial como as estrelas do céu (Gn 15:4-6).  Os que são da fé são filhos de Abraão conforme em (Gl 3:7). Daí por diante, Deus considera aquela terra possessão sua e dos israelitas. Também foi feito por Deus um concerto com Davi acerca do reino, dizendo: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” em (2 Sm 7: 16). Quando o povo caiu na idolatria, apesar de tantos avisos proféticos, Deus disse por intermédio de Jeremias: “E farei de Jerusalém montões de pedras morada de dragões e das cidades de Judá farei uma assolação, de sorte que fiquem desabitadas” (Jr 9: 11).
   Esta profecia foi cumprida literalmente quando o exército babilônico destruiu Jerusalém (2 Rs 25: 9-13; 2 Cr 36:15-21). Pelo mesmo profeta Jeremias, foi dito que pela desobediência viria o castigo, os judeus iriam para Babilônia como servos, mas depois de setenta anos seriam trazidos por Deus para sua terra (Jr 25:9-13).
  No fim dos setenta anos, o rei Ciro ordenou a volta dos judeus para reedificarem a cidade e o Templo (2 Cr 36: 23; Ed 1: 2.3).
 Na vinda do Senhor Jesus Cristo: os judeus não receberam a Jesus (Jo 1: 11), não quiseram a proteção do Salvador (Mt 23:37); disseram: “Não temos rei, senão César” (Jo 19:15). Quando Pilatos apresentou Jesus e Barrabás para ser solto um dos dois, pediram que soltassem Barrabás e crucificassem Jesus (Mt 27:16-26).
Jesus fez várias predições proféticas para os judeus: “Vossa casa vai ficar-vos deserta” (Mt 23:38). Acerca do Templo: “Não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt 24:2).
   E acerca de Jerusalém: “Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. E cairão ao fio da espada e para todas as nações serão levados cativos, e Jerusalém será pisada pelos gentios até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21: 20 e 24). Esta profecia se cumpriu: Quando o exército do general de Tito tomou Jerusalém, apareceu entre seus soldados uma lenda, dizendo que havia tesouros debaixo dos alicerces do templo, por isso arrancaram todas as pedras. Este fato é narrado por Flávio Josefo. Cumpriu-se o que Jesus disse: “Não ficará pedra sobre pedra” (Mt 24:2). Ainda conta Flávio Josefo que, depois do massacre, os judeus que sobraram foram como cativos para Roma.
A maior parte foi levada para a cidade do Cairo e oferecida na praça pública. Poucos foram comprados e um grande número não teve comprador. Cumpriu-se outra profecia pronunciada por Moisés que diz: “O Senhor te fará voltar ao Egito em navios... e ali sereis vendidos por servos e por servas aos vossos inimigos, mas não haverá quem vos compre” (Dt 28: 68). Estava predito que o rei entraria em Jerusalém montado em um jumento (Zc 9:9). Embora o povo judeu tivesse rejeitado a Jesus, quando ele entrou na cidade, a multidão aclamou o Rei Bendito, Filho de Davi, que vem em nome do Senhor (Mt 21: 8.9; Mc 11:8-10; Lc 19:37. 38).  
Essas profecias já se cumpriram e é uma evidência de que as outras acerca de Israel serão cumpridas literalmente.

VI - As seguintes predições dos profetas para o futuro:
1º- A volta dos judeus para sua terra. Que já se cumpriu;
2º- Jerusalém como um copo de tremor e uma pedra pesada para ferir e despedaçar todos os povos, que esta se cumprindo. O reino do Senhor em Jerusalém que ainda vai se cumprir, (Zc 12:3).
3º- Na segunda Guerra Mundial em 1939 a 1945, envolvendo a maioria das Nações do mundo, quando Adolfo Hithler, mandou executar o holocausto matando 6.290 mil Judeus, e os que ficaram foram espalhados em varias Nações. Então vieram os povos Árabes e se a posaram da Terra de Israel e até hoje estão tentando criar o Estado Palestino.
4º- Profecia que já se cumpriram, a volta dos Judeus para sua Terra. As passagens bíblicas apresentadas neste assunto são somente algumas das inumeráveis referências sobre a restauração do povo judeu como em (Isaías 66:8). Que diz: Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma Terraem um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos. Esta profecia cumpriu literalmente em uma linguagem bem clara. Quando a Organização das Nações Unidas a (ONU) Presidida pelo o Brasileiro Oswaldo Aranha, foi deliberado á Criação do Novo Estado Judeus (Israel) em 14 de Maio de 1948.
 O presidente da Agência Judaica David Ben-Gurion anunciou em Tel Aviv a criação do novo Estado de Israel.

5º- Outras Profecias conforme as referências bíblicas: Ajuntará os desterrados de Israel e o disperso de Judá congregará desde os quatro cantos da terra (Is 11: 12). E os farei voltar a esta terra, edificá-los-ei e não os destruirei; e plantá-los-ei e não os arrancarei (Jr 24:6). E vos tomarei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para a vossa terra (Ez 36: 24). “E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra” (Am 9:14, 15). “E trá-los-ei e habitarão no meio de Jerusalém” (Zc 8:8).
6º- Jerusalém, Pedra Pesada. Eis que porei a Jerusalém como um copo de tremor para todos os povos em redor. E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que guerrearem com ela certamente será despedaçado, (Zc 12:2.3). Todos os países que perseguiram os judeus têm sofrido consequências bem penosas. Os exemplos mais conhecidos são: Espanha, Portugal e Alemanha. Parece atualmente que todo mundo vive interessado no destino de Jerusalém. Muitas nações dedicam grande atenção a Israel, por causa das grandes riquezas que existem ali. Os minérios existentes no Mar Morto e no solo de Israel são avaliados em trilhões de dólares. Tornou-se assim uma região cobiçada. Os árabes, egípcios, Iran, russos, e outros povos procuram algum meio de tirar proveito, ou se apossarem dos tesouros da terra de Israel.
   Como seus pensamentos são de ambição material, esquecem-se de que Deus disse: “farei de Jerusalém uma pedra pesada”. (Zc 12:3). Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra.
Em 1917 a 11 de dezembro, o exército inglês, comandado pelo general Allemby, tomou Jerusalém do poder dos turcos e a Terra Santa ficou sob o protetorado inglês. Os judeus tiveram mais facilidade para voltar à sua terra e foram comprando terrenos e se estabelecendo por lá. A Inglaterra pensava em tirar proveito material nesta posição. Surgiram problemas e o Império Britânico, não podendo resolver, entregou a direção à Organização das Nações Unidas (ONU).
   A pedra pesada feriu as mãos dos ingleses. Nas reuniões da ONU, foi Israel o assunto que gastou mais tempo, mais papel, mais tinta e mais energia. Em 1947 foi votada uma partilha entre árabes e judeus que serviu somente para agravar a situação. A resolução não satisfazia a ninguém. Em 1948 a 14 de Maio, foi criado o Estado de Israel, em uma assembleia da ONU, sob a presidência do brasileiro Oswaldo Aranha, reaparecia a nação do povo de Deus.
E em 1949 o Estado de Israel foi aceito como membro da ONU, mas o problema não estava resolvido, ainda, pois nesta mesma data a ONU resolveu que Jerusalém ficasse como cidade internacionalizada e administrada pela ONU. Em vez de resolver a situação piorou. A Jordânia ocupava a parte antiga de Jerusalém e os judeus a parte nova. Nenhum dos dois grupos concordou com isto e a ONU não tinha forças para executar o que resolveu. A pedra é pesada para todos os povos.
  Entre 1948 e 1973, houve quatro guerras contra Jerusalém. Cada vez que o Egito dava o brado de guerra, os povos árabes o acompanham para atacar Israel. Em 1948 foi contra a existência do Estado de Israel. E em 1956, para dominar o Canal de Suez. E em 1967, foi nestes termos que eles disseram “vamos riscar Israel do mapa em vinte e quatro horas”. Em 1973, quando os egípcios atravessaram o canal de Suez e tentaram dominar a defesa de Israel. Todas as quatro vezes, Israel em situação militar bem inferior, surpreendendo a todos, pois Israel venceu. A mais importante foi a de Junho de 1967, porque ocupou muito espaço no noticiário dos jornais. Os árabes e egípcios não se lembravam da predição do (Salmo 83:4).
   E usaram o mesmo pensamento: Vamos riscar Israel do mapa. Juntaram-se militarmente onze nações contra a pequena nação Israel. Eram mais de cem milhões de indivíduos contra menos de três milhões, a população dos judeus. Em seis dias, Israel venceu e conquistou terreno, alargando suas fronteiras e apossando-se do território que formava a Palestina no tempo de Jesus Cristo.
   A pedra é mais pesada do que os homens imaginam. A tensão do Oriente é tão grande que atinge as outras nações. Um missionário armênio Rev. Samuel, informou, em 1974, que, depois de 1967, já haviam se convertido mais de seis mil judeus e mais de sete mil e quatrocentos foram da Rússia para Israel, apesar das dificuldades. Os judeus dizem: “Jerusalém é nossa”. Os árabes dizem: “Lutaremos até tomar Jerusalém”. Cristãos e ortodoxos dizem. “Jerusalém é nossa”. Continua o ódio entre sírios, egípcios contra os judeus. Muitas nações poderosas vendem armas aos dois lados para tirarem proveito e agravam a situação. A pedra cada vez pesa mais.Diversos acontecimentos relacionados com a redenção da humanidade tiveram lugar em Jerusalém.
Ali Abraão foi abençoado por Melquisedeque e deu-lhe o dízimo de tudo (Gn 14: 19-20; Hb 7:1-7). Jesus Cristo é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5: 10). Na terra de Moriá, que era a colina de Jerusalém no tempo dos reis, foi Isaque apresentado para ser sacrificado (Gn 22:1-4). Isaque é tipo de Jesus Cristo. 
  A pergunta do (v7, de Gn 22). Onde está o cordeiro? Foi respondida por João Batista. Quando ele disse: Eis aqui, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo em (Jo 1.29).
O templo foi construído por Salomão no monte Moriá em Jerusalém (2 Cr 3:1). O templo era a casa de Deus, representava sua presença. Jesus foi crucificado e ressuscitou em Jerusalém. E em Jerusalém desceu o Espírito Santo no dia de Pentecostes, produzindo quase três mil conversões em um dia. Este acontecimento foi o começo da igreja de Jesus. Jerusalém vem em primeiro lugar no campo onde os discípulos de Jesus tiveram que evangelizar. Ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos 1:8). Para o mundo, Jerusalém é a pedra pesada que despedaças, as mãos de quem procuram se envolver com ela.

VII - Profecia que falta se cumprir o Senhor reinará em Jerusalém: Essa profecia ainda vai se cumprir. Quando o Senhor dos Exércitos reinar em Jerusalém (Is 24:23). Quem olhar este versículo apressadamente pode pensar que se refere a Jerusalém Celestial. Mas esta aplicação não se harmoniza com as palavras do anjo que anunciou a Maria o nascimento de Jesus. Palavras do anjo acerca de Jesus: o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. E reinará na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim (Lc 1:32. 33). Davi e Jacó morreram muitos séculos antes. Não existia mais o trono de um nem a casa de outro. Como poderia Jesus Cristo ocupar aquele lugar, na obra da igreja? A casa de Jacó é a terra que Deus deu por herança eterna aos seus descendentes, ao povo Judeu. Davi, o rei escolhido por Deus, tomou Jerusalém dos jebuseus e firmou ali o seu trono. Assim, reinou em Jerusalém, e Jesus há de reinar no trono de Davi (2 Sm 5: 5-7; Lc 1:32), para os, remido pelo sangue do Cordeiro de Deus, Jerusalém é um tipo da cidade celestial, onde não haverá mais guerra, nem sofrimento. Tudo ali será paz, La os crentes serão o templo de Deus: Vós sois o templo do Deus vivente (2 Co 6: 16). Entre as outras profecias confirmando o ponto referido, basta citar a, de Zacarias. De todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano, para adorarem o Senhor dos Exércitos (Zc 14:16).



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