18 de abr. de 2011

AS ALIANÇAS EXISTENTES ENTRE AS DISPENSAÇÕES
Além das dispensações outorgadas ao homem, Deus estabeleceu também as alianças, concertos ou pactos. Alguns teólogos opinam por 12 alianças, outros por oito. Achamos por bem citar apenas sete:

1º Aliança, a Edênica: Esta aliança, que condicionou a vida do homem no estado de inocência, é denominada de – aliança edênica (Gn 1.28). Por esta aliança Deus concedeu ao homem plena inteligência, intuição e capacidade administrativa, pelas quais regeria toda a criação na qualidade de responsável perante Deus. Esta aliança tem “sete elementos”. O homem e a mulher no Éden haviam de:
•Encher a terra de uma nova ordem – Procriação humana.
•Subjugar a terra a proveito humano.
•Ter domínio sobre a criação animal.
•Comer dos frutos conforme Deus ordenou.
•Zelar pelo jardim: “lavrar e o guardar”
•Abster-se de comer da árvore da ciência do bem e do mal
•Aviso a penalidade pela desobediência: era morte. Adão e sua mulher estavam divinamente advertidos. Mas infelizmente falharam e, necessariamente, foi preciso Deus estabelecer com eles, já dentro dos limites da dispensação da consciência, uma segunda oportunidade passando eles para segunda aliança.

2ª Aliança, a Adâmica: Esta aliança determina a vida do homem decaído, marcando condições que prevalecerão até a época do Reino, quando “... a mesma criatura será libertada da servidão, da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.21).

Neste período teríamos os seguintes elementos:
a) A serpente, instrumento de Satanás, amaldiçoada.
b) A primeira promessa de um Redentor.
c) A condição da mulher, mudada em três sentidos:
1. Conceição multiplicada (Gn 3.16 a)
2. Maternidade ligada com sofrimento (Gn 3.16 b)
3. Sujeição ao homem (Gn 3.16 c). Esta sujeição foi ocasionada pela ordem do pecado, então torna necessário o governo, que compete ao homem (Ef 5.22-25; I Tm 2.11-14).
d) A terra amaldiçoada por causa do homem. Mas o Criador acrescenta para Adão: é melhor para o homem caído lutar com uma terra difícil, do que viver sem trabalhar (alterado).
e) O inevitável cansaço da vida.
f) O leve trabalho do Éden (Gn 2.15), mudado para serviço laborioso (Gn 3.18,19).
g) A morte física (Gn 3.19; Rm 5.12,21); e a morte espiritual também já havia sentença: a morte estava dentro dele (Gn 2.17; Lm 1.20) se viesse a desobedecer.

3º Aliança, a Noélica: a aliança noélica (Gn 9.1-17); segundo o Dr. C.I. Scofield, suas bases são:
a) Confirmação de que o homem seria relacionado à terra, conforme a aliança Adâmica (Gn 8.21).
b) Confirmação da ordem da natureza (Gn 8.22).
c) Estabelecimento do governo humano (Gn 9.1-6).
d) Garantia de que a terra não sofreria outro dilúvio universal (Gn 8.21; 9.11).
e) Declaração profética de que haveria uma relação espiritual entre Deus e Sem (Gn 9.26,27).
f) Declaração profética de que de Javé procederiam às raças: “dilatadas”, em que governos, ciências, artes, etc., deveriam ser, geralmente, deste filho de Noé (Gn 9.27). Assim, a história tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações.

4º Aliança, a Abraâmica: Esta aliança em Gn 12.1-3 é confirmada em Gn 13.14-17; 15.4,5 17,18. A aliança abraâmica, segue também, paralelamente a ordem das anteriores, isto é, contém também sete partes distintas, que são:
a) “Far-te-ei uma grande nação”: em sentido natural e espiritual.
b) “Abençoar-te-ei”: em dois sentidos – materialmente (Gn 13.14-17) e espiritualmente (Gn 15.6; Jo 8.56)
c) “Engrandecerei o teu nome”. Abrão: posteriormente Abraão é um dos nomes universais.
d) “Tu serás uma bênção” (Gn 12.2). Convém notar que o termo “aliança” aparece por 300 vezes na Bíblia. Porém no Novo Testamento ocorre somente 33 vezes. Quase metades destas ocorrências se acham em citações que vêm do Antigo Testamento e outras 5 claramente se aludem a declarações do Antigo Testamento, mas sempre com o sentido de uma “aliança maior” ou “aliança superior”. Mas é evidente que, em todas essas conexões, alude-se direta ou indiretamente ao nome de Abraão. “Abençoarei os que te abençoarem” “Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Até hoje costuma ir mal à nação ou povo que persegue os judeus.
e) “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Esta é a grande promessa evangélica, cumprida na descendência de Abraão, personificada em Cristo (Gl 3.16).

5º Aliança, a da Lei: a aliança mosaica foi dada a Israel com três divisões, cada uma essencial às outras e conjuntamente formado a aliança mosaica. São:
a) Os Mandamentos; expressões da vontade de Deus para seu povo (Êx 20.1-26).
b) Os Juízos; governos da vida social de Israel (Êx 21.1 a 24.11).
c) As Ordenanças; governando a vida religiosa de Israel (Êx 24.12 a 31.18). Estes três elementos formaram um só sistema religioso.
Semelhantemente, a Lei foi dada de três maneiras, a saber:
1º- Verbalmente: (Êx 20.1017). Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e foi acompanhada das “ordenanças” (Êx 21.1 a 23.13), relativas às relações de hebreus com hebreus, a isto foi acrescentado Êx 23.14-19, direções referentes às três festas anuais (Êx 23.30-33), e instruções sobre a conquista de Canaã. Esta palavra Moisés comunicou ao povo (Êx 24.3-8). Imediatamente, na pessoa dos seus anciãos; foram admitidos à presença de Deus (Êx 24.9-11).
2º- A Traves das tábuas da lei: Moisés foi chamado por Deus ao monte para receber as Tábuas de Pedra (Êx 24.12-18). A história então se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, Sacerdócio e Sacrifício (Êx 25.1 a 31). No entanto, o povo (Êx 32) chefiado por Arão, transgride o primeiro mandamento, Moisés, voltando do monte, quebram as Tábuas, escritas pelo dedo de Deus (Êx 31.18; 32.16-19). As segundas Tábuas são feitas e a Lei escrita novamente por Moisés na presença de Deus (Êx 34.28,29).
3º- Escrito através do Pentateuco: As Escrituras Sagradas iniciam se com o Pentateuco, os cincos primeiros livros da Bíblia, ele são chamados de Pentateuco e de Torá; “Estes “livros são chamados de “o livro da lei do Senhor” (II Cr 34. 14). “A lei de Moises” (Ne 8.1; Ed. 6.18), os Oráculos de Deus (Rm 3.2; Hb 5.12; I Pe 4.11). As Alianças do Senhor (Hb 8.7-10).

6º Aliança, com Davi: Após os primeiros 450 anos de fidelidade da parte de Deus e de infidelidade da parte do homem, Israel acrescenta mais um pecado à longa lista de transgressões contra a lei de Deus.
Israel se enfadou de sua relação de sacerdote em favor das demais nações e queria ser igual às outras. A nação pediu a Deus um rei e Deus respondeu, mas versaticamente: “... dei-te um rei na minha ira, e te tirei no meu furor” (Os 13.11). O mal que Saul praticou e o desapontamento que causou a Israel serviam para preparar o caminho para a escolha de Davi, filho de Jessé. Com este jovem, Deus fez aliança, dizendo: “Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: A tua descendência estabelecerei para sempre...” (Sl 89.3,4, 28). Desta aliança surgiu o Messias: “... que nasceu da descendência de Davi, segundo a carne” (Rm 1.3b). Portanto, esta aliança com Davi teve um caráter eterno (II Sm 7.16).

7º Aliança, a Eterna: Esta aliança que é também denominada “de A NOVA ALIANÇA”. A nova aliança, portanto, é um “legado” da graça divina e ela entrou em vigor com a morte de Cristo (I Pe 1.4; Hb 8.9-10; 10.16). Essa aliança que foi prometida em Jeremias 31.31-34 alcança Israel e a Igreja. As demais alianças, mesmo que em si eram eternas, mas em seus cumpridores tinham caráter transitório; esta, porém, é eterna: ela inclui o Milênio e entra na Eternidade!
Em todas as dispensações, Deus estabeleceu suas exigências para o seu povo:
Dispensação – a da inocência = Deus exigiu que o homem não comesse do fruto proibido (Gn 2.16-17)
Dispensação – a da consciência = Deus exigiu que os filhos de Deus não tomassem as filhas dos homens (Gn 6.2-4)
Dispensação – a do governo humano = Deus exigiu que o homem não se juntassem com os filhos dos homens (Gn 11.5)
Dispensação – a da promessa = Deus exigiu que o homem continuasse nação santa, separados dos povos (Lv 20.26-27)
Dispensação – a da lei = Deus exigiu que o homem cumprisse a lei em sua totalidade, porém Israel deixou de guardar 490 anos sabáticos (Êx 31.16-17; Lv 25.3,4; Dt 15.12,13; Jr 34.13,14)
Dispensação – a da Igreja.  Deus exige que o homem viva em obediência ao Evangelho do Senhor Jesus (Rm 10.16; II Ts 1.8; I Pe 4.17).
As principais exigência da palavra de Deus para o seu povo foram:
1ª Exigência – Crer no sacrifício expiatório de Jesus na Cruz (Jo 1.12; 3.18; 6.47; Rm 1.16; 3.22; Mc 16.16
2ª Exigência – a de ser batizado nas águas (Mt 28.19; Rm 6.3,4)
3ª Exigência – ser regenerado (Tt 3.5; I Pe 1.3,23)
4ª Exigência – Viver em santidade (Lv 20.26; Ef 5,27; II Ts 2.13).
5ª Exigência – participar do corpo e do sangue de Jesus (Jo 6.53-57; II Co 11.23-29)
6ª Exigência – perseverar até o fim (Mt 10.22; 24.13; Ap 2.10).

Nesta dispensação da igreja, que foi inaugurada no Calvário, já contamos com mais de 2000 anos.

Nesta dispensação vai acontecer os maiores eventos da história da humanidade.
Aqui registramos alguns destes grandes eventos que precedem à 7ª dispensação, o Milênio:
1º- Arrebatamento da igreja
2º- A igreja no tribunal de Cristo
3º- A igreja nas bodas do Cordeiro
4º- A grande tribulação
5º- O reinado do Anticristo
6º- A batalha do Armagedom
7º- O julgamento das nações.

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