25 de abr. de 2011

O CALENDÁRIO JUDAICO                                   
Este comentário é apenas um capítulo de uma das 24, apostilas de 60a96 pagina de nosso curso Teologia á Distancia.

O CALENDÁRIO JUDAICO: Segundo historiadores e estudiosos de arqueologia bíblica, o calendário judaico tem sua origem nos calendários babilônica e assíria. Logo o ciclo de meses judaico é anterior ao sistema de contagem dos anos.
O calendário judaico tem tradicionalmente como ano primeiro, o dia da criação do mundo: Mas não foi sempre assim. Na era bíblica a contagem dos anos era feita de acordo com a subida ao trono e a queda de determinado soberano. Durante o império Selêucida, os judeus adotaram a “Era Selêucida”, que continuou em pratica mesmo após a queda daquele império. O sistema romano, que contava os anos a partir da fundação de Roma, também foi utilizado pelos judeus. Ao longo do tempo, estudiosos calcularam o que acreditavam ser a idade do mundo. Baseados nas idades dos patriarcas do Livro de Gênesis somaram os anos de vida de cada um deles. Grande parte do povo judeu preferiu adotar esse sistema de contagem.
Séculos mais tarde, depois que a Igreja começou a contar os anos a partir da data do nascimento de Jesus - ainda que não haja uma data confiável – o povo judeu preferiu continuar com sua contagem habitual e cultural, e simplesmente ignorou o novo calendário.

O calendário judaico é inspirado nas estações do ano e nos ciclos agrícolas: A festa da Páscoa é também estabelecida como “Festa da Primavera”, e deve ocorrer sempre na época da primavera, claro. A Igreja Católica Romana adaptou o seu calendário, ao calendário judaico. Foi necessário tal apreço uma vez que poderíamos ter a Páscoa judaica numa determinada época do ano e a Páscoa dos povos cristãos em outra época, o que não seria correto. Sempre a festa da Páscoa deve coincidir tanto no calendário judaico como no cristão.
Em tempos remotos, a observação dos astros e de outros fenômenos naturais, tais como chuvas e estações climáticas, ajudou aqueles que elaboram o calendário em seus ciclos diários, semanais e mensais. Todos os meses iniciam com a lua nova e têm 29 dias, ás vezes 30 espalhados em 12 meses, o que dá uma soma de 354 dias anuais. A este tipo de calendário dá-se o nome de “ano lunar”. Para sincronizar o ano lunar com o ano solar, que é de 365 e meio, é necessário que haja anos bissextos de tempos em tempos.
Ao calendário solar, acrescenta-se um dia em determinados meses do ano; no calendário lunar, acrescenta-se um mês inteiro no ano. Esse mês inteiro a mais obedece a um ciclo matemático de contas absolutamente exatas. A cada período de 19 anos, havia um mês de “Adar II”, de 29 dias, logo após o mês de Adar.
Os mais antigos observavam o céu e diziam que o novo dia já despontara ao avistarem as estrelas.
De qualquer modo, um dia começa no pôr do sol e termina no pôr do sol seguinte. A semana é composta de sete dias. E um mês de quatro semanas. O ano tem 12 meses. O ano bissexto tem 13 meses.
Os dias da semana, no calendário judaico, não recebem nomes de astros ou planetas, como ocorre nos calendários em Francês, espanhol, italiano, inglês, alemão e em outras línguas. O sistema de nomenclatura é parecido com o brasileiro, é numerário. Em hebraico, os dias da semana, ou shavua (que significa “sete”, pois sete são os dias e, talvez a origem etimológica da palavra shabat).
Os dias são assim designados:
Iom Rishon (Dia Primeiro ou Domingo),
Iom Sheini (Dia Segundo),
Iom Shlishi (Dia Terceiro),
Iom Revil (Dia Quarto),
Iom Chamish (Dia Quinto),
Iom Shishi (Dia Sexto),
E Shabat (Dia Sétimo) o Sábado.

É importante notar que apenas o sétimo dia da semana recebe um nome.
O dia de Rosh Hashaná marca o inicio do ano-novo judaico. Ocorre com a chegada da lua nova do equinócio de outono do hemisfério norte. O nome dos meses não tem uma tradução e como vimos, são todos de origem não hebraica, mas babilônica. Outra característica interessante é que os meses judaicos são compreendidos por dois meses do calendário gregoriano, isto é, os 15 dias finais do primeiro e os 15 dias iniciais do segundo como Março-Abril, vejamos:

Mês Duração Equivalente ao calendário gregoriano:
Nissan 30 dias Março-Abril
Iyar 29 dias Abril-Maio
Sivan 30 dias Maio-Junho
Tammuz 29 dias Junho-Julho
Av 30 dias Julho-Agosto
Elul 29 dias Agosto-Setembro
Tishrei 30 dias Setembro-Outubro
Heshvan 29/30 dias Outubro-Novembro
Kislev 30/29 dias Novembro-Dezembro
Tevet 29 dias Dezembro-Janeiro
Shevat 30 dias Janeiro-Fevereiro
Adar 29/30 dias Fevereiro-Março
Adar II 29 dias Março-Abril

O mês de Adar II, só aparece no ano bissexto, sempre após o mês de Adar.
Para converter um ano do calendário gregoriano para um ano do calendário judaico, é necessário somar 3.760 anos. Como o ano judaico inicia-se durante os meses de setembro e outubro, sua maior parte fica no ano seguinte do gregoriano.
Como se vê a seguir no calendário judaico, sendo o ano lunar, retrocedia em dias, causando desencontro nas estações agrícolas, uma vez que estas são ocasionadas pelo ciclo solar. Para harmonizar isto, de cada três anos intercalavam-se um mês adicional mês a mais (ve-adar significa: 2 adar), ficando esse ano com 13 meses. Isto forçou os israelitas a adotarem o ano do ciclo solar. Os anos tinham 12 meses de 29 e 30 dias, alternadamente, perfazendo 354 dias, os judeus tinham dois diferentes anos em seu calendário.
 O sagrado lunar:
 E o civil solar:
O sagrado iniciava-se no mês de (Nisã Abril), e terminava em (Adar ou Março), o ano civil e solar iniciava-se no sétimo mês do ano sagrado (Tisri ou Etanin), mês de Outubro, e Setembro. No início do ano civil era comemorado com a festa das trombetas (Lv 23.24, 25).

Segundo o calendário judaico acredita-se que Jesus nasceu no ano sagrado o lunar mais ou menos em 27 do mês de Adar ou Março do ano 745 que corresponde ao ano 05; antes de Cristo, quando faltava apenas quatro dias para o ano 04; ou seja, para 4.004, quando se deu o inicio a era Cristã.
Quem nasceu em (25 de Dezembro, ou Quesleu), foi Ninrode.









Nenhum comentário:

Postar um comentário