3 de jun. de 2011

OS ATRIBUTOS DE DEUS


Os atributos de Deus: este comentário é do Capítulo nove da Apostila 20 de nosso Seminário EBAD: Escola Bíblica á Distância.

  OS ATRIBUTOS DE DEUS
Veja o que diz o (Salmos 139.7-12). Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, ve a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito, me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa.
A Bíblia não procura comprovar a existência de Deus. Em vez disso, ela declara a sua existência e apresenta numerosos atributos de Deus. Muitos desses atributos são exclusivos de Deus. Outros existem em parte no ser humano, pelo fato de ter sido criado à imagem e semelhança de Deus. O Senhor manifesta os seus atributos nos seus servos.
I - O que são os atributos de Deus?
Estas são as definições do dicionário sobre o significado dos atributos.
1º- Os atributos são: As “características próprias inerentes a um ser”;
2º- Os atributos são: As qualidades essenciais e permanentes de uma pessoa;
3º- Os atributos são: As essências, condicionadas, inseparáveis de sua natureza divina.
4º- Os atributos são: As perfeições pessoais sem as quais Ele não seria o que Ele é.
5º- Os Atributos são: As virtudes, as essências, ou as perfeições sobrenaturais da natureza divina, em diversos aspectos de seu ser. Com as quais definimos como Ele é em caráter e sua natureza;
6º- Os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem o Ser Divino, ou que são visivelmente exercidas por Ele na obra da criação como, providência, salvação, redenção, graça, segurança e consolação. Desde o inicio, os homens tem procurado descrever Deus por meio de figuras, pinturas, e de imagem, com isto criaram os ídolos, e surgiu à idolatria. Mas Deus se revelou aos homens através das Escrituras Sagradas. Nas páginas da Bíblia que conhecemos como é Deus, e através dos seus atributos conhecemos o seu caráter e a sua natureza. Ao estudarmos os atributos de Deus veremos como Deus age em relação a nós que somos suas criaturas, pois Deus é uma pessoa Ele tem o interesse de se relacionar com o homem que Ele criou. A natureza de Deus se revela pelos seus atributos. Precisamos ter o cuidado de não imagina-los como sendo abstratos, mas pelos meios vitais que revelam a sua natureza e o seu ser como é Deus. 
II - Como conhecer Deus: O nosso Senhor disse: (João 17.3). "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". (II Pedro 1.3). Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude. Daniel nos diz; em (Dn 11.32). Que o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas. (Isaías 53.11). O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Onde não ha conhecimento Bíblicos os homens procuram em vão pelo verdadeiro Deus. Jó perguntou: Porventura alcançarás os caminhos de Deus, ou chegarás à perfeição do Todo-Poderoso? (Jó 11.7).

Paulo nos diz em (I Coríntios 1.21). Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. (I Corintios 2.14-16). Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 
      Duas coisas são essenciais para o homem conhecer ao verdadeiro Deus. Deve haver uma revelação de Deus, e o homem deve ter capacidade de conhecer a Deus. Uma destas sem a outra não é suficiente. A Bíblia nos dá a revelação de Deus, e nós os salvos somos as únicas pessoas com a capacidade de compreendê-la. Por que somos produtos da obra do Espírito Santo.
Há, portanto, para o crente uma dupla revelação de Deus, a revelação da Palavra da verdade, e a iluminação do Espírito Santo.
II - Conhecendo e compreendo o nosso Deus: Essa descrição é limitada, pois Deus é incompreensível a nós. Por isso, o descrevemos com base, apenas no que ele nos revelou. Não se pode responder tudo sobre Deus, se não conhecemos tudo o que a bíblia diz sobre Ele. Deus é infinito, imenso, isto é, sem limite em Seu Ser, pois é um Ser que existe por si só, um ser que existe por sua própria essência.

Esta é a razão que parece ser simples, mas é importante conhecer os atributos de Deus:
1º- Conhecendo os atributos de Deus é saber um pouco, mais sobre Ele, sobre o seu caráter, pensamento e vontade e natureza.
2°- Conhecendo a Deus como Ele é, podemos honrá-Lo como Ele merece e prestando-lhe adoração verdadeira e Bíblica como deve ser.
3º- Conhecer os atributos de Deus nos faz mais preparados para fazer uma defesa de nossa fé e ficarmos imunes quanto às distorções heréticas que surgem nos questionando.
4º- Conhecer os atributos ajuda a não incorrer em erro doutrinário, e com isto evitamos abraçar as diversas heresias e distorções sobre a Pessoa de Deus.
5º- Como podemos explicar um pouco, mais sobre Deus? Se não conhecer nada sobre seus atributos. Claro que não podemos explicar todos os pormenores sobre Sua Pessoa, sobre seu Caráter, sobre sua perfeição. Pois Deus é infinito não pode ser compreendido totalmente. Paulo declarou em (Rm 11.33-36). Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!

No entanto; dentro de nossa incapacidade, finita e de nossa ignorância o próprio Deus se revelou a nós, uma partícula de quem Ele é.  E através de seus atributos, dentro daquilo que Ele nos permite saber, podemos ter uma ideia de Sua Magnífica Pessoa.
Conhecer a Deus é a tarefa primordial e mais importante no que se refere às coisas espirituais. Sem um verdadeiro conhecimento de Deus é impossível ser salvo ou servi-lo e adorá-lo verdadeiramente (Jo 4.22). Para conhecermos a Deus é necessário que Ele se revele a nós (Mt 11.27; Rm 1.19), pois não podemos conhecê-lo com nossos próprios esforços (I Co 1. 21). Deus se revela na natureza e em sua em sua palavra para que nós o conhecêssemos.

IV – Classificando os Atributos: Existem, entre os teólogos, vários posicionamentos com respeito ao número e a natureza dos atributos de Deus. Alguns falam de atributos naturais e atributos morais, outros de atributos absolutos e relativos, outros de atributos imanentes ou intransitivos ou ainda de atributos comunicáveis e incomunicáveis.
 Prefiro chamar os atributos de Naturais e Morais, transferível e intransferível, comunicável e incomunicável.

Os atributos de Deus dividem-se em duas classes:
1º- Os atributos: Natural, exclusivos, incomunicável e intransferível os que não pode ser transferidos para os homens. ETERNIDADE, INFINITUDE, AUTOEXISTÊNCIA, IMENSIDÃO, ONIPRESENÇA, ONISCIÊNCIA, ONIPOTÊNCIA, IMUTAVEL, SOBERANO INDEPENDÊNTE, PRESCIÊNCIA, PERFEIÇÃO, TRINO E UNO, SINGULAR e DIFERENTE.
2º- Os atributos morais, transferível e comunicável os são transferidos aos homens.
São os seguintes: SALVAÇÃO, GRAÇA, AMOR, SANTIDADE, JUSTIÇA, RETIDÃO, VERDADE, INTELIGÊNCIA, SABEDORIA, BONDADE, VONTADE, MISERICORDA, BENEVOLÊNCIA, PACIÊNCIA, COMPASSIVO, FIEL, LUZ, E VIDA. (Êx 3.14; Pv 5.21; 15.3; At 15.17-18; Tg 1 17; Sl 139.1-12; 147.13-18).
Muitas são as características de Deus, especialmente seus atributos, e muitas delas têm certas assimilações com as qualidades humanas. Sendo, porém, evidente que todos os seus atributos existem em grau infinitamente superior as qualidades humanos.
Por exemplo: embora Deus e o ser humano possuam a capacidade de amar, nenhum ser humano é capaz de amar com o mesmo grau de intensidade como Deus nós ama. Além disso, devemos ressaltar que a capacidade humana de ter essas características vem do fato de sermos influenciado pelos seus atributos e ser criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Noutras palavras, temos a sua semelhança, e recebemos um pouco de suas essências, virtudes ou dos seus atributos, que são transferidos para nós, seus servos. Um resumo dos vários atributos de Deus relacionados nas Escrituras. Essa descrição ou esta lista de vários atributos de Deus é limitada, pois Deus é infinito, imenso e incompreensível. Por essa razão, descrevemos com base apenas no que ele nos revelou a seu respeito através de sua palavra.

I - Os atributos. Natural, exclusivos, incomunicáveis e intransferíveis:
1º- Eternidade: Deus não tem começo nem fim. Deus é eterno. Não tem passado futuro, nem presente. A eternidade é um atributo relacionado com a imutabilidade de Deus nos aspecto que o tempo não pode acrescentar ou tirar alguma coisa dEle, não pode aumentar nem diminuir o Seu conhecimento. Ele, porém, percebe os acontecimentos no tempo e age no tempo. “Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).
2º- Infinito: Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado a Ele. Ele “habita em luz inacessível” (I Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11.33). Deus é infinito, ilimitado, ilimitável. “Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23.23-24). “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá” (Sl 139.7-10).
3º- Imensidão:  Deus em relação ao espaço é denominado imensidão ou imensidade. Deus é imenso (Grande ou Majestoso; Jó 36. 5,26; Jó 37. 22.23; Jr 22.18; Sl 145.3). Imensidão é a perfeição de Deus pela qual Ele transcende (ultrapassa) todas as limitações espaciais e, contudo está presente em todo espaço com todo o seu Ser Pessoal (não é panteísmo). A imensidão de Deus é intensiva e não extensiva, isto é, não significa extensão ilimitada no espaço, como no panteísmo. A imensidão de Deus é transcendente no espaço (intramundano ou imanente dentro do mundo Sl 139.7-12; Jr 23.23,24) e fora do espaço supramundano acima do mundo; extramundano além do mundo; imanente fora do mundo (I Rs 8.27). 
4º- Autoexistência: Esta é uma característica unicamente de Deus. “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá vida, e a respiração e tudo mais” (Atos 17.24-25). Deus é autossuficiente. Ele não precisa de nada nem de ninguém para ser que é ou fazer o que fez e faz. Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si, mesmo para continuidade e perpetuidade de seu Ser. Deus é a causa de todas as coisas, sem ser causado.
5º- Onipresença: Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto no espaço com todo o seu ser; Ele, porém, age de modos diversos em lugares diferentes. Deus não está em todos os lugares no mesmo sentido; isto é, a manifestação d’Ele é maior nos céus sua habitação, porém sua manifestação no inferno se dá de maneira punitiva, por exemplo. Deus não tem dimensões espaciais, Ele é o nosso ambiente mais próximo. Seu centro está em todos os lugares; Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? Diz o Senhor. Jr 23.23.24 e ainda (Sl. 139.7-10).
- Onisciência: Esta perfeição está intimamente ligada à sua onipresença (Sl 139.1-12). As implicações práticas são semelhantes e perturbadoras, mas trazem ao mesmo tempo segurança: Deus vê e, portanto, tudo sabe. Isso é, em especial, pertinente ao juízo, sendo simbolicamente expresso pela “abertura dos livros” (Ap 20.12).
07º Onipotência: Isto é claramente expresso na pergunta: “Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?”, feita depois de Deus ter prometido a Abraão e Sara um filho em idade avançada (Gn 18.14), e repetida novamente com sua promessa de restaurar e libertar a Jerusalém em face de sua destruição iminente pelo exército babilônico (Jr 32.27). Em ambos os casos a promessa divina foi cumprida à risca. O Novo Testamento contém igualmente um testemunho semelhante quanto à onipotência de Deus. Ele se revela como o Deus para quem “nada é impossível”. (Gn 17.1; 18.14; Sl 24.8; 33.9; 89.13; 115.3; Hb 1.3; Ef 3.20,21; Sl 24.8; Jr 32.27; II Co 6.18; Ap 1.8; Lc 1.37; Mt 19.26; Tt 1.2; Hb 6.18; II Tm 2.13).
- Imutabilidade: Toda mudança constitui um progresso ou uma decadência. Só mudam e se transformam os seres imperfeitos. Sendo necessariamente perfeito, Deus é imutável, isto é, permanece idêntico a si mesmo, sem nenhuma mudança ou variação. (Ap 22.13; Is 44.6). É o mesmo Deus, único e verdadeiro. Ele não somente é; Ele é o que é sempre. Nada muda nEle. (Hb 1.10-12). “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação, ou sombra de mudança”. Tg 1.17. Porque eu, o Senhor não muda. (Ml 3.6).
- Presciência: Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada, não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas. A presciência de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele decretou o que há de ser. Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele mesmo elegeu. Rm 8.28.29; I Pe 1.2. A palavra “presciência” em Grego: “prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”. Quando este termo é usado com relação a Deus significa frequentemente “olhar com amor”. “Rebeldes fostes contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci” (Dt 9.24). De todas as famílias da terra, somente a vós outros conheceram. Portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniquidades.  Am 3.2 (grifo nosso). “Conhecer” significa amar. Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartem-vos de mim, os que praticais a iniquidade. (Mt 7.23; Jo 10.14; I Co 8.3; II Tm 2.19; Rm 8.29-30; 11.22).
10º- Singularidade e Simplicidade: Deus não é composto de partes, pois toda composição implica imperfeição. O composto depende, necessariamente, dos elementos que o constituem. Deus é, portanto, perfeitamente simples. Um atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de Deus. Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade. Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus. Simplicidade: Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus atributos são enfatizados em momentos diferentes. Sendo infinitamente simples, Deus é infinitamente uno e indivisível. Mas é também absolutamente único. Supor dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo. Dois Deuses seriam idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam ser ambos infinitamente perfeitos, (I Re 8.60; Dt 6.4; Mc 12.29, 32; I Co 8.6; I Tm 2.5; Jo 17.3; Ef 4.6).
11º- Soberania ou Supremacia: Deus o supremo criador do universo não pode e jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação. Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens, dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação. Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos. (I Cr 29.11).
Deus é soberano no exercício de Seu poder (Ex 17.16; I Cr 29.11-12; Dn 2.22-21).
Deus é soberano na delegação de Seu poder a outros (Dt 8.18; Sl 29.11; Dn 2.23).
Deus é soberano no exercício de Sua misericórdia (João 5.1-9).
Deus é soberano no exercício de Sua graça (Rm 9.19-24; Rm 11.5-6; Ef 2.4-10).
Deus é soberano no domínio das nações (II Cr 20.6; Sl 10.16; Ap 19.6; Pv 21.1; Dn 4.35).
12º- Independente: que também pode ser  chamado de existência autônoma, como Deus não precisa de nós nem do restante da criação para nada; porém, tanto nós. 
Quanto o restante da criação pode glorificá-lo e dar-lhe alegriaA ideia da independência de Deus não se restringe a uma compreensão apenas do ser (existir) de Deus, mas de tudo o mais, seus atributos, decretos, obras e assim em diante, Ele não é apenas independente como também faz com que tudo se torne dependente Dele.
13º- Perfeito: Ele é absolutamente isento de pecado é perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado (cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no entanto, não pode pecar (Nm 23.19; II Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.

14º- Diferente Transcendente: Ele é diferente e independente da sua criação (ver Êx 24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (I Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação. A transcendência de Deus não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu Deus (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; II Co 6.16).
15º- Trino e Uno: Ele é um só Deus (Dt 6.4; Is 45.21; I Co 8.5,6; Ef 4.6; I Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28.19; II Co 13.14; I Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às outras; mas não são três deuses, e sim um só Deus (Mt 3.17; Mc 1.11).
II - Os atributos. Morais e Transferíveis de Deus para os homens:
1º- Salvação: É um atributo, uma virtude, que não vem de nós mesmos, é uma dádiva um presente de Deus, para todos os que sinceramente deseja obter, essa virtude é chamada de salvação (Ef 2.8.9). A salvação é um ato de livramento da condenação por causa do pecado, veja texto de (Rm 6.18). A salvação é o único meio legítimo pelo qual, Jesus nos libertou do pecado e da morte veja em (Rm 8.1-2). Portanto, agora, nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Veja texto (Rm 6.22). Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
2º- Graça: A Graça de Deus é um de seus mais conhecidos, amados e maravilhosos atributos, e situa-se bem ao lado da salvação, eternidade, da soberania e da presciência do eterno. A graça é o favor pessoal imerecido de Deus que ocasiona prazer e felicidade no coração daquele a quem é outorgada. É a resposta divina a toda miséria e necessidade humana, ele inclina sem cessar para abençoar e proteger a humanidade desvalida e só. Graça: É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça é o ato divino de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não merece receber (Ex 33.19). A graça ela é a resposta divina a toda a miséria e necessidade humana. Ela é o favor imerecido de Deus para os homens. A graça é uma revelação de Deus que o representa como o Deus de toda a graça (I Pe 5.10). A graça de Deus. É o favor imerecido de Deus para os homens, (Rm 3.24). Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.  Em (Ef 2.4.5). Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou. Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos).
3º- Amor (I Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro, com a humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal desse amor foi a de enviar seu único Filho, Jesus, para morrer em lugar dos pecadores (I Jo 4.9.10). Além disso, Deus tem amor ágape e paternal especial àqueles que estão reconciliados com Ele por meio de Jesus (ver Jo 16.27).
4º- Vida: Deus tem vida; Ele ouve, vê, sente e age, portanto é um Ser vivo (Jo 10.10; Sl 94.9, l0; II Cr 16. 9; At 14.15; I Ts 1.9). Quando a Bíblia fala do olho, do ouvido, da mão de Deus, etc., está fala metaforicamente, da linguagem antropomorfismo.
Deus é vida (Jo 5.26; 14.26), é o princípio de vida (At 17. 25,28). O único que possui a imortalidade total (I Tm 6.16).
5º- Espiritualidade: Deus é Espírito, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem partes físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (Jo 4. 24; Dt 4. 15-19, 23; Hb 12.9; Is 40. 25; Lc 24.39; Cl 1.15; I Tm 1.17; II Co 3.17).
6º- Santidade. A santidade é o ato de santificar. Significa: separação. “Santo” é uma palavra descritiva da natureza divina. Que tem significado primordial de “separação”; portanto, a santidade representa aquilo que está em Deus que o torna separado de tudo quanto seja terreno e humano – isto é, sua perfeição moral absoluta e sua divina majestade. É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, com isto aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas criaturas. Expressa excelência moral de Deus na qual Ele é absolutamente perfeito puro e íntegro em Sua natureza e Seu caráter (I Jo 1.5; Is 57.15; I Pe 1.15.16; Hc 1.13).
7º- Ira de Deus: Deus odeia intensamente o pecado, e isto está associado à santidade e a justiça de Deus. Ele se opõe a tudo que vai contra o seu caráter moral. “Lembrai- vos e não vos esqueçais de muitos provocastes à ira do Senhor, vosso Deus no deserto; desde o dia em que saíste da terra do Egito, até que chegaste a este lugar, foste rebelde contra o Senhor; pois, em Horebe, tanto provocastes a ira ao Senhor, que a ira do Senhor se acendeu contra vós para vos destruir”. (Dt 9.7-8). Um exemplo da ira divina encontra-se na execução do dilúvio nos dias de Noé (Gn 6-8).
8º- Luz: Um dos atributos ou qualidades de Deus é “luz”, o que significa que Ele próprio Se revela (Isaías 60.19, Tiago 1.17). Ele “habita em luz inacessível” (I Tm 6.16).
9º- Bondade (Sl 25.8; 106.1; Mc 10.18). Tudo quanto Deus criou originalmente era bom, era uma extensão da sua própria natureza (Gn 1. 4, 10, 12, 18, 21, 25,31). Ele continua sendo bom para sua criação, ao sustentá-la, para o bem de todas as suas criaturas (Sl 104.10-28; 145.9). Ele cuida até dos ímpios (Mt 5.45; At 14.17). Deus é bom, principalmente para os seus, que o invocam em verdade (Sl 145.18-20). Ele é a fonte de todo bem. Sua bondade se manifesta para todas as suas criaturas, pois é a perfeição que o leva a tratar benévolos e generosamente todas as suas criaturas. Este atributo de Deus implica que Ele é o parâmetro definitivo do que é bom, e tudo o que Ele é e faz é digno de aprovação, (Gn 1.31; Sl 145.9, 15-16; Lc 18.18-19; Rm 12.2; Tg 1.17; I Jo 1.5; At 14.17).
10º- Misericordioso e clemente (Êx 34.6; Dt 4.31; II Cr 30.9; 'Sl 103.8; 145.8; Jl 2.13); Ele não extermina o ser humano conforme merecemos devido aos nossos pecados (Sl 103.10), mas nos outorga o seu perdão como dom gratuito a ser recebido pela fé em Jesus Cristo.
11º- Compassivo (II Rs 13.23; Sl 86.15; 111.4). Ser compassivo significa sentir tristeza pelo sofrimento doutra pessoa, com desejo de ajudar. Deus, por sua compaixão pela humanidade, proveu-lhe perdão e salvação (cf. Sl 78.38). Semelhantemente, Jesus, o Filho de Deus, demonstrou compaixão pelas multidões ao pregar o evangelho aos pobres, proclamar libertação aos cativos, dar vista aos cegos e pôr em liberdade os oprimidos (Lc 4.18; cf. Mt 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; Mc 1.41; ver Mc 6. 34).
12º- Benevolência: É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl 145. 9 15,16; Sl 36. 6; 104.21; Mt 5.45; 6.26; Lc 6.35; At 14.17). A definição de benevolência é uma afeição que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó 14.15), mas apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec 7.29). 
13º- Paciente e lento em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; I Tm 1.16). Deus expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era seu direito (cf. Gn 2.16,17). Deus também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a arca estava sendo construída (I Pe 3.20). E Deus continua demonstrando paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de se arrependerem e serem salvos (II Pe 3.9).
14º- Verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). Jesus chamou-se a si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o Espírito é chamado o “Espírito da verdade” (Jo 14.17; cf. I Jo 5.6). Porque Deus é absolutamente, fidedigno e verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade (II Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia deixa claro que Deus não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt 1.2; Hb 6.18).
15º- Fiel ou fidelidade (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). Deus fará aquilo que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas, quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; II Sm 7.28; Jó 34.12; At 13. 23, 32, 33; ver II Tm 2.13). A fidelidade de Deus é de consolo inexprimível para o crente, e grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem crerem no Senhor Jesus (Hb 6.4-8; 10.26-31).
16º- Justiça (Dt 32.4; I Jo 1.9). Ser justo significa que Deus mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de Deus de castigar com a morte os pecadores (Rm 5.12); procede da sua justiça (Rm 6.23; cf. Gn 2.16,17); sua ira contra o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; ver Jz 10.7). Ele revela a sua ira contra todas as formas da iniquidade (Rm 1.18), principalmente a idolatria (I Rs 14.9, 15, 22), a incredulidade (Sl 8.21,22; Jn 3.36) e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4; Am 2.6,7). Jesus Cristo, o “Justo” (At 7.52; 22.14; cf. At 3.14), também ama a justiça e abomina o mal (ver Mc 3.5; Rm 1.18; Hb 1.9). Note que a justiça de Deus não se opõe ao seu amor. Pelo contrário, foi para satisfazer a sua justiça que Ele enviou Jesus a este mundo (Jo 3.16; I Jo 4.9,10). E como seu sacrifício pelo pecado em lugar do ser humano (Is 53.5,6; Rm 4.25; I Pe 3.18), a fim de nos reconciliar consigo mesmo (ver II Co 5.18-21). A revelação final que Deus fez de si mesmo está em Jesus Cristo (cf. Jo 1.18; Hb 1.1-4; Cl 2.9).
17º- Retidão: Também chamada justiça absoluta, é a retidão da natureza divina, em virtude da qual Ele é infinitamente Reto em Si mesmo (Sl 145.17; Jr 12.1; Jo 17. 25; Sl 116.5; Ed 9.15).
18º- Vontade ou Autodeterminação: A perfeição de Deus pela qual Ele, em um ato sumamente simples, dirige-se a Si mesmo como o Sumo - Bem se deleita em Si mesmo em fazer o bem às Suas criaturas por amor do Seu nome (Is 48. 9 11,14; Ez 20.9,14, 22,44; Ez 36.21-23).
19º- Sabedoria: A sabedoria de Deus é manifestada na adaptação de meios e fins. Deus sempre busca os melhores fins e os melhores meios possíveis para a consecução dos seus propósitos. A sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis. Uma definição ainda melhor há de incluir a glorificação de Deus: Sabedoria é absoluta perfeição de Deus pela qual Ele aplica o seu conhecimento à consecução dos seus fins de um modo que o glorifica o máximo (Rm 11.33-36; Ef 1.11,12; Cl 1.16). Encontramos a sabedoria de Deus na criação (Sl 19.1-7; Sl 104), na redenção (I Co 2.7; Ef 3.10).   A sabedoria é personificada na Pessoa do Senhor Jesus (Pv 8 e I Co 1.30; Jó 9.4; veja também Jó 12.13,16).
20. Inteligência: Deus tem inteligência infinita, sua ciência é também infinita. Para saber, Ele não precisa raciocinar. Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria ideia anterior à sua existência como realidade infinita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora, como a nossa (Rm 11.33,34). É inato e imediato: Não resulta de observação ou de processo de raciocínio (Jó 37.16). É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade, e não de forma fragmentada uma após outra (Is 40.28).    Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente (Sl 147.5). Conhecimento que Deus tem de Si mesmo é um conhecimento que repousa na onisciência, onipresencia e na onipotência.

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