29 de dez. de 2018

OS PAIS APOSTÓLICOS DA IGREJA PRIMITIVA

Os pais apostólicos foram, os comentaristas e escritores sobre os evangelhos, no qual se apoiavam a fé cristã nos primórdios dias do cristianismo, era um saber de salvação revelado, e não sustentado pela a Bíblia. Na luta contra o paganismo greco-romano e contra as heresias surgidas entre os próprios cristãos, os pais da Igreja se viram como podia, tiveram que recorrer ao instrumento de seus próprios adversários, e, por meio deles, procuraram dar consistência lógica à doutrina cristã. Os pais apostólicos lutaram pela edificação, fortalecimento da fé, e pela defesa do Cristianismo, contra heresias dentro da igreja. Como também na interpretação e aplicação da Teologia Bíblica, em áreas filosóficas, científicas e ministeriais da igreja.

1º- O NOME "PAIS", ou "Pais Apostólicos": Tem sua origem na Igreja do Ocidente no século II, foram chamados de “pais apostólicos" os homens que tiveram contato direto com os apóstolos, e outros que também foram citados diretos pelos os apóstolos.
(a) O termo “Pai” era atribuído pelos fiéis aos mestres da igreja primitiva. Surgiu devido à reverência e amor que os cristãos tinham pelos seus líderes. Eles eram assim chamados carinhosamente devidos zelo que tinham pela igreja. Mais tarde, o termo é atribuído aos bispos no Concílio de Nicéia, e posteriormente Gregório VII, reivindicou com exclusividade o termo “Pai”para o"pai dos pais”, que foi designado como o nome “papa”.
(b) Os pais apostólicos. Foram os escritores cristãos mais antigos, os que escreveram fora do Novo Testamento, ou da Bíblia, pertencendo à chamada “eram subapostólica”. Eles tiveram relação direta, ou mais ou menos direta com os apóstolos e escreveram para a edificação da Igreja, geralmente entre o primeiro, segundo e terceiro século.
(c) O período pos-apostólico. Com a morte do último apóstolo, o João em Efeso, termina a era Apostólica, porém Deus já havia capacitado homens para cuidar de sua Igreja, e começou uma nova era para o cristianismo. Assim, a obra que os apóstolos receberam do Senhor, acha-se agora nas mãos dos novos líderes, (os Pais Apostólicos) que tiveram a incumbência de desenvolver a vida litúrgica da Igreja. (Os Pais Apostólicos), foram os sucessores dos apóstolos, eles eram uma espécie de vice-apóstolos.
(d) Nesse período chamado pos-apostólico foi um período de intenso desenvolvimento do pensamento cristão. O trabalho dos pais apostólicos foi influência e garantir a unidade da Igreja.
Pois neste período, chamado pos-apostólico a igreja convocou vários concílios, ou assembleias, que hoje (seria chamado de convenção) para tratar, e resolver problema de assuntos doutrinários. Os chamados Concílios Ecumênicos, dos quais participavam todos os bispos, ou presbítero e no final promulgavam suas declarações de fé. Os pais apostólicos tinham o objetivo de exortar e edificar a igreja, para o fortalecimento dos crentes na fé.
(e) A organização dos nomes dos pais apostólicos. Foi selecionada no período relacionado com os concílios de Nicéia, são os seguintes: Os Ante-Niceianos, os Niceianos e os Pós-Niceianos.
Os Ante-Niceianos são divididos por sua vez em apostólicos, apologéticos, polemistas.
Os Teólogos Científicos, os Pós-Nicenos, aplicaram a teologia em áreas filosóficas e científicas.
2º- Para melhor compreensão: Podemos dividir os pais apostólicos em quatro grupos: A saber, os pais apostólicos, os apologistas os polemistas, e os teólogos científicos. Essa divisão não é absoluta, pois alguns deles estão em mais de um desses grupos devido à vasta literatura que produziram para a edificação e defesa do cristianismo.
(a) Os nomes dos Pais Apostólicos. Foram selecionados pela função que ele exercia no seu período de tempo, podemos dividir em quatro grupos. A saber, os Pais apostólicos, os Apologistas, os Polemistas, e os Teólogos Científicos.
(b) Os pais apostólicos, foram os escritores cristãos nos diversos períodos de tempo em que viveram em defesa do Cristianismo.
1º- Pais Apostólicos. 2º- Apologistas. 3º- Polemistas. 4º-Teólogos Científicos.
(a) Pais Apostólicos, são caracterizados pela edificação e fortalecimento dos crentes na fé.
(b) Apologistas, pela sua defesa aos ataques contra o Cristianismo.
(c) Polemistas, pela defesa contra heresias dentro da igreja.
(d) Teólogos Científicos, pela interpretação e aplicação da Teologia Bíblica, em áreas filosóficas, científicas e ministeriais da igreja.

I - OS PAIS APOSTÓLICOS DA IGREJA PRIMITIVA.
Os pais apostólicos tinham o objetivo de exortar e edificar a igreja, para o fortalecimento dos crentes na fé. Eles foram os primeiros edificadores da igreja depois dos apóstolos.

(1) – CLEMENTE DE ROMA (30-99).
(a) Quem era Clemente de Roma? Várias hipóteses já foram levantadas para identificar Clemente de Roma: Membro de uma família imperial? Colaborador do Apóstolo Paulo? Bispo pelas mãos do apóstolo Pedro? Autor da carta aos Hebreus? Todas essas hipóteses já foram levantadas. Desse modo, as informações que temos sobre Clemente de Roma vão desde as lendárias, até testemunhas fidedignas e verdadeiras.
(b) Segundo um Pseudo Clementino: Ele era membro da família imperial dos Flávio, sobrinho do imperador Domiciano, executado em 95-96, por professar a fé cristã. Conjectura-se, ainda, que Clemente teria sido escravo, liberto, converteu-se e se pôs a serviço da Igreja. Conforme uma informação siríaca datada do começo do século III. Clemente teria empreendido uma longa viagem, percorrendo muitos lugares em busca da verdade. E final desta viagem encontrou se como Apóstolo Pedro e se tornou seu discípulo. Sucessivamente, reencontrou com todos os seus parentes perdidos, donde vem o título de uma obra que escreveu, (reconhecimentos).
(c) Alguns pais da igreja: Como Orígenes, Eusébio de Cesaréia, Jerônimo, Irineu de Lião, aceitaram a identificação de Clemente de Roma como colaborador do Apóstolo Paulo.
(d) Biblicamente e Teologicamente ele é identificado como colaborador do Apóstolo Paulo, pois faz referência na Palavra de Deus: Em (Filipenses 4:2.3). Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida
(e) A principal obra de Clemente de Roma. Uma carta redigida em grego, (a primeira Epístola de Clemente, aos Coríntios), mais ou menos no final do reinado de Domiciano (81-96) ou no começo do reino de Nerva (96-98). A epístola trata, principalmente, da ordem e da paz na Igreja. Seu conteúdo traz o fato que os crentes formam um corpo em Cristo, e que deve reinar nesse corpo a unidade, e não a desordem, pois Deus deseja a ordem em suas alianças. Traz um forma de adoração ordeira dos princípios apostólicos de de homens de boa reputação.
(f) A tradição acadêmica chama a epístola de Clemente de Roma: De Pseudo para diferencia das autênticas, pois ela não faz parte do Novo Testamento.
(g) A Antiguidade (cf. In Ioan. 6,36; De Principiis 2,3,3), aceitou esta identificação, especialmente, porque se apoiava no testemunho de Orígenes de Eusébio de Cesaréia e de Anacleto que tinha sido bispo da Igreja em Roma durante doze anos, foi substituído por Clemente.

(2) – INÁCIO DE ANTIOQUIA E SÍRIA (35-108 d.C). Conforme se encontra na história eclesiástica, de Eusébio, Inácio teria sido o segundo bispo de Antioquia: “Mas, depois que Evódio fora estabelecido primeiro sobre os antioquinos, Inácio o segundo, no tempo do qual falamos”. Foi martirizado em Roma, durante o reinado de Trajano e Trajano reinou em (97 a 117 d.C).
Inácio quando seguiu para Roma estava disposto a ser martirizado, pois durante a viagem escreveu cartas às igrejas manifestando o desejo de não perder a honra de morrer pelo seu Senhor.
Foi lançado para as feras no Anfiteatro de Roma. Tudo o que sabemos sobre sua vida é através de suas sete cartas escritas no caminho rumo ao martírio em Roma. Carta aos Efésios, Romanos, Filadélfia, Esmirna, Trálios, Magnésia e Policarpo. Inácio foi o primeiro escritor que apresentava um padrão de ministério, foi um líder da igreja com os seus presbíteros e diáconos. E opôs-se às heresias gnósticas, uma de sua preocupação, mas principal preocupação era a unidade da igreja.

3º- POLICARPO - O MÁRTIR DE CRISTO. O nascimento de Policarpo data-se por volta de 69 a 96 d.C, próximo a data do martírio de Paulo em Roma. Policarpo não nasceu em um lar cristão. De fato, o lugar onde nasceu é desconhecido, pois ele apareceu em cena na história da igreja de uma forma estranha, forma esta que evidencia os caminhos misteriosos da providência divina. Um ancião e ministro na igreja de Esmirna. Ele não é o primeiro dos mártires. Ele não sofreu mais do que muitos outros. Sua morte não foi necessariamente mais ilustre que a mortes de outros mártires. Mas ele nos dá um exemplo de fidelidade no martírio, um testemunho do poder da graça de Cristo em meio a grande sofrimento, e um encorajamento duradouro para os santos de Deus que hoje sofrem pela causa do Evangelho de Jesus Cristo.
(a) Tudo começou em Esmirna. Se você olhar no mapa, você encontrará Esmirna a oitenta quilômetros a noroeste de Éfeso ao norte na costa oeste da província da Ásia Menor. Esmirna era uma cidade na qual a igreja havia sido estabelecida mais cedo, talvez pelo apóstolo Paulo durante os anos de trabalho em Éfeso quando todos “os judeus e os gregos que viviam na província da Ásia ouviram a palavra do Senhor” (At 19:10). O próprio Senhor escreveu uma carta dos céus para a igreja de Esmirna. Ele não tinha nada para repreender aquela igreja. Ele tinha apenas palavras de encorajamento para confortar o sofrimento da igreja nas mãos dos perseguidores (Ap 2:8-11).
É possível que Policarpo fosse o ministro da igreja no tempo em que a carta chegou a Esmirna e que ele a leu para à sua congregação, pouco sabendo que esta falava de seu próprio martírio nas mãos dos perversos.
(b) O Martírio de Policarpo. A ameaça de perseguição sempre pairava sobre a igreja naqueles dias. Havia tempos de relativa paz e perseguições em suas formas mais brutais. A igreja era odiada pelo Império Romano, especialmente pelos judeus e romanos pagãos. A culpa por toda calamidade natural, como enchente, terremoto ou seca, recaía sobre os cristãos e sua recusa em adorar o Imperador, como se fosse Deus. Quando Policarpo era idoso de oitenta e seis anos de idade, uma onda de perseguição alcançou Esmirna, provocada pelos bandos que estavam sedentos pelo sangue dos cristãos. Neste período quatorzes cristãos foram capturados e arrastados para a arena pública onde eles serviram de alimento para as bestas selvagens, (Leão faminto). Com exceção de um, todos morreram gloriosamente - um destes até mesmo estapeava o animal selvagem que parecia ser preguiçoso demais para atacar, e estava ali para ser seu jantar.
(c) A multidão não se acalmou, e começou a gritar por mais. Começaram a gritar, principalmente, por Policarpo, que era conhecido como o ministro da igreja e que estava escondido por causa dos apelos do seu rebanho. As autoridades foram enviadas para encontrá-lo. Eles finalmente o encontraram após terem exigido informações de seu esconderijo de um servo, que foi submetido a torturas horríveis.
(d) A multidão e o magistrado local estavam presentes na arena quando Policarpo foi apresentado. Ele foi levado à presença do magistrado nas bancadas da arena, foi imediatamente julgado e declarado culpado enquanto a multidão frenética clamava por seu sangue. Este foi um dos mais injustos e incomuns julgamentos, no qual o magistrado falou primeiro:
O magistrado falou - "Jure pela fortuna de César! Arrependa-te! Declare: Morte aos ateus!". Virando-se para a multidão enfurecida, erguendo sua cabeça e acenando com sua mão, Policarpo bradou: "Morte aos Ateus!". Mas o magistrado sabia o que Policarpo queria dizer então.
Magistrado falou - "Renega tua fé! Jure e eu te libertarei de uma vez por todas! Tens apenas que insultar a Cristo".
Policarpo respondeu - "Eu O tenho servido por oitenta e seis anos e Ele nunca me fez mal algum. Porque então deveria eu blasfemar contra meu Rei e meu Senhor?".
Magistrado insistiu - "Jure pela fortuna de César!”. E te arrepende de ser um cristão.
Policarpo disse - "Tu esperas persuadir-me. Eu solenemente te declaro: 'Eu sou um cristão.".
Magistrado disse - "Eu tenho os leões aqui, para usá-los como me convém.".
Policarpo disse - "Dê suas ordens. Pois para nós cristãos, quando nos arrependemos não é do melhor para o pior, mas é esplêndido passar da perversidade para a justiça de Deus.".
Magistrado disse - “Se você não se arrepender, você será queimado na estaca já que você desdenha dos leões.”.
Policarpo - Tu me ameaças com um fogo que queima por uma hora e então se extingue.
Mas conheces tu o fogo eterno da justiça divina que virá? Conheça a punição que devorará o ímpio? Venha não te demores! Faça o que quiseres comigo.
(f) Então a condenação foi proclamada. A multidão enfurecida correu dos seus assentos para juntar feixes de lenhas, com os judeus os crentes que foram obrigados.
Policarpo disse aos soldados em cargo da execução que não tinham de amarrá-lo à estaca, pois ele não tinha intenção de fugir. As chamas saltavam, enquanto das chamas se podia ouvir esta oração dos lábios do fiel servo de Cristo: "Senhor Deus Todo Poderoso, Pai de Teu amado e abençoado Filho Jesus Cristo, através do qual nós recebemos a graça de Te conhecer, Deus de anjos e poderes, de toda criação, e de todos os justos que vivem em Tua presença. Bendigo-te por considerar-me digno de estar, neste dia e hora, entre os Teus mártires e beber do cálice do meu Senhor Jesus Cristo [...] Te adoro por todas as Tuas misericórdias; Bendigo-te, Te glorifico, através do eterno Sumo-sacerdote, Jesus Cristo, com quem a Te ao Espírito Santo, seja glória tanto agora como para sempre. Amém".

II - OS PAIS APOLOGISTAS DA IGREJA.
(a) Os Pais Apologistas surgiu no segundo e início do terceiro séculos: A igreja cresceu tanto que chamou atenção dos pensadores pagãos que começou as perseguições, acusações e os ataques.
Com as perseguições, surgem os apologistas dentro da igreja, filósofos cristãos, que conseguiram responder os ataques e apresentarem declaração justa e positiva do que é a Igreja, e defendendo das acusações e dos ataques.
(b) Os apologistas apresentaram a apologética cristã. Que hoje é uma matéria teológica que questiona os erros doutrinários. Os Primeiros Apologistas empregaram todas suas habilidades literárias em defesa do Cristianismo perante a perseguição do Estado.
Geralmente este grupo se situa no segundo século, os mais proeminentes entre eles foram: Tertuliano, Justino o mártir, Taciano, Teófilo e Aristides.
Assim os primeiros Apologistas procuravam defender o direito dos cristãos existir, viver e de servir a Deus corretamente.
Os Pais Apologistas tiveram de defender o cristianismo de varias acusações. Mas as principais acusações básicas foram quatro.
1º- Ateísmo: Foram acusados de ateísmo por não adorar aos deuses pagãos, coisas que os politeístas não podiam compreender;
2º- Paixão lasciva e incestuosa: Suas reuniões noturnas e secretas foram interpretadas como para dar oportunidade à carne, praticando pecada de imoralidade;
3º- Canibalismo: Por que foi mal-entendido, quanto ao comer o corpo e beber o sangue do Senhor, na celebração da ceia;
4º- Ignorância: Os mestres cristãos eram incultos, (isso significa que eles não tinham cultura; eram rudes, e ignorantes), ao invés de aceitar que o Cristianismo era uma religião nova.
(c) Os Apologistas tiveram que baseiam sua defesa na antiguidade do AT. A apresentado o Cristianismo como sendo o cumprimento das profecias mosaicas. Para os Apologistas Cristo veio para cumprir as profecias do AT. Eles põem grandes ênfases sobre a profecia como a principal evidência da verdade do Cristianismo. Ao mesmo tempo apresentaram a pureza da vida e dos ensinos de Jesus, bem como o poder transformador do Cristianismo são constantes apresentados pelos os Apologistas.

1º- TERTULIANO - (145 a 220 d.C). O Teólogo o defensor da trindade, ele era de Cartago, uma cidade no norte da África com alguma importância na história do Império Romano, uma cidade conhecida por possuir a mais jovem escola que aprenderam um pouco da história antiga. Embora Paulo escreva aos coríntios que a regra geral de Deus na igreja de Cristo é que "(não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados" (1 Co 1:26). Mesmo assim, Deus se satisfaz em dar para a igreja de Cristo homens de notável capacidade e de excelência intelectual, moral e espiritual, que se apresenta como gigantes na história da igreja de Cristo. Embora eles sejam pouco conhecido, e como também a igreja Católica Romana - considerá-lo como um herege e apóstata, eles continuaram sendo uma figura de destaque, e de grande importância para a igreja do Senhor, e ficam de igualdade como Lutero.
Uma lista que contenha só os títulos de suas obras mais conhecidas, juntamente com as datas em que foram escritas, teria de incluir, pelo menos, os vinte sete livros de sua autoria. Em algum deles Tertuliano discute a questão da imortalidade da alma humana. Ele diz, por exemplo, “Todos os que não são verdadeiros adoradores de Deus... devem ser consignados à punição do fogo eterno... que... não consome o que queima, mas enquanto queima repara.” (Apologia 48:31-33). Esta descrição gráfica do tormento dos condenados baseia-se claramente na suposição de sua existência sem fim. Mais uma vez, ele diz claramente: “Assim, definimos a alma, como sendo... imortal.” (no assunto da Alma 22:5). Além disso, Tertuliano acrescenta: (no assunto da Ressurreição 17:2.3; 18:17; 35:2, Tertuliano usou a frase “a imortalidade natural da alma”, provavelmente pela primeira vez em qualquer escrito cristão. Tertuliano deve ser classificado como naturalista; e como um dos “pais fundadores” da doutrina da imortalidade natural e da trindade e muitas outras.

2º- JUSTINO O MÁRTIR (100-170, d.C). Flávio Justino Mártir nasceu em Siquém, na Palestina, no início do segundo século e morreu mártir no ano 170.
(a) Convertido do paganismo, o sobrenome de Justino não era realmente "Mártir". Ele recebeu esse nome porque ele morreu como um mártir. Embora por muitos anos ele não tenha tido praticamente nenhum relacionamento com a religião judaica ou com a fé cristã. Ele era filho de um grego chamado Prisco. Prisco e sua esposa foi enviado pelo imperador romano Vespasiano, junto com um imenso número de cidadãos romanos, para estabelecerem-se em Flávia Neápolis, uma Cidade conhecida nos tempos bíblicos como Siquém.
(b) Depois de peregrinar por diversas escolas filosóficas: Como (peripatética, estóica e pitagórica) em busca da verdade para a solução do problema da vida, abandonou o platonismo, último estágio de sua peregrinação filosófica. O amor à verdade fez que ele rejeitasse, pouco a pouco, os sistemas filosóficos pagãos e se convertesse ao cristianismo. Em sua época, foi o mais ilustre defensor das verdades cristãs contra os preconceitos pagãos. Embora leigo, é considerado o primeiro “pai apologista” da Igreja, logo depois dos primitivos “pais apostólicos”, pois dedicou sua vida à difusão e ao ensino do cristianismo. Em Roma, abriu uma escola para o ensino da doutrina cristã e, ainda nessa cidade, dedicou-se ao apostolado, especialmente nos meios cultos, onde se movimentava com desembaraço. Escreveu muitas obras, mas somente três chegaram até nós: duas apologias contra os pagãos e um diálogo com o judeu Trifão. Foi açoitado e, depois, decapitado.
Ele nascimento por volta do século 100, como um adolescente, Justino experimentou profundos desejos na sua alma que eram impossíveis de ser satisfeitos, mas que eram centrados na questão da relação do homem com Deus. Justino viajou amplamente por todo o império a fim de que encontrasse ensinamentos que satisfizessem a sua alma. O politeísmo - a adoração de vários deuses - do paganismo pareceu-lhe extremamente ridículo e absurdo e algo que não satisfizesse a alma. Ele nos conta sobre este ano vagando de um lugar para outro, mas vagando também espiritualmente. Depois de sua conversão Justino entendeu que estas questões e este profundo desejo insatisfeito por algo que ele não sabia que era a obra de Cristo em sua alma. Depois que Justino se tornou um cristão e se juntou a Igreja de Cristo, ele passou seu tempo viajando pelo império escrevendo e ensinando corretamente a palavra de Deus.
(c) Seu Martírio. Havia chegado a hora de Justino ganhar o sobrenome "Mártir". Esse nome seria dado a ele por uma igreja que mantinha a memória de seu martírio em reverência. Durante o percurso de suas viagens Justino foi duas vezes para Roma. Na segunda vez, ele enfureceu um filósofo pagão de tal maneira que, uma vez inábil de derrotar Justino em debate, decidiu matá-lo. Assim ele denunciou às autoridades que Justino era um cristão culpado de todos os tipos de crimes terríveis. Justino foi convocado a ir diante dos magistrados e foi julgado. O registro do seu julgamento é um daqueles que inspiram os filhos de Deus. A fidelidade e coragem que Justino mostrou para nós, que nada sabemos sobre o que significa sofrer pela causa de Cristo.

3º- TACIANO DA ASSÍRIA (110–172). O Sírio nasceu provavelmente, por volta do ano 110, em “terra dos assírios” de família pagã. Educado aprimoradamente na cultura grega, pesquisador, estudou várias religiões. Mais tarde, conheceu as Escrituras cristãs e se converteu ao cristianismo, provavelmente. Foi em Roma que Taciano encontrou Justino mártir, frequentou sua escola e se destacou como discípulo brilhante. Os escritos de Taciano o retratam como apologista, escritor que fala em defesa das suas crenças. Tinha uma atitude firme para com a filosofia pagã.
Fez muitas viagens e leitura extensa o familiarizou com a cultura greco-romana dos seus dias, foi orador público itinerante. No entanto, enquanto estava em Roma, o cristianismo chamou sua atenção. Passou a associar-se com Justino, o Mártir, tornando-se possivelmente seu discípulo.
Após a morte de seu ilustre mentor Justino (em 165 DC), Taciano voltou à sua terra natal e fundou uma seita ascética chamada de Encratitas (que significa “os auto-controlados”), que depois foi condenada como herética. Entretanto, o próprio Taciano morreu em 180 DC.
Dos seus numerosos escritos, os únicos que sobreviveram são seu famoso Diatessaron (uma Harmonia dos quatro Evangelhos, escrita por volta de 175 DC), e um Dirigido aos Gregos, que é comumente referido como o Oratio. Em Oratio 6:4, Taciano diz, “assim como, sendo não existente antes de nascer, eu não sabia quem eu era, e só existi na potencialidade da matéria carnal, mas tendo nascido, depois de um anterior estado de nada, eu obtive, por meio de meu nascimento, uma certeza da minha existência; da mesma forma, tendo nascido, e por meio da morte não mais existindo, e não sendo mais visto, existirei novamente (isto é, depois da Ressurreição).” Segundo Taciano, “o Pai que o gerou o fez homem uma imagem de imortalidade, de forma que, como a incorrução está com Deus, do mesmo modo, o homem, compartilhando de uma parte de Deus, pode ter o princípio imortal também” (Oratio 7:1), mas, na queda, o homem foi “separado dele” e tornou-se “mortal” (Oratio 7:7). Consequentemente, o homem pecador está “fadado a morrer...” (Oratio 11:10).

4º- ARISTIDES DE ATENAS (117 – 161). Apologista cristão viveu em meados do século II. Ele é descrito por Jerome como tendo sido um homem mais eloquente. Tanto o seu trabalho a defesa do cristianismo dirigida ao imperador, Antonino Pius - são, por assim dizer, novas descobertas. Além de um breve aviso de Aristides em sua "Apologia" por Eusébio, ela permaneceu até recentemente inteiramente desconhecido. A "Apologia", que ele apresentou ao imperador Adriano entre os anos de 123-126, é de grande interesse, não só para a história do início do cristianismo, mas também para o judaísmo. Para Aristides um dos poucos apologistas cristãos, dos tempos antigos ou modernos, que se esforça para ser só para os judeus, e isso não só sobre a sua fé-monoteísta que através dela, ele apresente o verdadeiro e único Deus, mas também quanto às suas práticas religiosas, de que ele observa: E imitar a Deus pela filantropia que prevalece, pois ele tinha compaixão dos pobres, libertar os cativos, enterrar os mortos, e fazer coisas como estas, que são aceitáveis diante de Deus e agradável também para os homens. Os Apologistas procuravam defender o cristianismo de acusações em voga na época, de procedência grega e judaica. Para estes homens o cristianismo era a única verdadeira filosofia, substituto perfeito para a filosofia dos gregos e a religião dos judeus.

5º- ATENÁGORAS DE ATENAS (127-190). Atenágoras nasceu em 127, d.C, em Atenas. Como jovem filósofo, ele abraçou o Platonismo (que, naturalmente, inclui a doutrina da Imortalidade Natural) e tentou refutar as alegações do Cristianismo. Para fazer isso, ele estudou o ensino cristão em grande profundidade. Isto o levou à conversão. Ele morreu por volta do ano 190 DC.
O único livro existente que temos certeza de que foi escrito por Atenágoras, é Um Apelo aos Cristãos, publicado em 177 d.C. Outro livro, Um Tratado Sobre a Ressurreição dos Mortos, que “alguns eruditos o consideraram como... escrito no terceiro, ou ate mesmo no quarto século”.
O Apelo deixa claro que Atenágoras era naturalista, mesmo depois de sua conversão. Uma parte do Capítulo 31 diz: Estamos convencidos de que, quando formos removidos desta vida atual viveremos outra vida, como espírito celestial, ou, caindo com o resto, uma pior no fogo; mas Deus não nos fez para perecermos e sermos aniquilados. Conforme mencionado acima, não temos certeza se o Tratado foi realmente escrito pelo mesmo homem, mas ele reflete claramente os mesmos conceitos. O Tratado 15:2 diz: “Toda a natureza dos homens em geral é composta de uma alma imortal e um corpo que foi destinado a ele na criação.” E o (Tratado 15:10), acrescenta: “O homem, portanto, que é composto de duas partes, deve continuar [a existir] para sempre”. Atenágoras foi o primeiríssimo escritor cristão a ensinar sobre a doutrina da Imortalidade Natural.
1º- A imortalidade Natural. A maioria dos cristãos evangélicos da atualidade crê que todo ser humano tem dentro de si uma alma naturalmente imortal que, sendo separada do corpo por ocasião da morte física, continua a existir para sempre, seja no gozo da presença de Deus ou no tormento eterno do inferno de fogo – neste último caso em particular experimentando conscientemente a dor de estar sendo queimada, mas nunca sendo realmente queimada.
2º- A imortalidade Natural. Os defensores do conceito ao qual me refiro como doutrina da “imortalidade natural”, ou “naturalismo”, geralmente mantêm um conceito dicotômico ou tricotômico da natureza do homem, vejam a definição estes dois termos a seguir:
(a) Dicotomia: é o conceito de que o ser humano constitui-se de duas partes separáveis, a “material” e a “imaterial”. Dentro desta ideia, a “parte material” consiste em tudo o que pode ser observado e analisado quimicamente: em outras palavras, o “corpo”. A “parte imaterial” consiste em tudo o que não pode ser observado e analisado: a “mente”, as “emoções”, a “personalidade”, e a “alma” ou “espírito” (a maioria dos dicotomistas usa estes dois últimos termos quase intercambiavelmente).
(b) Tricotomia: por outro lado, é o conceito de que um ser humano consiste em três partes separáveis, o “(corpo”, a “alma” e o “espírito”). Nesse conceito, o “corpo” consiste em tudo o que pode ser observado e analisado quimicamente, e a “alma” e o “espírito” são distintos, não só do “corpo”, como também entre si. A “alma” é geralmente encarada como a “parte” do homem que é imaterial, mas é também possuída pelos animais (a “mente”, as “emoções”, etc.), enquanto que o “espírito” é a “parte”, mas profunda do homem que é ao mesmo tempo imaterial e exclusivamente humana (a “vontade”, a “personalidade”, a capacidade de fazer escolhas morais, a capacidade de ter um relacionamento com Deus, como a nossa religiosidade etc., estão no nosso espírito.).
Tanto os dicotomistas como os tricotomistas creem que por ocasião da morte, as “partes” se separam e tomam rumos diferentes. Dicotomistas e tricotomistas concordam que a “parte material”, ou o “corpo” se desintegra, a não ser que seja preservado quimicamente ou milagrosamente; os dicotomistas creem que a “parte imaterial” sobrevive, permanece consciente, e segue diretamente para seu destino eterno, enquanto que os tricotomistas creem que a “alma” e o “espírito” se separam, não só do “corpo”, como também um do outro, e podem ter destinos separados e distintos.

6º- TEÓFILO DE ANTIOQUIA (169 – 188). Patrístico do período pré-nissênico originário da Antioquia, considerado o último apologista de renome do Século II e o único, dentre eles, elevado ao episcopado, pois segundo Eusébio de Cesaréia (263-340) era conhecido como o sexto bispo da Igreja de Antioquia, depois dos apóstolos. Seus dados biográficos são pouco conhecidos, porém acredita que pertencia a uma família pagã, que recebeu excelente educação grega e converteram-se ao cristianismo já adulto, através da leitura das Sagradas Escrituras dos santos profetas. Embora nada se saiba a respeito de sua morte ou de outros detalhes ou circunstâncias de sua vida.
Pode-se afirmar que era bispo de Antioquia neste período de (169-70). Também parece que sua produção literária foi bastante vasta, embora pouca coisa tenha sido registrada pelos historiadores. Sabe-se que foi o autor do Autólico, elaborado na segundo metade do século II.
Teófilo expôs a idolatria como enganosa. Escrevendo no seu estilo costumeiro, ele se esforça, de forma eloquente, embora redundante, a apresentar a natureza real do Deus verdadeiro. Explica: “A aparência de Deus é indizível e indescritível, e não pode ser vista por olhos carnais. Porque Sua glória é incompreensível, Sua grandeza, insondável, Sua alteza, inconcebível, Seu poder, incomparável, Sua sabedoria, sem igual, Sua bondade, inimitável, Sua benignidade, inexprimível”.
Continuando sua descrição de Deus, Teófilo acrescenta: “Mas ele é Senhor porque governa o Universo; Pai, porque é antes de todas as coisas; Formador e Fazedor, porque é o criador e o fazedor do Universo; Altíssimo, porque está acima de todos; e Todo-Poderoso, porque Ele mesmo governa e abrange tudo”.
Testemunho valioso: As admoestações e as exortações de refutação que esta no Autólico na obra de três partes de Teófilo tem muitas facetas e detalhes. Outras obras de Teófilo foram dirigidas contra Hermógenes e Marcião. Ele escreveu também livros de instrução e esclarecimento, acrescentando comentários sobre os Evangelhos. Entretanto, somente os três livros a Autólico foram preservados em um único manuscrito. O primeiro livro é uma apologia dirigida a Autólico em defesa da religião cristã. No segundo livro a Autólico argumenta contra a religião pagã popular, contra a especulação, os filósofos e os poetas. No terceiro livro, Teófilo compara a literatura pagã com as Escrituras. No começo do terceiro livro de Teófilo, Autólico aparentemente ainda era da opinião de que a Palavra da verdade não passava de um embuste. Teófilo critica Autólico, dizendo: “Tu toleras muito bem os tolos. De outra forma, não terias sido influenciado por homens insensatos a crer em palavras vãs e não darias crédito ao boato corrente”.
Na verdade quem era Teófilo? Na abertura do evangelho de Lucas confirmamos o Nome de um amigo de Lucas o Teófilo seu discípulo e companheiro, como sabemos Lucas pertence à segunda geração dos discípulos, era uma pessoa formada na cultura grega, tinha como profissão a Medicina, e acompanhou o apóstolo Paulo depois que Marcos o deixou, provavelmente atendeu Paulo nas suas enfermidades. Podemos dizer que Lucas foi um secretário de Paulo. No Evangelho de Lucas e em os Atos dos Apóstolos. Um cristão nobre de Antioquia, ao qual Lucas dedicou seu evangelho e os Atos dos Apóstolos a seu amigo Teófilo (Lc 1:3; At 1:1).

III - OS PAIS POLEMISTAS DA IGREJA PRIMITIVA.
1º- Os Pais Polemistas são conhecidos pela defesa da fé Cristã: Contra as heresias e os falsos ensinos que surgiram dentro da igreja primitiva no terceiro século. Os pais Polemistas não mediram esforços para defender a fé cristã, das falsas doutrinas surgidas fora e dentro da Igreja. Diferentemente dos apologistas do segundo século, que procuraram fazer uma explanação e uma justificação racional do cristianismo para as autoridades. Já os polemistas empenharam-se em responder os desafios dos falsos ensinos heréticos. Condenando veementemente esses ensinos e seus mestres. Os mais destacados entre eles foram: Irineu, Tertuliano, Cipriano e Orígenes.

1º- IRINEU BISPO DE LYON. Nascido em Esmirna, na Ásia Menor (Hoje é a Turquia), no ano (130-200), em uma família cristã. Ireneu era grego e foi influenciado pela pregação de Policarpo, bispo de Esmirna. Anos depois, mudou-se para Gália (atual sul da França), para a cidade de Lyon, onde foi um presbítero em substituição do bispo que havia sido martirizado em 177.
(a) Ireneu também recebeu influência de Justino, alem pregação de Policarpo. Ele foi uma ponte entre a teologia grega e a latina, a qual iniciou com um de seus contemporâneos, Tertuliano. Enquanto Justino era primariamente um apologista, Irineu contribuiu na refutação contra heresias e exposição do Cristianismo Apostólico. Sua obra maior se desenvolveu no campo da literatura polêmica contra o gnosticismo.
(b) Ireneu Polemista Anti-Gnóstico. Diferentemente dos Apologistas do segundo século que procuraram fazer uma explanação e uma justificação racional do Cristianismo para as autoridades, os Polemistas empenharam-se por responder ao desafio dos falsos ensinos dos heréticos, condenando veementes esses ensinos e seus mestres. Apesar da maioria dos Apologistas viverem no Oriente, os grandes Polemistas vieram do Ocidente, sendo Irineu um dos primeiros. Enquanto os do Oriente usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos problemas metafísicos, os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios administrativos da Igreja, empenhando-se em formular uma resposta para os problemas desta esfera.
Os apologistas convertidos do paganismo preocupavam-se com a ameaça à segurança da Igreja, especialmente com a perseguição. Os polemistas que tinham uma formação cultural cristã preocupavam-se com a heresia e suas ameaças no seio da Igreja.
(c) Os Ensinos Heréticos do Gnosticismo. O gnosticismo, a maior das ameaças filosóficas, chegou ao máximo de sua influência ao redor do ano 150. Suas raízes estão fincadas nos tempos do Novo Testamento. Paulo parece ter enfrentado uma forma incipiente de gnosticismo em sua carta aos Colossenses. A tradição cristã associou a origem do gnosticismo com Simão, o mago, a quem Pedro teve que repreender duramente (At 8:9-24).
Irineu tornou-se o mais expoente escritor e defensor das Escrituras contra as Heresias Gnósticas no seu tempo. A palavra gnosticismo é um termo moderno que cobre uma variedade de seitas do segundo século que propagavam alguns erros em comum.
O Gnosticismo era radical e diferente e contrário ao Cristianismo ortodoxo. Cada grupo tinha seus próprios escritos. Alguns desses grupos ensinavam o seguinte:
1º- Crença em um Deus supremo o qual era totalmente remoto deste mundo.
2º- Crença que o Deus supremo não tinha parte na criação, mas que este trabalho imperfeito foi realizado por uma deidade inferior à ele, identificando como o Deus do Velho Testamento.
3º- Crença que a matéria era má, por isso o Deus supremo sendo espiritual e bom, não poderia criá-la.
4º- Crença que entre o reino das trevas e o Deus supremo, existe uma hierarquia de seres divinos.
5º- Crença que o nosso corpo, sendo físico, é parte deste mundo, ele é mal; nossa alma é uma faísca divina que está presa ao corpo, ela é divina.
6º- Crença que a salvação é o escape da alma deste corpo para o reino celestial.
7º- Crença que para alcançar o Deus supremo é necessário que a alma ultrapasse o reino acima de nós, o qual é controlado pelas estrelas e pelos planetas.
8º- Crença que a salvação vinha pelo conhecimento a conhecimentos.
(d) A Grande Defesa do Teólogo Irineu. Em sua primeira obra, (Contra Heresias) escrita entre os anos 182 e 188, em Lyon, ele descreve a teologia da fé cristã em refutação aos ensinos heréticos gnósticos de Valentino e Marcion através das Escrituras. De muitos argumentos feitos por Irineu, três importantes podem ser ressaltadas: A diferença do sistema gnóstico. Ele descreve a natureza burlesca de muitas de suas crenças. Os ensinamentos que os gnósticos diziam ter recebido secretamente dos apóstolos, Irineu os desafiava argumentando que se os apóstolos tivessem um ensinamento especial a declarar, eles o teriam confiado às suas próprias igrejas, as quais fundaram. Ele mostrava como as igrejas estabelecidas pelos apóstolos, e seus dirigentes, os quais eram apontados pelos mesmos e seus sucessores, cresciam em todo o império, e permaneciam até a data, ensinando a mesma doutrina.
Defesa do Novo Testamento como canônico, em vista que o gnosticismo não cria nele, e possuía outras escrituras. No tempo de Irineu, o Novo Testamento era aceito cerca de como temos agora: os Evangelhos, Atos, Cartas de Paulo e outras epístolas. A carta aos Hebreus, Apocalipse e algumas epístolas compuseram o Novo Testamento alguns anos na frente.
A sua obra é composta de cinco volumes é são assim caracterizadas:
Livro I: Esboço histórico da seita gnóstica, apresentada em conjunto com uma declaração da fé cristã. Este volume é a melhor fonte de informação sobre os ensinos dos gnósticos. Era uma polêmica filosófica contra Valentino, o líder da corrente romana do gnosticismo.
Livro II: Crítica filosófica sobre o Gnosticismo. Nele, Irineu insiste na unidade de Deus em oposição a ideia herética da existência de um demiurgo distinto de Deus.
Livro III: Crítica bíblica sobre o Gnosticismo. Ele mostra como o Gnosticismo é rejeitado pela Bíblia e pela tradição mais significativa. Neste livro, Irineu dá ênfase à unidade da Igreja através da sucessão apostólica de líderes desde Cristo e de uma regra de fé.
Livro IV: Respostas ao Gnosticismo através das palavras de Cristo. Neste, Marcion, outro líder gnóstico, é condenado pela citação das palavras de Cristo que se opõem às suas propostas.
Livro V: Vindicação da ressurreição contra os argumentos gnósticos, os quais, segundo as ideias deles, reunia o corpo material mau com o espírito.
(e) A Contribuição de Irineu à Igreja. Foi necessário a habilidade intelectual, a força espiritual deste polemista e o desenvolvimento de uma regra de fé e um cânon da Bíblia pela Igreja para superar a ameaça desse movimento ao Cristianismo. Irineu através da sua defesa do Evangelho foi o primeiro a declarar os quatro Evangelhos como canônicos, ensinar acerca do reino milenar de Cristo na terra, defender o episcopado (pastorado) e as tradições teológicas da verdadeira Igreja ortodoxa. Ele também é chamado de “Pai dos dogmas da Igreja”, por formular os princípios da teologia cristã e exposição do credo da Igreja. Não só Irineu, mas Polemistas como Tertuliano e Hipólito engajaram-se na controvérsia literária para refutar ideias gnósticas. Estes ensinos heréticos reapareceram, parcialmente, em doutrinas dos Paulicianos do século VII, dos Bogomilos dos séculos XI e XII, e dos Albingenses posteriores, no sul da França. Irineu em comparação com outros pais da igreja grega que lhe precederam, era mais bíblico que filosófico. Ele foi o primeiro a escrever em sentido teológico para a Igreja. Segundo a história, ele foi martirizado em Lyon por volta do ano 200.

2º- TERTULIANO DE CARTAGO (150-230). Nasceu por volta de 150 d.C. em Cartago (cidade ao nordeste da África), onde provavelmente passou toda sua vida, embora alguns estudiosos afirmem que ele morasse em Roma. Por profissão sabe-se que era advogado. Fazia visitas com frequência a Roma, sendo que aos 40 anos se converteu ao cristianismo, dedicando seus conhecimentos e habilidades jurídicas ao esclarecimento da fé cristã ortodoxa contra os pagãos e hereges. Tertuliano foi o pai das doutrinas ortodoxas da Trindade e pessoa de Jesus Cristo. As doutrinas de Tertuliano a respeito da Trindade e da pessoa de Cristo foram forjadas no calor da controvérsia com Práxeas, que segundo Tertuliano, “sustenta que existe um só Senhor, o Todo-poderoso criador do mundo, apenas para poder elaborar uma heresia com a doutrina da unidade. Ele afirma que o próprio Pai desceu para dentro da Virgem, que ele mesmo nasceu dela, que ele mesmo sofreu e que, realmente, era o próprio Jesus Cristo”. Foi o primeiro teólogo cristão a confrontar e rejeitar com grande vigor e clareza intelectual essa visão aparentemente singela da Trindade e unidade de Deus. Ele declarou que se esse conceito fosse verdade, então o Pai tinha morrido na cruz e isso, além de ser impróprio para o Pai, é absurdo.

3º- CIPRIANO DE CARTAGO. (200 – 258). Polemista anti-novaciano. Táscio Cecílio Cipriano nasceu por volta de 200 d.C perto de Cartago. Ele se converteu ao cristianismo em 246 d.C e serviu como bispo de Cartago de 248 a 258 d.C. Ele foi executado em 258 d.C por se recusar a negar a Cristo. Durante dez anos ele conduziu seu rebanho através da perseguição do Imperador Décio, uma das mais cruéis. Além disso, escreveu e batalhou pela unidade da Igreja.
Seu nome está ligado a uma grande controvérsia a respeito do batismo e da ordenação efetuada por hereges. No entender de Cipriano, estas cerimônias eram inválidas, pelo fato dos oficiantes estarem em desacordo com a ortodoxia e, portanto, deveriam ser rebatizados e reordenados todos que entrassem pela verdadeira Igreja. Estevão, Bispo de Roma, discordou e isto gerou um cisma, uma vez que Cipriano além de rejeitar a autoridade do bispo romano, convocou um concílio no Norte da África para resolver a questão. Seus escritos consistem em tratados de caráter pastoral e de cartas, 82 ao todo, das quais 14 eram dirigidas para ele mesmo e as restantes tratavam de questões de sua época. Morreu como mártir, decapitado em 14 de setembro de 258 d.C, durante a perseguição do imperador Valeriano.

4º- CLEMENTE DE ALEXANDRIA (153 a 215). Tito Flávio Clemente nasceu em 153 d.C, em Atenas, de pais pagãos. “Originalmente um filósofo pagão”, ele viajou extensivamente pela Grécia, Itália, Egito, Palestina e outros países, e daí estudou Gnosticismo Cristão de 180-189 d.C na escola fundada por Pantaeno de Alexandria. Quando Pantaeno se aposentou (para ingressar no trabalho missionário).
(a) Clemente tornou-se o diretor da escola. Ele continuou nessa posição de 189 a 202 d.C. Ele fugiu de Alexandria em 202 d.C, devido à perseguição aos cristãos que ocorreu durante o reinado de Septímio Severo. Depois, ele viajou bastante novamente. Não sabemos das circunstâncias de sua morte, que ocorreu em algum momento entre 211 e 215 d.C.
(b) Clemente foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas. Pesquisou as lendas menos compatíveis com os valores cristãos. Sua abertura a fontes familiares aos não cristãos ajudou a tornar o cristianismo mais aceitável para muitos deles. Clemente foi um erudito em uma época em que os cristãos eram geralmente pouco letrados e abertamente hostis a intelectuais. Não obstante, foi capaz de construir argumentos lógicos convincentes, baseados nas escrituras e na filosofia, a favor do cristianismo e contra os gnósticos de Valentim, que, baseados em Alexandria - o mais importante centro de atividade intelectual da época - estavam em plena expansão. Defendeu a fraternidade e a repartição das riquezas entre os homens, observado livre-arbítrio: “Deus criou o gênero humano para a comunicação e a comunhão de uns com os outros, como ele, que começou a repartir do seu a todos os homens proveu seu Logos comum, e tudo fez por todos. Logo tudo é comum, e não pretendam os ricos ter mais que os outros. Que rico se salvará? Baseada na história de Jesus e o jovem rico (Marcos 10:17-31).
Foi um membro notável da igreja de Alexandria e um de seus mestres mais ilustres. Ele foi professor de Orígenes. Seus ensinamentos mais característicos são a insistência sobre a similaridade entre a fé cristã comum e a ciência, assim como sua interpretação alegórica do Antigo e Novo Testamento e sua defesa.

5º- ORÍGENES O APOLOGISTA CRISTÃO (185-254. Nasceu de pais cristãos em 185. E morreu em 254 d.C em Tiro. Escritor cristão de vasta erudição, de expressão grega. Estudou letras e aprendeu de cor textos bíblicos, com seu pai, que foi morto por ocasião da repressão do imperador Setímio Severo às novas religiões. O bispo de Alexandria passou a Orígenes a direção da Escola Catequética, sendo então sucessor de Clemente. Estudou na escola Neo-platônica de “Ammonios”. Viajou a Roma, em 212, onde ouviu ao sábio cristão Hipólito. Em 215 organizou em Alexandria uma escola superior de Exegese Bíblica. Devido ao seu vasto conhecimento viajava muito e ministrava nos público das igrejas. O fato de ser castrado por devoção lhe criou dificuldades com alguns bispos, que contrariavam o sacerdócio dos eunucos. Em 232 se transferiu para Cesaréia, na Palestina, onde se dedicou exaustivamente aos seus estudos. Sobreviveu aos tormentos de que foi vítima sob o Imperador Décio (250-254).

6º- HIPÓLITO DE ROMA. (170-236 d.C). Foi o mais importante teólogo do século III d.C. na igreja antiga em Roma, onde ele provavelmente nasceu. Fócio o descreveu como sendo um discípulo de Irineu, pelo contexto da passagem, supõe-se que o próprio Hipólito assim se considerava. Ele refutação de todas as heresias. O presumido destinatário deste belo exemplo de uma antiga “apologia” cristã (uma defesa da religião cristã contra ataques do paganismo) pode ter sido o Diogneto que foi tutor do imperador romano Marco Aurélio. Ela contém uma descrição do estilo de vida dos primeiros cristãos (Diogneto 5) e a declaração explícita, “A alma, que é imortal, vive em uma moradia mortal.” (Diogneto 6:8). Contra Platão 1:6 diz que “os injustos, e aqueles que não creram em Deus, que honraram como Deus as obras vãs das mãos dos homens, ídolos formados (por eles próprios), serão sentenciados a esta punição sem fim [no lago de fogo].” Depois, no mesmo livro, Hipólito diz que “aos amantes da iniquidade será aplicada a punição eterna. E o fogo que é inextinguível e sem fim aguarda os últimos, e certo verme do fogo, que não morre, e que não consome o corpo, mas continua irrompendo do corpo com aflição infindável. Nenhum sono lhes dará descanso; nenhuma noite vai acalmá-los; nenhuma morte irá livrá-los da punição.” (Contra Platão 3:6-8).
Hipólito nasceu por volta de 170 d.C; não se sabe onde. Ele foi discípulo de Irineu de Lyon. No primeiro terço do terceiro século, ele serviu como bispo de Porto, que era um subúrbio de Roma. Ele morreu por afogamento em 170 - 236 d.C.

7º- EUSÉBIO DE CESARÉIA - (260-345 d.C).
(a) Eusébio de Cesaréia foi pai da história eclesiástica, um apologético cristão. As obras apologéticas de Eusébio incluem uma resposta a Hiérocles — um contemporâneo do governador romano. Quando Hiérocles escreveu contra os cristãos, Eusébio respondeu em defesa dos cristãos. Além disso, em apoio da autoria divina das Escrituras, ele escreveu 35 livros, considerados o esforço mais importante e elaborado desse tipo. Os primeiros 15 deles procuram justificar a aceitação dos escritos sagrados dos hebreus pelos cristãos. Os outros 20 fornecem prova de que os cristãos têm razão para ir além dos preceitos judaicos e adotar novos princípios e práticas. Esses livros, juntos, apresentam uma defesa compreensiva do cristianismo, conforme afirma Eusébio.
(b) Eusébio viveu uns 80 anos (260-345 d.C). Tornando-se um dos escritores mais prolíficos da antiguidade. Seus escritos abrangem os acontecimentos dos primeiros três séculos até o tempo do Imperador Constantino. Na última parte da sua vida, seu trabalho como escritor estava conjugado com as suas atividades como bispo de Cesaréia.
(c) Eusébio se considerava cristão? Parece porque se referiu a Cristo como “nosso Salvador”. Ele declarou: “Tenho a intenção... de contar os infortúnios que logo sobrevieram a toda a nação judaica em consequência de suas tramas contra o nosso Salvador, e transcrever os modos e as vezes em que a palavra divina tem sido atacada pelos gentios, e descrever o caráter dos que, em diversos períodos, contenderam a seu favor apesar de sangue e torturas, bem como as confissões em nossos dias, e a ajuda misericordiosa e bondosa que nosso Salvador tem concedido a todos”.
(d) Os dois objetivos de Eusébio - O primeiro, ele era um apologista. Ele cria e defendia que o cristianismo era de origem divina. Eusébio escreveu: “Tenho também por objetivo mencionar os nomes, o número e as ocorrências daqueles que, por amor a uma inovação, cometeram os mais graves erros e, proclamando-se descobridores do conhecimento, chamado falsamente assim, como lobos ferozes impiedosamente que devastaram o rebanho de Cristo”. Embora seja mais conhecido como historiador, Eusébio também ele era apologista, pregador e escritor exegético.
O segundo objetivo de Eusébio. Era um projeto sem precedentes como escritor, a resposta está em ele crer que vivia em um tempo de transição para uma nova era. Achava que grandes acontecimentos tinham ocorrido em gerações passadas e que a posteridade precisava de um registro escrito dos acontecimentos passado.
(e) Suas pesquisas extensivas: O número de livros que Eusébio leu e citou é enorme. É somente pelos escritos de Eusébio que se revelaram muitos personagens de destaque dos primeiros três séculos da Era Comum. Relatos úteis que lançam luz sobre alguns movimentos importantes só aparecem nos seus escritos. Originam-se de fontes de conhecimento que não estão mais disponíveis. Eusébio foi diligente e cabal em reunir informações. Parece ter-se esforçado cuidadosamente em diferenciar os relatos confiáveis e os nãos confiáveis. No entanto, apesar das deficiências evidentes, as suas muitas obras são consideradas um tesouro inestimável.

IV - OS TEÓLOGOS CIENTÍFICOS - (325 – 460).
Os Teólogos Científicos - Ou os Pós-Nicenos, o objetivo dos Teólogos Científicos era aplicar métodos científicos na interpretação bíblica.
1º- JERÔNIMO (345 – 420 d.C). Pai do monasticismo do ocidente - Erudito das Escrituras e Tradutor da Bíblia para o Latim. Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma estudando línguas e filosofia. Apesar da história não relatar pormenores de sua conversão, se sabe que se batizou quando tinha entre dezenove e vinte anos. Logo após, Jerônimo embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.
Sua viagem. Viajou pela Gália, onde estudou Teologia por alguns anos, aperfeiçoou o grego e adotou a vida monástica. Voltando para Aquiléia esteve durante três anos trabalhando com o Bispo Valeriano. Em 375, Jerônimo partiu para Antioquia da Síria, onde aprendeu o hebraico e estudou intensivamente as Escrituras. Partindo dali, foi para Constantinopla, onde por dois anos foi discípulo de Gregório, grande mestre entre Gregório de Nicéia, Basílio de Cesaréia e outros eminentes Pais da Igreja.
Sua Peregrinação. Terminou no ano 382, quando se fez secretário de Dâmaso, bispo de Roma, que lhe sugeriu a possibilidade de fazer uma nova tradução da Bíblia. Com a morte de Damaso, Jerônimo partiu de Roma em direção à Palestina, no ano 386. Graças à generosidade de Paula, uma rica senhora romana a quem tinha ensinado hebraico, viveu num retiro monástico em Belém, por 35 anos. Nestes anos, ele dedicou-se em escrever várias obras. A maior delas foi à tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como Vulgata. Jerônimo foi cuidadoso na busca de suas informações e procurou usar as versões mais antigas e manuscritos bíblicos já não existentes. Trabalhando sobre o princípio que o texto original da Bíblia estava livre de erros, ele começou um estudo profundo dos manuscritos juntamente com a Septuaginta, a fim de determinar, entre muitos outros, que texto poderia se considerar como original.
A Obra de Esmero. Entre os anos 386 e 390, ele completou a tradução, bem como os comentários do Novo Testamento. Entre os anos 390 e 398, ele escreveu muitas obras e comentários que são usados até o dia de hoje; traduziu escrito de outros eruditos para o Latim; e atualizou a obra de Eusébio de Cesaréia, “História Eclesiástica”, gravando os eventos ocorridos na Igreja entre os anos 325 a 378. A partir do ano 398 até 405, Jerônimo terminou o seu grande projeto, a tradução completa em Latim do Antigo Testamento Hebraico. Esta versão da Bíblia tem sido amplamente usada pela Igreja católica Ocidental e tem sido, até recentemente, a única Bíblia oficial da Igreja Católica Romana desde o Concílio de Trento. Seu amor pela vida ascética fez dele um propagador do ascetismo, chegando ao final de sua vida, entre os anos 405 e 420, ao extremo da abstinência da alimentação normal, do trabalho e do casamento.

2º- AMBRÓSIO DE ROMA - Nasceu de uma família romana e Cristã em (340-397 d.C).
(a) Ambrósio estudou teologia com Simplício, um presbítero de Roma. Fazendo bom uso de seu excelente conhecimento do grego, o que era raro no ocidente, estudou o Antigo Testamento de autores gregos como Filon, Orígenes, Atanásio e Basílio de Cesárea, com quem ele também passou a se corresponder. Ele aplicou este conhecimento como pregador, concentrando-se especialmente na Exegese do Antigo Testamento, e suas habilidades retóricas impressionou até Agostinho de Hipona, ainda um pagão que naquela época, até então fazia pouco dos pregadores cristãos. No confronto com os arianos, Ambrósio buscou refutar teologicamente suas proposições, que eram contrárias ao Credo de Niceia e a ortodoxia oficial.
(b) Os arianos apelaram a muitos líderes e membros do clero de altos postos tanto no ocidente quanto no oriente para se proteger de Ambrósio. Embora o imperador ocidental, Graciano, fosse um ortodoxo, o jovem Valentiniano II, e se tornou seu colega, aderiu ao credo ariano. No oriente, Teodósio I era também um niceno, mas havia arianos espalhados por todo o seu império, especialmente no alto clero.
(c) Neste conflito religioso. Ambrósio, temendo as consequências, convenceu-o a convocar um concílio apenas com os bispos ocidentais para decidir a questão. O concílio de Aquileia em (381) reuniu trinta e dois bispos, que elegeram Ambrósio presidente e convocou Paládio para defender suas posições, o que ele se recusou a fazer. Uma votação decidiu então que ele e seu companheiro seriam depostos. Mesmo assim, o crescente poderio ariano mostrou-se uma tarefa formidável para Ambrósio, em 385 ou 386, o imperador e sua mãe Justina, juntamente com um considerável contingente do clero e dos poderes seculares (especialmente militares), professavam o arianismo abertamente. Eles exigiam que duas igrejas em Mediolano, uma na Cidade (Basílica dos Apóstolos) e outra nos subúrbios de (São Vítor), fossem entregues dos arianos.
(d) Ambrósio se recusou e foi chamado a se explicar perante um concílio. Ele foi tão eloquência em defesa da Igreja que teria impressionado tanto os ministros de Valentiniano que ele conseguiu sair de lá sem ter que entregar as igrejas. No dia seguinte, enquanto realizava a Liturgia das horas na basílica, o Prefeito da Cidade Urbano o interrompeu para tentar convencê-lo a ceder pelo menos a basílica aos arianos. Como ele se recusou, alguns oficiais da corte foram enviados para lá para tomá-la à força, o que foi sinalizado pelo hasteamento do brasão imperial.
(e) Apesar da oposição imperial, Ambrósio declarou na ocasião. Se você quiser a minha pessoa, estou pronto para me entregar: leve-me para a prisão ou para a morte, não resistirei; mas jamais trairei a Igreja de Cristo. Não clamarei ao povo que me socorra; morrerei ao pé do altar antes de desertá-lo. O tumulto entre o povo não encorajarei, mas apenas Deus será capaz de apaziguá-lo.
(f) O Arianismo: originalmente, era um pensamento filosófico que não considerava Jesus Cristo como Deus em uma só pessoa. O pensamento ariano era considerado uma heresia para a Igreja cristã, sendo o principal combatente desta doutrina o Atanásio de Alexandria e Ambrosio.
(g) O Arianismo vem de Arius, ou Ário. um professor do início do século 4 d.C. Um dos assuntos mais antigos e provavelmente mais importante a ser debatido entre os cristãos da antiguidade foi a questão da divindade de Cristo. Era Jesus verdadeiramente Deus em carne ou era Jesus um ser criado? Era Jesus Deus ou apenas como Deus? Arius defendia a ideia de que Jesus foi criado por Deus como o primeiro e mais importante ato da Criação. O Arianismo, então, é a crença de que Jesus era um ser criado com atributos divinos, mas não era divindade em Si mesmo.

3º- AGOSTINHO - (354 d.C). O teólogo da graça soberana - Agostinho nasceu em treze de novembro do ano de 354 d.C., em Tagaste, numa parte ao norte da África que hoje é conhecida como Algéria. É difícil imaginar o que aconteceu nos dias da corte e do casamento de seus pais, pois seu pai, Patricius, era um descrente cujo interesse em seu filho era limitado a preparar Agostinho para uma carreira que o levaria a fama e a fortuna, e sua mãe, Mônica, era uma mulher de excepcional devoção e piedade cuja grande tristeza na vida era seu filho rebelde.
Ela chorou e orou amargamente durante tanto tempo por seu filho que ele se tornou conhecido como o "filho das lágrimas.". Todo esse tempo ele estava em busca de sua educação, e provou ser um estudante hábil. Entretanto, como acontece frequentemente, sua habilidade própria comprovou sua ruína. Ele vagueou, como uma abelha procurando por néctar, de uma heresia para outra.
Durante esse período de imoralidade e apostasia, Agostinho começou a desenvolver sua carreira. Em 376 ele deu aulas de gramática na cidade onde nasceu; pouco tempo depois ele foi para Cártago para ensinar retórica. Em 382 - agora com vinte e oito anos - ele decidiu ir para Itália, mas não queria sua mãe com ele. Ele partiu sem contar para ela da sua partida ou destino, mas levou com ele sua amante e seu filho. Por um breve período de tempo ele ensinou retórica em Roma, mas então foi para Milão onde foi influenciado por um poderoso pregador, Ambrósio, o piedoso e corajoso bispo da igreja de Milão.
Sua Conversão. Embora Agostinho tenha ido ouvir Ambrósio pregar apenas a fim de aprender mais das habilidades de Ambrósio como um orador e retórico, ele logo foi influenciado pelo poder do Evangelho. Gradualmente seus erros foram lançados fora, embora tenha resistido com toda sua força, especialmente por causa da luxúria da sua carne. Esse foi um tempo de luta.
Após um ano de preparação. Agostinho e seu filho Adeodato foram batizados por Ambrósio. Ele deixou Milão pouco tempo depois para retornar à África. Sua mãe que o tinha seguido à Itália, agora sentava para viajar atrás dele de volta à África, mas morreu no porto do rio Tibre nos braços de seu filho - com a alegria em seu coração da oração respondida - depois de ter com ele uma conversa profunda e comovente sobre as glórias do céu.
Trabalho na Igreja. Agostinho viajou para a África, visitou Roma mais uma vez, retornou para a África, e começou seu trabalho pela causa de Cristo. Em 389 ele foi, contra sua vontade, ordenado presbítero na região de Hipona, regida por Valerius, seu bispo. Em 395 ele foi ordenado bispo assistente, e em 396, com a morte de Valerius, ele foi ordenado seu sucessor. Ele gastou o resto de sua vida sendo o pastor de seu grande rebanho, um escritor prolífico, um ardente defensor da fé e um fiel homem de Deus à serviço da verdade.
Agostinho produziu uma grande quantidade de obras depois de sua conversão, sendo a maior parte delas de valor duradouro. Algumas de suas obras mais conhecidas são: Confissões, o livro que cada filho de Deus deveria ler em algum momento de sua vida. Cidade de Deus, escrito para explicar a queda de Roma antes das hordas 16 bárbaras, mas incluindo uma filosofia cristã da história que é uma clara exposição da antítese e no qual se encontrará alguns dos ensinamentos de Agostinho sobre a predestinação soberana; um tratado sobre a Trindade, que é a mais clara exposição 18 da doutrina antes dos escritos de Calvino; Retratações, no qual ele corrigiu todos os seus escritos anteriores e retirou afirmações com as quais não concordava depois de chegar à maturidade de pensamento, e muitos escritos contra os pelagianos e semipelagianos.

4º- JOÃO CRISÓSTOMO - O Pregador Boca de Ouro (347 d.C). João nasceu na Antioquia da Síria no ano de 347 d.C. Ele era filho de Secundus, um oficial militar pagão, e Anthusa, uma mulher piedosa de grande vigor moral e caráter. Sua mãe tinha casado jovem e ficou viúva com a idade de vinte anos. Quando Secundus morreu, João era um bebê e seu alimento espiritual veio de sua mãe. Ela era tão cuidadosa na instrução religiosa de João, que um proeminente pagão da época, maravilhado com a sua devoção, disse: "Minha nossa! Que mulheres estes cristãos têm." A Antioquia, onde os crentes foram primeiramente chamados cristãos, tornou-se uma cidade mundana e ímpia. Um escritor expressou isto desta maneira - o que nos dá uma ideia do ambiente no qual João foi criado.
(a) João recebeu uma excelente educação nas melhores escolas da Antioquia: Estudando especialmente filosofia e retórica, em preparação para uma carreira em direito. Ele não foi imediatamente batizado por sua mãe, principalmente por causa de algumas visões errôneas sobre o batismo, as quais prevaleciam na igreja daquela época. Estas visões, sustentadas por alguns na igreja, consistiam sobre tudo na noção que o batismo lavava todos os pecados anteriores. Portanto, era considerado sábio postergar o batismo, de maneira a ser liberto de tantos pecados quanto fosse possível. Com a idade de vinte e três anos João foi batizado por Mileto, o bispo da igreja em sua cidade. Mais tarde o próprio João iria protestar esta prática de retardar o batismo, porém ele realmente definiu sua própria conversão como tendo ocorrido em seu vigésimo ano.
(b) Após sua conversão: Ele abandonou seus estudos de direito e uma carreira secular, e dedicou-se exclusivamente ao trabalho da igreja. Como preparação para este trabalho, ele estudou sob Diodore, que tinha fundado uma escola monástica e também foi influente no estabelecimento de um seminário em Antioquia. Vale a pena mencionar que o Seminário de Antioquia era devoto aos princípios de interpretação bíblica, que insistia que o significado literal da Escritura era o correto.
(c) Eles tomaram uma posição contrária ao Seminário de Alexandria, Egito, que promovia um método alegórico de interpretação. Entretanto, a tradição do Seminário de Antioquia, era a tradição da igreja durante aquele período se a pregação fosse forte, e ainda continua sendo o método ensinado em todos os seminários ortodoxos de hoje em dia. Deus usou esta educação para preparar João para seu trabalho como pregador. Um de seus colegas de classe era Theodore, mais tarde um bispo da igreja em Mopsuéstia, sendo ele mesmo um importante pai da igreja. João tinha fortes tendências à vida monástica, mas privou-se de entrar em um monastério por causa dos desejos de sua mãe. Somente depois que ela morreu, ele de fato retirou-se por dez anos para viver a vida de um eremita nas colinas além da Antioquia. Como eremita, ele causou danos irreparáveis a sua saúde e carregou estas aflições corporais para seu leito de morte.
(d) Deus tinha um trabalho mais importante para João a Seu Serviço à Igreja. Ele foi convocado a voltar para Antioquia onde primeiramente se tornou um leitor - leitor da Escritura no culto de adoração - depois um diácono em 381 e em seguida um ministro da igreja. Foi durante este período que ele escreveu um livro sobre a educação de filhos e outro sobre o ministério, intitulado “O Sacerdócio”. Os dois livros lhe deram uma reputação de excelência, pois eram cheios de profunda sabedoria.
(e) Acima de tudo, Crisóstomo era um pregador. Já enquanto estava estudando para direito, seus dons de oratória eram notáveis, mas Deus os deu para serem usados no serviço do ministério da Palavra.
(f) Por doze anos Crisóstomo ocupou o púlpito na igreja de Antioquia. Era seu costume, como tem sido em nossa própria tradição reformada, pregar séries sobre um determinado livro da Bíblia ou um tema. Muitos de seus sermões ainda existem. Ele pregou sessenta e sete sermões em Gênesis, noventa em Mateus, oitenta e oito em João, trinta e dois em Romanos, setenta e quatro em 1 e 2 Coríntios, como também séries em outros livros. Ele não pregava apenas no dia do Senhor, mas também durante a semana, as vezes cinco dias consecutivos. Seu auditório estava sempre lotado e as vezes a congregação, que apreciava sua pregação, rompia em aplausos - os quais ele severamente censurava.
(g) Um episódio digno de nota é demonstro o poder da pregação de Crisóstomo. Durante a quaresma do ano de 387, o povo de Antioquia rebelou-se contra as novas taxas que lhes foram impostas pelo imperador Theodosius, e queimaram uma porção de estátuas do imperador e de sua família. Theodosius em sua raiva ameaçou destruir a cidade e enviou tropas para acabar com o tumulto e juízes para julgar os mandantes. João aproveitou a situação para pregar vinte sermões chamados “Sobre os Estatutos”, nos quais ele lembrou o povo de suas responsabilidades para com aqueles que Deus colocou sobre eles, e lembrou o imperador dos males da crueldade indevida. Estes sermões serviram para trazer tranquilidade à cidade e o perdão do imperador. Um escritor da época comentou sobre estes sermões: “Embora uma multidão estivesse reunida, o silêncio era tão intenso como se nenhuma pessoa estivesse presente”. Lembramos-nos dos sermões de Lutero, os quais sufocaram as desordens de Wittenberg,
(h) Por causa da grande influência de sua pregação. Crisóstomo foi nomeado pelo agente do imperador para ser ministro em Constantinopla. Ele teve que ser escoltado de Antioquia por tropas, por causa da grande devoção de seu povo, no meio de quem labutou por doze anos. O púlpito em Constantinopla era o mais prestigiado em toda a igreja do Oriente, e talvez em toda a igreja. A cidade era depois do tempo de Constantino o grande, a capital do império. Localizada nas margens do Bósforo na Grécia, esta igreja era a igreja mais influente de sua época.
(i) Mas não demorou muito para que João estivesse em apuros. O grande pregador que ele era, não temia ninguém e pregava a Escritura independente de quem ofendesse. Pelo fato de Constantinopla ser a cidade imperial, ela era cheia de luxo e corrupção, intrigas e depravação. Crisóstomo pregou contra todos estes pecados com veemência e vigor; e sua pregação conseguiu-lhe o eterno ódio da imperatriz Eudoxia. Conivente com os bispos de Alexandria, ela assegurou seu exílio para além do Bósforo, mas este durou pouco tempo. Ele voltou em triunfo para seu púlpito e continuou a condenar os males da cidade. Ele provavelmente, de um ponto de vista terreno, cometeu seu erro fatal quando chamou Eudoxia de mais uma Herodias, que não descansaria até que conseguisse a cabeça de João.
(j) Seu Martírio. Desta vez João tinha ido longe demais. O imperador o depôs, João recusou obedecer ao mandato de abdicar o seu púlpito. O imperador enviou tropas à catedral durante uma cerimônia de batismo e misturou o sangue dos fiéis com a água utilizada para o batismo. Crisóstomo foi exilado para Cucresus nas montanhas de Taurus na Armênia. Em uma carta ele descreveu seus sentimentos ao ser exilado.

5º- TEODORA. Teodoro de Heracleia de (280 a 319, d.C). A tradição afirma que Teodoro nasceu no século III, na cidade de Eucaita, na região chamada Ponto, ao Norte da Ásia Menor. Hoje, o local se chama Vila de Beyozu, na província de Corum, na Turquia. Também ele é conhecido como Teodoro de Eucaita, foi um comandante militar venerado com o título de grande mártir da igreja Ortodoxa do oriente. Ele foi agraciado com muitos talentos e tinha uma bela aparência, sendo conhecido por sua caridade e sua bravura. Teodoro foi nomeado comandante militar Estratelate na cidade de Heracleia Pôntica durante o reinado do imperador romano Licínio em (307-324), quando iniciou uma feroz perseguição aos cristãos. Teodoro pessoalmente convidou Licínio à Heracleia, tendo prometido oferecer sacrifício aos deuses pagãos. Ele solicitou que todas as estátuas pagãs em ouro ou prata de Heracleia fossem levadas à sua casa. Teodoro então as despedaçou e então distribuiu os pedaços aos pobres. Teodoro foi preso, torturado e crucificado. A testemunha foi seu servo, Varos, que também é venerado como santo na igreja católica. De manhã, os soldados imperiais o encontraram vivo. Não querendo se livrar da morte de Mártir, Teodoro voluntariamente se entregou novamente às mãos de Licínio e foi decapitado por uma espada. Isto ocorreu em 319 dC.
Conclusão sobre Teodoro. Foi general do exército do imperador Licínio e governador de grande parte da Bitínia, do Ponto e da Paflagônia. Residiu em Heracleia, onde foi decapitado, em 319, por causa de sua fé cristã, após ter sido cruelmente torturado por ordem do imperador Licínio, a quem serviu. Teodoro faz parte da lista dos grandes mártires, assim chamados e considerados pela Igreja grega. Faz parte do número expressivo de cristãos que, na Antiguidade, deu testemunho de sua fé até a morte, com intrepidez e coragem. Ele é modelo de fidelidade a Cristo e à Igreja, e serve de estímulo a todos os que sofrem adversidades e perseguições em nome de Jesus.

6º- ATANÁSIO ALEXANDRIA. O defensor da fé cristã, Atanásio nasceu em Alexandria, no Egito, em 296 d.C., era filho de pais de classe alta e de grande riqueza. Mantendo o status social de sua família, ele recebeu educação clássica e liberal e tornou-se bem versado na filosofia grega. A Cidade onde nasceu encontrava-se um dos primeiros seminários da história da igreja, mas também em uma cidade que era um caldeirão fervendo de filosofias que competiam entre si. Por causa de sua posição geográfica estratégica, Alexandria era um centro agitado de negócios e comércio, onde o Ocidente e o Oriente se encontravam. A filosofia grega, o misticismo oriental e a religião cristã colidiam e lutavam pela supremacia nesta cidade portuária do Egito, no Delta do Nilo. A história de Atanásio é tecida na trama de uma das maiores controvérsias que já perturbaram a igreja cristã, uma controvérsia sobre a doutrina da divindade de Cristo. Naquele momento, Satã resolveu usar a falsa doutrina. Sua arma estava apontada para o ponto vital da fé cristã: a verdade da divindade de Cristo. Se Satã pudesse roubar a igreja desta doutrina, a igreja seria destruída para sempre. Mas em momentos cruciais na história da igreja, Deus levanta homens de coragem destemida que estão dispostos a sacrificar tudo pela causa da verdade de Cristo, homens como Martins Lutero, outros como Atanásio ele foi levantado por Deus para defender a verdade da divindade de Cristo contra todos os homens da igreja de seu tempo. Atanásio contra mundo. O epitáfio anexado ao seu nome por todas as eras expressa o lugar de honra que Atanásio ocupa: Atanásio contra mundo. É notável que em tempos como estes, frequentemente apenas um homem é que se põe na brecha em defesa da causa de Cristo. Atanásio, o grande defensor da fé ortodoxa.

7º- BASÍLIO DE CESARÉIA. Basílio nasceu na Cesaréia da Turquia, região da antiga Capadócia, em 329. A santidade estava no DNA deste grande homem. Com efeito, seu avô teve morte de mártir durante a perseguição romana, pois preferiu morrer a não negar Jesus Cristo. Sua avó também foi santa, conhecida como Santa Macrina. Sua mãe passou a ser reverenciada pela Igreja como Santa Amélia. A irmã, também chamada Macrina, tornou-se religiosa e, posteriormente, santa. Seus dois irmãos também trilharam o caminho da santidade: Pedro, que foi bispo de Sebaste e Gregório, da cidade de Nissa. Bispo de Cesaréia enfrenta o império. Mais tarde, Basílio foi eleito bispo da cidade de Cesaréia, na Judéia. Nessa época o governador romano tentou fazê-lo renegar a Fé. Basílio, porém, resistiu e guardou sua fidelidade a Jesus. Mesmo com saúde frágil, Basílio enfrentou o governador através de um discurso tão inspirado e forte, que o líder romano desistiu de prendê-lo. O governador, ao contrário, percebeu sua sabedoria e santidade e compreendeu porque Basílio era venerado por todo o povo. Basílio Magno era um conhecedor profundo da teologia, da literatura, da filosofia e da Bíblia. Seus sermões eram tão repletos de sábia interpretação, agradáveis, claros, profundos e convincentes. Suas obras destacavam quase quatrocentas cartas, essas cartas eram grande proveito para a vida espiritual de seus leitores. Basílio Magno faleceu no dia 1º de janeiro do ano 379 d.C. Tinha, então, apenas quarenta e nove anos, foi velado por uma multidão.

V - BIBLIOGRAFIA
01. Bíblia. ARC: Almeida Revista Corrigida;
02. Bíblia. ARA: Almeida Revista Atualizada;
03. Bíblia. ACFS: Almeida Corrigida Fiel. Do SCOFIELD;
04. Bíblia. BDBL: Biblioteca Digital da Bíblia Libronix;
03. Pequena Enciclopédia Bíblica – Pr. Orlando Boyer.
04. Dicionário da Bíblia;
05. Revista da Escola Dominical – CPAD;
06. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Pr. Myer Pearlman;
07. Teologia Sistemática – Luís Berkhof;
09. Apostila de Teologia Sistemática – da IBADEP;
10. Dicionário da Língua Portuguesa;
11. Comentários sobre a história da Igreja Primitiva;
12. Centro Apologético Cristão Pesquisas Prof. João Flávio Martinez;
13. Centro Apologético Cristão e Pesquisas na Web;
14. Pesquisa na Enciclopédia livre da web a Wikipédia.


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