14 de dez. de 2019

EXPLICANDO O QUE PARECE NÃO SER EXPLICADO


I - Supor que o não explicado é inexplicável: Quando um cientista encontra uma anomalia na natureza, “ele não desiste da exploração científica”. Em vez disso, o que não é explicado fomenta mais estudos. Antes os cientistas não conseguiam explicar os meteoros, eclipses, tornados, furacões e terremotos. E até recentemente, eles não conseguiam explicar como uma abelha consegue voar. Todos estes assuntos foram guardados, pacientemente, até os seus segredos serem desvendados.
    Os cientistas não sabem como a vida pode se desenvolver nos ventos quentes e nas profundezas do mar. Mas, nenhum deles se atira de uma torre, gritando: “Um absurdo!”. “Do mesmo modo o verdadeiro cristão estudioso da Bíblia aproxima-se dela com a mesma pressuposição de que ela tem respostas para o não explicado, isso que dizer que a Bíblia ela explica tudo”.
   Certa vez, os críticos propuseram que Moisés não poderia ter escrito os cinco primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), porque a cultura dos tempos de Moisés era de antes da invenção da escrita. Hoje, eles sabem que a escrita já existia milhares de anos antes de Moisés. Os críticos também acreditavam que as referências bíblicas sobre o povo hitita eram totalmente fictícias, pois um povo com aquele nome jamais havia existido. Agora, a biblioteca nacional dos hititas foi descoberta na Turquia. Então, temos motivos para crer que outros fenômenos não explicados contidos na Escritura, terão, também, uma explicação corretas e coerentes.
1º- Pressupor que a Bíblia é culpada de erros, antes que ela comprove ser inocente: Muitos críticos pressupõem que a Bíblia contém erros, até que seja provado o contrário. Contudo, como um cidadão, que é acusado por um crime, tem direito à defesa, à Bíblia deveria ser dada pelo menos a mesma credibilidade de que ela é correta, do mesmo modo como esta é dada a outras literaturas que eles afirmam não ser ficção. Esta é a maneira de nos achegarmos todas as comunicações humanas. Se não o fizéssemos, a vida não seria possível. Se supuséssemos que os sinais de tráfego nas estradas não são corretos, provavelmente iríamos morrer, antes de comprovar que eles são corretos. Se admitíssemos que os alimentos fossem mal rotulados, iríamos desistir de comprar todas as garrafas e os pacotes que se vendem no mercado. Do mesmo modo, a Bíblia, como qualquer outro livro, deveria ser considerada como nos contando, exatamente, o que os autores disseram, experimentaram e ouviram. Contudo, os críticos negativos partem, exatamente, de uma pressuposição de que a Bíblia contém erros.
2º- Confundir nossas falíveis interpretações com a infalível revelação de Deus: Jesus disse que “A Escritura não pode ser anulada”. (Jo 10:35). Sendo um livro infalível, a Bíblia é, também, irrevogável. Jesus declarou: “Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”.  (Mt 5:18),… “E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.”(Lc 16:17). 
   As Escrituras têm também a autoridade final, como a última palavra em todos os discursos. Jesus usou a Bíblia para resistir ao tentador (Mt 4:4; 7:10); para resolver disputas doutrinárias (Mt 21:42) para vindicar a sua autoridade (Mt 11:17). Algumas vezes, o ensino da Bíblia se apoia em algum pequeno detalhe histórico (Hb 7:13-17); ou sobre uma diferença entre o singular e o plural (Gl 3:16). “Mas, conquanto a Bíblia é infalível, as nossas tendências e interpretações humanas são falíveis, e muitas fezes errôneas”. Conquanto a Palavra de Deus seja perfeita (Sl 19:7), enquanto existirem seres humanos imperfeitos, haverá errôneas interpretações na Palavra de Deus e falsas visões sobre o seu mundo. Daí por que não deveríamos ter pressa em supor que uma atual suposição predominante na ciência seja a palavra final. Algumas das irrefutáveis leis do passado são hoje consideradas pelos cientistas como erro.

II - A Falha esta na falta de entendimento. Desse modo, as contradições entre as opiniões popularizadas na Ciência e as interpretações da Bíblia amplamente aceitas podem ser esperadas. Mas, tudo isso é uma falha em querer comprovar que a Bíblia tenha contradição.
1º- Falhar em estudar o contexto: O erro mais comum nas interpretações da Bíblia, inclusive de certos críticos eruditos, “é ler o texto fora do devido contexto”. Como diz o provérbio popular: “Um texto fora do contexto é um pretexto”. Ninguém pode comprovar erro algum na Bíblia, usando este errôneo procedimento. A Bíblia diz: “Não há Deus” (Sl 14:1). Ora, o contexto é quem diz isso: “Diz o insensato, não há Deus.” Alguém pode afirmar que Jesus nos admoestou a não resistir ao mal (Mt 5:39). Mas, o contexto anterior, no qual Ele faz esta declaração não deve ser ignorado. Muitos leem a declaração de Jesus, para darmos a quem nos pedir algo. Mas seria bom entregar uma arma letal a uma criança que no-la pedisse? A falha em determinar a legítima significação da passagem, conforme o contexto tem sido o motivo principal dos que encontram alguns erros na Bíblia.
2º- Falha em interpretar o que é difícil pelo que é claro: Algumas passagens são difíceis de ser entendidas, ou parecem contradizer outras passagens da Escritura. Por exemplo, Tiago parece estar dizendo que a salvação é pelas obras em (Tiago 2:14-26).
E enquanto Paulo ensina que a salvação é pela graça, conforme (Efésios 2:8-9): “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Mas o contexto revela que Paulo trata da justiça diante de Deus (somente através da fé), enquanto Tiago está falando sobre a justiça diante dos homens (que veem somente o que fazemos). Mas, Tiago e Paulo falam ambos do fruto que sempre acontece na vida de quem ama realmente a Deus.
3º- Falha em esquecer que há as características humanas na Bíblia: Com exceção de algumas poucas passagens – como os 10 Mandamentos, que foram escritos pelo dedo de Deus (Êx 31:18), a Bíblia não foi verbalmente ditada. Seus autores não eram secretários do Espírito Santo. Houve escritores humanos que empregaram os seus próprios estilos literários e suas idiossincrasias. Suas fontes eram tão humanas como o seu material (Js 10:13; Atos 17:28; 1 Co 15:33; Tito 1:12).
A verdade é que cada livro da Bíblia tem um escritor humano – entre uns 36 a 40 deles, e ela também apresenta diferentes estilos humanos. Seus autores escreveram do ponto de vista do que observaram, como, por exemplo, sobre o nascer e o pôr do sol (Js 1:15). Eles também revelaram modelos de pensamento humano, inclusive lapsos de memória (1 Co 1:14-16), bem como emoções humanas (Gl 1:14). A Bíblia revela específicos interesses humanos. Oséias tem um interesse rural; Lucas, um interesse médico e Tiago, pela natureza humana.
   Como Cristo, a Bíblia é totalmente humana, mesmo não contendo erro algum. Esquecer a humanidade da Escritura pode fazer com que se impugne a sua integridade, quando se espera um nível de expressão mais elevado do que o normal, em um documento humano. Isto se torna mais óbvio, quando lidamos com os erros apontados pelos seus críticos.
4º- Falha em supor que um registro parcial é um falso registro: Muitas vezes os críticos se apressam em concluir que um registro parcial é falso. Contudo, não é assim. Se fosse, a maior parte do que tem sido dito seria falso, visto como o tempo e o espaço raramente permitem um registro absolutamente completo. Por exemplo, a famosa confissão de Pedro, nos Evangelhos: E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, “o Filho do Deus vivo(Mt 16:16). E ele lhes disse: Mas vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, lhe disse: “Tu és o Cristo (Mc 8:29). E disse-lhes: E vós, quem dizeis que eu sou? E, respondendo Pedro, disse: “O Cristo de Deus.(Lc 9:20). Até mesmo os Dez Mandamentos, que foram “escritos pelo dedo de Deus” (Dt 9:10), são apresentados com variações, nas outras vezes em que são registrados (Êx 20:8-11; Dt 5:12-15). Existem muitas diferenças entre os Livros de Reis e o das Crônicas em sua descrição dos mesmos fatos, porém não existe contradição alguma nos eventos apresentados ali neles.
5º- Falha em supor que as citações do Velho Testamento no Novo Testamento têm que ser palavra por palavra: Os críticos muitas vezes apontam variações entre as Escrituras do Novo com a do Velho Testamento, como se fossem erros. Eles esquecem que cada citação não precisa ser uma citação palavra por palavra. Muitas vezes, são usadas citações indiretas [que dizem exatamente a mesma coisa, mas podendo ter algumas palavras e estruturas um pouco diferentes, ainda que exatamente equivalentes às palavras originais] e outras vezes, citações diretas indiretas [que repetem exatamente a mesma sequência de letras]. Portanto, este é um estilo literariamente aceitável quanto à essência da citação, mesmo que não se usem as mesmas palavras. Ou a mesma significação pode ser expressa sem que se usem as mesmas expressões verbais.
   As variações nas citações do Velho Testamento feitas no Novo Testamento são de variadas categorias. Algumas vezes elas acontecem quando há mudança do narrador. Por exemplo, é registrado o Senhor dizendo (Zc 12:10). Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito”. E quando isto é narrado no Novo Testamento, quem fala é João e não Deus. (João 19:37) “E outra vez diz a Escritura: Verão aquele que traspassaram”.
   Outras vezes, alguns escritores citam apenas parte do texto do Velho Testamento. Jesus agiu assim, na citação feita na Sua cidade natal de Nazaré (Lc 4:18.19), quando citou (Is 61:1.2). A verdade é que Ele parou na metade da citação, pois se tivesse avançado, teria perdido o objetivo central do texto, que dizia: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos”, (verso 21), pois a próxima frase referia-se a (Is 61:1.2), tratando da Sua segunda vinda.
Algumas vezes o Novo Testamento parafraseia ou reduz os textos do Velho Testamento (Mt 2:6). Outras vezes, ele junta dois textos em um (Mt 27:9-10). Ocasionalmente, uma verdade geral é mencionada, sem citar o texto específico. Por exemplo, (Mt 2:23), diz que Jesus se mudou para Nazaré, sem citar um determinado profeta, mas apenas o “profeta”. Vários textos tratam da humilhação do Messias. Ser de Nazaré, ser um nazareno, era ter um status muito baixo, em Israel, na época de Jesus.
6º- Falha em supor que narrativas divergentes sejam falsas: Pelo fato de  duas ou mais narrativas do mesmo evento ser diferentes. Veja por exemplo, em (Gn 15:13); confirmado em  (At 7:6); Quatrocentos anos: e ja em  (Êx 12:40-41); confirmado em (Gl 3:17). Quatrocentos e trinta anos. Isto para um critico é uma contradição, mas o erro não é da Bíblia, mas do tal crítico.
  Porque os 430 anos, mencionados por Moisés, devem ser considerados desde o chamado de Abrão em Harã, a sua permanência e de seus descendentes em Canaã, e a sua estada no Egito, até o Êxodo. O texto de (Êxodo 12:40): “A permanência dos filhos de Israel, enquanto habitaram na  terra do Egito e na terra de Canaã, foi de 430 anos”. Inclusive na era patriarcal os faraós consideravam Canaã como parte de sua propriedade. Portanto, foram dois longos períodos de anos. Ambos terminaram ao mesmo tempo.  Os 430 anos começaram quando Abraão foi chamado para sair de Harã em direção à terra prometida. Já os 400 anos passam há contar 30 anos mais tarde, quando Isaque já estava com 5 anos e acontecem as brigas e conflitos entre as duas mulheres de Abraão e os dois filhos. Tudo por que o pai da fé não soube esperar e confiar em Deus, tendo um filho (Ismael) com uma escrava.
Do mesmo modo, (Mt 27:5), informa que “Judas foi-se enforcar”, enquanto Lucas diz que ele “precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”. (At 1:18). Mais uma vez, estas duas narrativas não são mutuamente exclusivas, pois Judas poderia ter-se enforcado à margem de um precipício, numa área rochosa, ou à margem de um canal, e suas entranhas  poderiam ter-se derramado, exatamente conforme a vívida descrição de Lucas.
7º- Falha em supor que a Bíblia aprova tudo que ela registra: É um erro supor que tudo que está contido na Bíblia seja aprovado por ela. A Bíblia inteira é a verdade (Jo 17:17), porém, ela registra [com verdade e fidelidade] algumas mentiras [ditas por mentirosos]; por exemplo, as de Satanás (Gn 3:4; Jo 8:44); e a de Raabe (Js 2:4).
  A inspiração compreende toda a Bíblia, no sentido de que ela registra, correta e fielmente, até as mentiras e os erros dos seres pecadores. Sua verdade é encontrada no que ela revela não no que ela registra. E se esta distinção não for feita, poderemos chegar à errônea conclusão de que a Bíblia ensina a imoralidade, quando narra o pecado de Davi (2 Sm 11:4); que ela promove a poligamia, quando registra quantas mulheres Salomão teve (1 Rs 11:3) ou que ela aprova o ateísmo, quando cita o (Sl 14:1): “Não há Deus”.
8º- Falha em esquecer que a Bíblia não é um livro técnico: Ela não precisa usar a linguagem técnica, nem a chamada linguagem científica. Ela foi escrita para as pessoas comuns de cada geração, usando, portanto, a linguagem comum do dia-a-dia. Sua linguagem não é anticientífica. As Escrituras foram escritas nos tempos antigos, por modelos antigos e seria anacrônico impor-lhes os modernos modelos científicos. Mesmo assim, ela não é menos científica, quando cita o sol “parado” (Js 10:12), do que referindo-se ao “sol nascendo” (Js 1:16), pois os modernos metereologistas ainda usam termos como o “nascer” e o “por do sol”.
9º- Falha em supor que números arredondados são falsos: Como acontece na linguagem comum, a Bíblia também usa números arredondados (Js 3:4; 4:13). Ela se refere ao diâmetro como sendo 1/3 da circunferência de alguma coisa (2 Crônicas 19:18; 21:5). Conquanto isto seja apenas uma aproximação, (Lindsell 165-166), pode ser visto como impreciso do ponto de vista da sociedade tecnológica.
10º- Falha em negligenciar a observação das tendências literárias: A linguagem humana não se limita a um modo de expressão.  Portanto, não há razão para supor que somente um gênero literário fosse usado em um livro divinamente inspirado. A Bíblia revela uma porção de tendências literárias. Livros inteiros são escritos em forma de poesia (Jó, Salmos e Provérbios). Os evangelhos sinópticos mostram parábolas. Em (Gálatas 4), Paulo usa a alegoria. O Novo Testamento está cheio de metáforas (2 Coríntios 3:23; Tiago 3:6); de semelhanças (Mateus 20:1; Tiago 1:6); de hipérboles (João 21:25; 2 Coríntios 3:2; Colossenses 1:23); e até de figuras poéticas (Jó 41:1). Jesus usou a sátira (Mateus 19:24; 23:24). Figuras de linguagem são comuns em toda a Bíblia. Não é errado um escritor bíblico usar uma figura de linguagem, mas é errado um leitor tomar literalmente uma figura de linguagem. Obviamente, quando a Bíblia fala que o crente “se abriga à sombra das asas do Senhor”  (Salmo 36:7), ela não está dizendo que Deus seja uma ave cheia de penas. Quando ela diz que Deus “desperta”  (Salmo 44:3), como se Ele estivesse dormindo, isto significa apenas que Deus entra em ação.
11º- Falha em esquecer que somente o texto original é inerrante: Erros genuínos têm sido encontrados nas cópias dos textos bíblicos que foram escritos centenas de anos, após os autógrafos. Vamos dizer que Deus ditou pelos profetas e apóstolos somente o texto original das Escrituras, e não as cópias.
“Portanto, somente o texto original é isento de erros“. A inspiração não garante que cada cópia seja isenta de erros, principalmente as cópias feitas de outras cópias.
Vejamos, pois erros de cópias, por exemplo, a Bíblia King James, em (2 Reis 8:26), dá a idade o Rei Acazias como sendo de 22 anos, enquanto que em (2 Crônicas 22:2), diz que era 42. O último número não pode estar correto, pois, assim, ele seria mais velho do que o seu próprio pai. Claro que este é um erro do copista, mesmo que não altere a inerrância da narrativa original da Escritura.
Primeiro: há erros nas cópias, mas não nos originais.
Segundo: são erros sem importância (geralmente nos nomes e nos números, o que não afeta a inerrância das Escrituras).
Terceiro: esses erros dos copistas são relativamente insignificantes e não afeta a inspiração da Escritura.
Quarto: geralmente, pelo contexto ou por outra escritura, descobrimos o erro. Exemplo, Acazias deveria ter 22 anos. Finalmente, embora havendo erro do copista, toda a mensagem chega até nós. E quanto mais erros se encontram nas cópias, mais devemos confiar nos originais. Por isso, os erros dos copistas não afetam a mensagem básica e nem a originalidade, ou a inspiração da Escritura.
12º- Confundir declarações prevalentes com declarações universais: Como acontece a outros tipos de literatura, a Bíblia costuma usar generalizações. O Livro de Provérbios contém muitas delas. Os ditos proverbiais, pela sua exata natureza, oferecem uma direção prevalente, mas não uma garantia universal. Paulo agradava ao Senhor e, mesmo assim, os seus inimigos o apedrejaram. (Atos 14:19). Embora o Senhor tenha permitido que, no seu estado inconsciente, o qual os psicanalistas modernos chamam de “(Experiência de Quase Morte”), [Paulo tenha ido ao Terceiro Céu]. Jesus Cristo agradou a Deus o Pai e, mesmo assim, os Seus inimigos o crucificaram. Na maior parte dos casos, os cristãos que agradam ao Senhor podem conseguir [de Deus] que os seus inimigos diminuam o antagonismo, provavelmente edificados pela paciência do cristão. Os provérbios mostram sabedoria. Quando a Bíblia declara: “Sede santos porque eu sou santo”, (Levíticos 11:45), aqui não há exceção alguma. A santidade, e o amor, a bondade, a verdade e a justiça estão enraizados na exata natureza de um Deus imutável, enquanto a literatura da sabedoria aplica verdades universais de Deus a muitas características da vida. Embora os resultados não sejam sempre os mesmos, de qualquer modo, a sabedoria sempre ajuda.
13 º- Esquecer que a revelação mais atual sobrepuja a mais antiga: algumas vezes os críticos não reconhecem a revelação progressiva. Deus não revela tudo de uma só vez, nem usa as mesmas condições em cada período da história. Algumas de Suas últimas revelações na Bíblia sobrepujam as revelações anteriores. Os críticos da Bíblia às vezes confundem essa mudança na revelação como sendo erro.
    Um pai pode permitir que um filho pequenino coma com as mãos, mas nunca permite que um filho maior faça o mesmo. Seria isto uma contradição? O mesmo acontece com a revelação progressiva, adaptando-se às circunstâncias. Houve um tempo em que Deus proibiu que Adão e Eva comessem do fruto de uma determinada árvore, no Jardim do Éden. (Gn 2:16-17). Este mandamento divino já não está em efeito, mas a revelação atual não contradiz a primeira revelação, que se embasava no ato de obedecer ou não obedecer ao Senhor. Também houve um período na Lei Mosaica em que Deus ordenou o sacrifício de animais, a fim de remir os pecados dos homens. Mas, desde que Cristo se ofereceu em sacrifício pelos nossos pecados (Hb 10:11-14), este mandamento perdeu o efeito. Não existe contradição alguma entre o primeiro e o segundo mandamentos.
    Claro que Deus não pode mudar os Seus mandamentos, pois isso tem a ver com a Sua natureza imutável (Ml 3:6; Hb 6:18). E visto como “Deus é amor” (Jo 4:16), Ele não pode ordenar que nós o odiemos. Ele também não pode ordenar o que seja logicamente impossível… Mas, apesar dos limites morais, Deus pode dar revelações progressivas, não contraditórias, as quais, quando tomadas no devido contexto e sendo justapostas, podem parecer contraditórias. Quando isso acontece, temos um erro como se admitíssemos ser correto um pai permitir que o seu filho de seis anos fique acordado, à noite, exatamente como o faz com o filho adolescente. Em resumo, a Bíblia não pode errar, mas os críticos sempre erram. Não existe erro algum na revelação divina, mas na compreensão da mesma. Portanto, quando chegamos às dificuldades bíblicas, não devemos afirmar que o Autor do Livro esteja errado, mas (1) que o manuscrito tem falhas; (2) que a tradução está errada, (3) que não o estamos entendendo corretamente.
Conclusão: Na Escritura Sagrada a Palavra de Deus “Nos Seus Originais não contem erros”: ela é perfeita, imutáveis, infalível, inerrânte, nenhum erros é encontrado. Pois Na Escritura Sagrada não pode haver erros, pois ela é a inerrânte Palavra de Deus, Deus não pode errar.

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