4 de jan. de 2021

O NOSSO CREDO DOUTRINARIO

Em (1 Pe 3:15). v15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós.

 A Bíblia é a Palavra de Deus. A única autoridade inerrante, que revela a verdade e a vontade de Deus, em forma lógica de doutrina e fato, para a nossa vida cristã. Credo, ou confissão de fé, regra de fé, ou declaração de fé, são interpretações correta confirmada e autorizada das Escrituras Sagradas, são aceitas e reconhecidas por a maioria das denominações cristã. Todas as denominações deve possuir algum tipo de crenças, seja ele escrito ou não, não importando o nome dado aos ensinos que norteiam a vida da instituição cristã. As seitas, ou grupos religiosos heterodoxos rejeitam esses credos. E os contrários diziam que isso era coisa de católicos e de protestantes tradicionais, uma vez que a Bíblia é o nosso Credo. Outros defendiam a elaboração de um documento dessa natureza. Esses credos são geralmente aceitos por uma parte de católicos romanos, ortodoxos e protestantes, o seu conteúdo consta aqui neste índice, e demonstra que temos pontos em comum, com todos os cristãos, que representa a bandeira do Cristianismo, desde segundo século.

 Os credos universalmente conhecidos, e com ampla aceitação por várias denominações são os seguintes:

1º- O Credo dos Apóstolos, século II;

2º- O Credo de Niceno (325 d.C.);

3º- O Credo de Constantinopolitano (381 d.C);

4º- O Credo de Calcedônia (451 d.C);

5º- O Credo de Atanásio (cerca do ano 500).

6º- O primeiro Credo dos Pentecostais foi revisado, escrito e intitulado: “Em que creem os pentecostais”. Esse credo começou a ser escrito desde década de 1970.

 O Termo Credo ou confissão de fé. Foi usado no princípio para descrever o testemunho dos mártires, a começar com o próprio Senhor Jesus Cristo, diante de Pôncio Pilatos deu o testemunho de boa confissão (1 Tm 6:13).

As confissões de fé são marcas do período da Reforma, e as principais são as seguintes: 1º- Confissão de Augsburgo, de Lutero (1483– 1546);

2º- A Confissão elaborada por Filipe Melâncton (1497–1560) em 1530;

3º- As Confissões Helvéticas, a primeira 1534, a segunda 1566, e a última (1504–1575);

4º- A Confissão de Fé Gaulesa, preparada em 1559 por João Calvino (1509–1564);

5º- A Confissão de Fé Escocesa, 1560, feita por uma comissão liderada por John Knox (1513–72);

6º- A Confissão Belga, 1561, preparada por Guido de Brès (1522– 67);

7º- A Catecismo de Heidelberg, escrito por Zacarias Ursino (1534–1583).

 Nossa declaração de fé sobre as Escrituras Sagradas:

1º- Nossa declaração de fé é esta: Cremos, professamos e ensinamos que a Bíblia Sagrada é a palavra de Deus, única revelação escrita de Deus, dada pelo Espírito Santo, escrita para a humanidade e que o Senhor Jesus Cristo chamou as Escrituras Sagradas e como também de “Palavra de Deus”; que os livros da Bíblia a Escritura foram produzidos sob a inspiração divina, dada por Deus e ela é útil” (2 Tm 3:16).

Isso significa que toda a Escritura foi respirada por Deus, o que a distingue de qualquer outra literatura, manifestando, assim, o seu caráter, que as Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores humanos falaram e escreveram por inspiração verbal ou sopro, plenária do Espírito Santo: “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1:21).

 2º- Propósito. São dois os propósitos das Escrituras Sagradas: revelar o próprio Deus e expressar a sua vontade à humanidade. Pelo primeiro, dentre outras formas de revelação, Deus graciosamente revelou a si mesmo pela Palavra: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho” (Hb 1:1).

Pelo segundo propósito, Deus expressa claramente a sua vontade redentora a todos e a cada um dos seres humanos sem nenhuma acepção de pessoas, por meio da fé em Jesus Cristo: “Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1:17). Assim sendo, o Senhor Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Ele mesmo disse: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lc 24:44).

Tudo o que precisamos saber sobre Deus e a nossa redenção está suficientemente revelado em sua Palavra. Ela é o manual de Deus para toda a humanidade, e suas instruções visam, também, à felicidade humana e o bem-estar espiritual e social de todos os seres humanos.

 3º- O poder da Palavra de Deus. A Bíblia revela o seu poder de forma clara e inconfundível. Ela emprega uma metáfora para mostrar esse poder quando chama a si mesma de: “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus” (Ef 6:17).

  O seu poder é capaz de destruir as fortalezas de Satanás, como também pode penetrar no mais íntimo do ser humano. O próprio Senhor Jesus Cristo derrotou Satanás usando o poder das Escrituras Sagradas quando foi tentado por ele do deserto. Jesus evitou qualquer outro argumento, abriu mão do uso de seus poderes sobrenaturais, característicos do seu ministério terreno, e disse apenas “está escrito”, e isso por três vezes. Citou a Lei de Moisés o livro de Deuteronômio. Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4:1-11).

 Nosso Cremos.

1. Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3:14-17);

2. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6:4; Mt 28:19; Mc 12:29; Gn 1:1; 2:7; Hb 11:3 e Ap 4:11);

3. No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3:16- 18; Rm 1:3.4; Is 7:14; Mt 1:23; Hb 10:12; Rm 8:34 e At 1:9);

4. No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13:13; 2 Co 3:6,17; Rm 8:2; Jo 16:11; Tt 3:5; 2 Pe 1:21; Jo 16:13);

5. Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3:23; At 3:19);

6. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3:3-8, Ef 2:8.9);

7. No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10:43; Rm 10:13; 3:24-26; Hb 7:25; 5:9);

8. Na igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, na universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12:27; Jo 4:23; 1 Tm 3:15; Hb 12:23; Ap 22:17);

9. No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28:19; Rm 6:1-6; Cl 2:12);

10. Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9:14; 1 Pe 1:15);

11. No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1:5; 2:4; 10:44-46; 19:1-7);

12. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12:1-12);

13. Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4:16, 17; 1 Co 15:51-54; Ap 20:4; Zc 14:5; Jd 1:14);

14. No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5:10);

15. No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25:46; Is 65;20; Ap 20;11-15; 21:1-4).

16. Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2:18; Jo 2:1,2; Gn 2:24; 1:27).

 Uma mensagem. A Bíblia é, portanto, a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo. Nós a interpretamos sob a orientação do Espírito Santo, observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário. A Bíblia fornece-nos, ainda, o conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com o Pai Celeste e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitamos de uma nova revelação extraordinária ou pretensamente canônica para a nossa salvação e o nosso crescimento espiritual. O próprio Deus ordena que conservemos íntegra a sua Palavra: “Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que eu vos mando” (Dt 4:2). O livro de Provérbios reafirma a inteireza e a pureza da Bíblia Sagrada: “Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso” (Pv 30:5.6). No encerramento do cânone divino, o Senhor Jesus chancela a integridade e a completude da Bíblia Sagrada: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro” (Ap 22:18.19).

 CREMOS: professamos e ensinamos que Deus é o Supremo Ser, Criador do céu e da terra: “Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu” (Is 45:18); que Ele é o Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: “[...] para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20:31); que Ele é Espírito doador e mantenedor de toda a vida: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-poderoso me deu vida” (Jó 33:4). Que Ele é o único Deus verdadeiro: “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17:3) e não há outro além dEle: “Eu sou o SENHOR, e não há outro; fora de mim, não há deus [...] que fora de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro” (Is 45:5.6). Ele é identificado na Bíblia como Deus: “Eu sou Deus, o Deus de teu pai” (Gn 46:3).

CREMOS: professamos e ensinamos o monoteísmo bíblico, que Deus é uno em essência ou substância, indivisível em natureza e que subsiste eternamente em três pessoas — o Pai, o Filho e o Espírito Santo, iguais em poder, glória e majestade e distintas em função, manifestação e aspecto: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19).

As Escrituras Sagradas claramente revelam que a Trindade é real e verdadeira. Uma só essência, substância, em três pessoas. Cada pessoa da santíssima Trindade possui todos os atributos divinos — onipotência, onisciência, onipresença, soberania e eternidade.

A Bíblia chama textualmente de Deus cada uma delas; as Escrituras Sagradas, no entanto, afirmam que há um só Deus e que Deus é um: “Todavia para nós há um só Deus” (1 Co 8:6); “mas Deus é um” (Gl 3:20); “um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4:6).

A unidade na trindade. A unidade de Deus não contradiz a doutrina da Trindade porque Deus não é uma unidade absoluta, e sim uma unidade composta e dinâmica. Seu relacionamento com o Filho e o Espírito Santo é desde a eternidade.

O nome Elohim, plural de Eloah, “Deus” em hebraico, revela os primeiros vislumbres da Trindade no Antigo Testamento. É o nome que aparece na declaração: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1). O verbo “criou” está no singular, e o sujeito Elohim, “Deus”, no plural, o que revela uma pluralidade na deidade. Além disso, o monoteísmo do Antigo Testamento não é absoluto e permite a pluralidade na unidade: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn 1:26); “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós” (Gn 3:22); “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua” (Gn 11:7). Essa pluralidade na unidade é vista também no profeta Isaías: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Is 6:8). Mas o Novo Testamento tornou explícito o que antes estava implícito no Antigo Testamento, mostrando clara e diretamente as três pessoas associadas em unidade e igualdade, como a fórmula batismal em (Mateus 28:19), e em outras passagens: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Co 12:4-6); e na bênção apostólica: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com vós todos. Amém!” (2 Co 13:13). Essa unidade de natureza reaparece mais adiante: “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef 4:4-6); e na obra da redenção: “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas” (1 Pe 1:2). Assim, o que estava implícito no Antigo Testamento é revelado explicitamente no Novo Testamento e fica confirmado que a pluralidade na divindade é tríplice, como Jesus deixou claro ao ordenar o batismo “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19).

Sobre a identidade do Senhor Jesus Cristo: CREMOS, professamos e ensinamos que o Senhor Jesus Cristo é o Filho de Deus e o único mediador entre Deus e os seres humanos, enviado pelo Pai para ser o Salvador do mundo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus: “e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:5). Cremos na concepção e no nascimento virginal de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas, que foi anunciado de antemão pelo profeta Isaías e que ele foi concebido pelo Espírito Santo no ventre da virgem Maria. Gerado do Espírito Santo no ventre dela, nasceu e viveu sem pecado: “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4:15); que foi entregue nas mãos dos pecadores para ser crucificado pelos nossos pecados, mas ressuscitou corporalmente dentre os mortos ao terceiro dia e ascendeu ao céu, onde está à direita do Pai, e de onde intercede por nós e voltará para buscar a sua Igreja.

1. Nomes e títulos de Jesus. Há dezenas de nomes e títulos de nosso Senhor Jesus Cristo nas Escrituras Sagradas. O nome “Senhor” fala sobre a divindade de Jesus. A Septuaginta, antiga versão grega do Antigo Testamento, traduziu os nomes divinos hebraicos Adonay e Yahweh pelo nome grego Kyrios, que é “Senhor”. Dizer que Jesus é o Senhor significa reconhecer a sua divindade: “e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12:3). O nome Jesus vem do hebraico Yehoshua ou Yeshua — “Josué”, que significa “Javé é salvação”. A Septuaginta emprega Iesous para ambas as formas. Iesous é o nome do Salvador usado no Novo Testamento grego, que chegou para nossa língua como Jesus. O nome Cristo é a forma grega do hebraico mashiach, “ungido, messias”. Assim, os nomes ou títulos “Messias” e “Cristo” são a mesma coisa: “Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo)” (Jo 1:41). Jesus é o Salvador Ungido, o único que pode salvar os pecadores: “e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21).

2. A humanidade de Cristo. As Escrituras Sagradas apresentam diversas características humanas em Jesus. O relato de sua infância enfoca o seu desenvolvimento físico, intelectual e espiritual: “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens [...]. E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” (Lc 2:40,52).

O profeta Isaías anunciou de antemão sobre Emanuel: “manteiga e mel comerá, até que ele saiba rejeitar o mal e escolher o bem” (Is 7:15). Ele tornou-se homem para suprir a necessidade de salvação da humanidade. O termo “Emanuel”, que o próprio escritor sagrado traduziu por “DEUS CONOSCO” (Mt 1:23), mostra que Deus assumiu a forma humana e veio habitar entre os homens: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14). A Bíblia ensina tanto a divindade como a humanidade de Cristo: “E todo o espírito que confessa que Jesus não veio em carne não é de Deus” (1 Jo 4:3).

A humanidade de Cristo está unida à sua divindade, pois Ele possui duas naturezas, e essa união mantém intactas as propriedades de cada natureza, o que está claramente expresso no seu nome EMANUEL. A encarnação do Senhor Jesus fez-se necessária para satisfazer a justiça de Deus: o pecado entrou no mundo por um homem, Adão; assim, tinha de ser vencido por um homem, Jesus. Em sua natureza humana, Jesus participou de nossa fraqueza física e emocional, mas não de nossa fraqueza moral e espiritual.

3. A deidade absoluta de Jesus. A Bíblia afirma com frequência que Jesus é Deus: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1:1); “Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2:9).

As Escrituras Sagradas revelam os atributos divinos na pessoa de Jesus. Ele é eterno: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Onipotente: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8);

Onipresente: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18:20). Onisciente: “Agora, conhecemos que sabes tudo” (Jo 16:30). As suas obras revelam também a sua divindade. Ele é o absoluto soberano e criador de todas as coisas. Ele é a fonte da vida, autor do novo nascimento, habita nos fiéis, dá a vida eterna, inspirou também os profetas e apóstolos, distribui os ministérios, santifica os fiéis, deu poder aos apóstolos, perdoa pecados, é adorado pelos humanos, pelos anjos, na terra e no céu. Possui títulos divinos, como “Eu Sou”, o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, e o Senhor dos Senhores.

4. O ministério terreno de Jesus. O propósito da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo ao mundo foi a redenção de todos os pecadores. O seu ministério terreno é dividido pela trilogia: ensinar, pregar e curar. Sua mensagem era exposta com simplicidade, clareza, originalidade e autoridade: “porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas” (Mt 7:29); seu método ainda hoje impressiona, pois Ele ensinava de modo que nunca houve nem antes e nem depois dEle alguém que fizesse igual: “Nunca homem algum falou assim como este homem” (Jo 7:46). Quanto aos milagres, Jesus preocupava-se com a integralidade das pessoas, não só salvando-lhes a alma, mas também curando suas enfermidades: “Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 8:48). Os milagres operados por Cristo registrados no Novo Testamento revelam que Ele é o Messias de Israel, como também a extensão do domínio do seu poder, mostrando sua autoridade sobre a natureza, sobre o pecado, autoridade para perdoar pecados, sobre a morte, sobre o Diabo com seus agentes e o Inferno, sobre as enfermidades, e nada é impossível para Ele, o qual, a respeito de si mesmo, declarou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28:18).

5. O significado de “Filho”. O “Filho de Deus”, em relação ao Senhor Jesus Cristo, significa que Ele é Deus igual ao Pai; trata-se de uma questão de substância ou essência. Isso fica ainda mais claro na expressão “Filho Unigênito”. O significado do termo na língua original revela a divindade de Cristo. O termo usado para “unigênito” no Novo Testamento grego é monogenés, composto por dois vocábulos, monós, “único, só, solitário”, e genós, “raça, cepo, tipo”, e não geneá, “geração”. Entendemos que a palavra reflete a ideia de natureza, caráter, tipo. “Unigênito”, pois, significa o “único da espécie”, “único do tipo”. Jesus é singular, o único Filho de Deus que tem a essência do Pai. O adjetivo “unigênito” transmite a ideia de consubstancialidade; Jesus é tudo quanto Deus é. Disse Jesus: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30). A expressão “filho de Deus” com relação ao crente em Jesus designa uma filiação por adoção, individual, algo íntimo, e por isso clamamos: “Aba, Pai”, ou seja, “papai”: “mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15); “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6); trata-se da relação espiritual de Deus com os seres humanos mediante a fé em Jesus Cristo: “Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3:26); “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).

6. Os ofícios de Cristo. O Senhor Jesus Cristo exerceu o chamado munus triplex, “o tríplice ofício”, de profeta, sacerdote e rei. Eram os ofícios mais importantes em Israel nos tempos do Antigo Testamento. Tudo isso diz respeito às funções que falam sobre revelação, reconciliação e domínio.

(a) Profeta. Os profetas existem desde o princípio do mundo, mas o ministério profético em Israel é instituído com Moisés e Arão. A função do profeta era falar em nome de Deus. O Novo Testamento revela que o próprio Jesus considerava-se profeta, pois Ele mesmo disse: “Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte, para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém” (Lc 13:33); e, como tal, Ele foi aclamado diversas vezes pelo povo: “E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, a não ser na sua pátria e na sua casa” (Mt 13:57); “E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21:11). Todas as atividades registradas nos evangelhos revelam que Ele era verdadeiramente o Profeta. Era o Deus-Homem que quis assumir o ofício de profeta no exercício de seu ministério terreno. Visto que o profeta é a boca de Deus, seu porta-voz que fala em seu nome e prega com autoridade do céu, Jesus, de forma singular, como ninguém, apresentou todos esses requisitos. Ele disse: “A palavra que ouviste não é minha, mas do Pai que me enviou” (Jo 14.24).

(b) Sacerdote. O sacerdócio araônico, com todo o sistema de sacrifício, tinha a função de promover uma mediação entre Deus e os filhos de Israel. Na Nova Aliança, no entanto, Deus constituiu o Senhor Jesus o Mediador de toda a humanidade: “por isso, é Mediador de um novo testamento” (Hb 9:15); “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Tm 2:5). O sacerdócio de Cristo é superior ao de Arão: “Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto” (Hb 8:6). A santidade de Jesus como homem é única e real, absoluta e perfeita; não se trata, pois, de uma santidade cerimonial, imposta pela lei aos sacerdotes levitas: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7:26). O próprio Senhor Jesus Cristo apresentou-se como sacrifício pelos pecados de toda a humanidade, e, além disso, esse sacrifício foi único, perfeito e com validade eterna, resolvendo, assim, para sempre, o problema do pecador: “mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10:12). O sacrifício de Cristo soluciona objetivamente os efeitos do pecado na vida daquele que crê no sacrifício vicário do calvário e responde afirmativamente à oferta da graça de Deus, Cristo, recebendo-o como seu único e suficiente Salvador.

(c) Rei. O Senhor Jesus Cristo é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores: “E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19:16). Os grandes reis e impérios da história vieram e já se foram, mas o reinado de Cristo é para sempre, pois o seu Reino não terá fim. O título messiânico, “Filho de Davi”, foi-lhe conferido por Deus e anunciado pelos profetas do Antigo Testamento como resultado da promessa divina feita ao rei Davi, de estabelecer seu trono para sempre. “[...] que nasceu da descendência de Davi, segundo a carne” (Rm 1:3). A promessa de Deus sobre o Messias ser da linhagem de Davi era muito popular em Israel. Nesse contexto, Ele foi aclamado pelo povo quando entrou em Jerusalém, montado num jumento: “Hosana ao Filho de Davi!” (Mt 21:9). O Senhor Jesus tinha consciência da sua filiação davídica e, em mais de uma ocasião, Ele aceitou esse título, o qual lhe confere o direito ao trono de Davi como seu herdeiro legítimo: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim” (Lc 1:32.33).

Sobre as obras de Cristo. CREMOS: professamos e ensinamos que a morte e a ressurreição corporal de Cristo são a viga mestra e o pilar da fé cristã. Esses eventos distinguem o cristianismo de todas as religiões do mundo, pois o seu fundador continua vivo e vive para sempre: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre” (Ap 1:17.18). Sem a sua morte, não haveria redenção: “E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb 5:9). Sem a ressurreição, não haveria esperança para a humanidade: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos” (1 Co 15:17.18). As obras de Cristo são amplas, mas aqui focamos em sua morte, ressurreição, ascensão ao céu e também nas implicações teológicas de sua morte expiatória e vicária em favor de todos os pecadores.

1. A morte de Jesus. Não se trata apenas da morte de um justo, mas também de um sacrifício como oblação pelos nossos pecados, que Deus propôs e recebeu como propiciação pelas nossas ofensas. O aspecto histórico está nos evangelhos; o doutrinário, em Atos, nas epístolas e em Apocalipse. O primeiro anúncio da vinda do Messias já previa a sua morte: “esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Isso fala sobre seu sofrimento e, também, sobre sua glória. Os detalhes são revelados progressivamente no transcorrer do tempo. O sofrimento e a morte de Jesus foram anunciados de antemão no Antigo Testamento por figuras e tipos, a começar pelo ritual do tabernáculo e, de maneira direta, pelos profetas. O Novo Testamento ressalta o cumprimento dessas profecias.

2. A morte vicária. Morte vicária significa morte substitutiva. Todo o sistema sacrificial do Antigo Testamento fundamenta-se na ideia de substituição, e essa transferência da culpa do pecador para a vítima é simbolizada pela imposição de mãos sobre a cabeça do animal: “E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua expiação” (Lv 1:4). A descrição do cordeiro da Páscoa, desde o êxodo do Egito, aponta para Cristo e o seu sacrifício: “não levarás daquela carne fora da casa, nem dela quebrareis osso” (Êx 12:46). Isso foi cumprido no Calvário. O cordeiro pascoal foi sacrificado no Egito para a redenção de Israel, em lugar dos primogênitos. Deus feriu os egípcios e livrou os filhos de Israel. Da mesma forma, o Senhor Jesus morreu pelos nossos pecados; Ele é o nosso Cordeiro Pascoal: “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Co 5:7).

O caráter da morte substitutiva de Cristo é anunciado de maneira direta desde o Antigo Testamento: “Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53:6). A palavra profética continua mais adiante dizendo: “porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (Is 53:12). Jesus via a si mesmo nessa profecia de Isaías.  As iniquidades de todos os pecadores foram transferidas para o Servo Sofredor mencionado nesse oráculo de Isaías. Sua morte foi em nosso lugar, Ele morreu por todos, pelos pecados do mundo inteiro. O Senhor Jesus Cristo morreu em favor dos pecadores: “que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15:3). Ao utilizar a expressão “segundo as Escrituras”, Paulo assevera que o sacrifício de Jesus representa a convergência do pensamento exarado no Antigo Testamento. O Senhor Jesus ofereceu-se como sacrifício voluntário, e isso agradou o Pai.

3. Ressurreição e ascensão de Cristo. Cremos e ensinamos que o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia, “segundo as Escrituras” (1 Co 15:4), e apresentou-se vivo, com muitas e infalíveis provas aos seus discípulos por espaço de  dias. A ressurreição de Jesus foi corporal, conforme profetizado no Antigo Testamento, anunciado de antemão pelo próprio Senhor Jesus Cristo, testemunhado pelos apóstolos: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas” (At 2:32). Essa promessa divina cumpriu-se, como testificou o apóstolo Pedro no dia de Pentecostes. Além dos apóstolos, Jesus apareceu a Saulo de Tarso e a Tiago e ainda a mais de 500 pessoas. A expressão “segundo as Escrituras” significa que esses acontecimentos estavam no cronograma divino e foram registrados de antemão no Antigo Testamento. A morte e a ressurreição de Jesus são os principais elementos que distinguem o cristianismo de todas as religiões da terra, pois Jesus, o seu fundador, vive para sempre: “havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele” (Rm 6:9). A sua morte vicária seria destituída de significado teológico se ele tivesse permanecido na sepultura. Aquele corpo que foi crucificado não pôde ficar na sepultura. Essa ressurreição significa a glorificação e exaltação de Jesus, a vitória esmagadora sobre Satanás, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o Inferno. A morte e a ressurreição de Jesus são o centro da pregação do evangelho. A ascensão vitoriosa de Cristo ao céu é a coroação de seu ministério. Após sua morte e ressurreição, foi elevado ao céu: “e aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu” (Lc 24:51); e assentou-se à direita de Deus,  onde se encontra até hoje.

4. A expiação. Cremos que Deus aceitou a morte de seu Filho Jesus Cristo como expiação pelos nossos pecados: “mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus” (Hb 10:12); “levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1 Pe 2:24).

O termo “expiação” ou o verbo “expiar” refere-se a sacrifício para purificação e perdão dos pecados, mas o significado primário dessa palavra é “cobrir”, cuja ideia é de cobrir com sangue: “porquanto é o sangue que fará expiação pela alma” (Lv 17:11). Esse ritual está no sistema mosaico: “assim, o sacerdote por ela fará expiação dos seus pecados, que pecou, e lhe será perdoado o pecado” (Lv 4:35). Enquanto princípio, é reafirmado no Novo Testamento: “sem derramamento de sangue, não há remissão” (Hb 9:22). Isso é chamado propiciação — o ato que apazigua a ira divina e satisfaz a santidade e a justiça de Deus — resultando no perdão dos pecados. Deus propôs Cristo Jesus para propiciação por meio da fé no seu sangue. Jesus é a propiciação pelos pecados do mundo inteiro. A ira divina é a reação da santidade de Deus ante a pecaminosidade humana. A expiação é o meio para aplacar essa ira. A propiciação é resultado do amor de Deus. Esse amor foi a causa do envio do Filho para propiciação: “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1 Jo 4:10).

5. O valor do sacrifício de Jesus. O Senhor Jesus ofereceu um sacrifício perfeito. A vítima do sacrifício foi Ele mesmo: “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29); e não um animal, pois o sangue de animais não era suficiente para pagar tão alto preço. Por isso, Jesus submeteu-se a si mesmo como sacrifício fazendo expiação com o seu próprio sangue por todos os seres humanos: “para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem” (Hb 2:9). O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro homem e o verdadeiro Deus. Como homem, Ele viveu e sentiu as necessidades humanas. Nasceu de uma mulher, embora tivesse sido gerado pela ação sobrenatural do Espírito Santo. Seu nascimento virginal foi natural como de qualquer ser humano, e Ele cresceu em estatura e em sabedoria, sentiu sono, fome, sede e cansaço. Ele sofreu, chorou, sentiu tristeza e angústia. Jesus teve mãe humana, além de irmãos e irmãs couterinos, dando provas materiais de ter corpo humano, sendo feito semelhante aos homens, mas sem pecado. O valor de sua morte é suficiente para salvar todos e cada um dos pecadores. Assim, Ele pôde expiar o pecado do povo: “Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo” (Hb 2:17); “Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei” (Gl 4:4.5). Sendo Jesus Deus e homem. Jesus não conheceu o pecado, mas fez-se pecado por nós. Assim sendo, o sacrifício de Jesus é de um valor infinito e ilimitado: sua morte pode expiar os pecados da humanidade inteira. A morte de Jesus pôs fim à inimizade entre Deus e a humanidade, e isso é chamado de reconciliação. Fomos reconciliados com Deus pela morte de Jesus o seu Filho.

 

Pastor Carlos Celestino dos Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário